PCB-RR

sexta-feira, 30 de março de 2018

UNIDADE CLASSISTA APOIA COM RESSALVAS A CHAPA 3 – CHAPA DO PARTICIPANTE - PARA A FUNCEF

 
A partir de segunda-feira próxima 16/04, começam as eleições para a nossa Fundação de previdência, a FUNCEF. Nós, da Unidade Classista, entendemos que, das chapas concorrentes, a CHAPA 3 – Chapa do participante é a que reúne companheiros do sindicalismo na Empresa, têm uma visão crítica da atual gestão e defendem a cobrança sem trégua da dívida da Caixa com a FUNCEF pelo “contencioso” (que é o impacto na FUNCEF das condenações trabalhistas contra a Caixa que têm reflexos na FUNCEF). .
Para nós da Unidade Classista, a Chapa 1 (“Controle e resultado”) é apenas mais do mesmo, e representa a continuidade de uma gestão sem transparência e que vem se aliando à Direção da Caixa para descarregar todo o ônus dos desequilíbrios atuariais da FUNCEF no bolso dos empregados, além de ser assumidamente “impichista”- ou seja, “amiguinhos da Caixa” e do Usurpador Temer.


Já a chapa 2 tem uma visão tecnocrática dos problemas e da gestão da FUNCEF. A visão de “chapa de gestores”, além de estar propiciando cenas de *assédio moral disfarçado de campanha* (sabemos que em algumas SRs o Superintendente está fazendo pressão pelo voto na Chapa 2), distorce a verdadeira razão dos problemas da Fundação: a questão da FUNCEF *não é de “gestão”, é de concepção*.


Você deve ter estranhado nosso título “apoio com ressalva”. Vamos esclarecer – temos duas ressalvas:
- a primeira é em relação à falta de autocrítica dos companheiros que apoiam a Chapa 3 e que foram diretores da FUNCEF nos governos Lula e Dilma quanto aos investimentos estruturados que tiveram resultado ruim. Tudo indica que *a maior parte do déficit decorre do contencioso – _assunto que a Chapa 1 JOGA PRA DEBAIXO DO TAPETE_* – mas é inegável o impacto no resultado da FUNCEF das péssimas escolhas tipo Sete Brasil, VLT do Rio e Belo Monte. A Unidade Classista continuará cobrando politicamente esta autocrítica;
- segundo – e MAIS IMPORTANTE:  nossa *principal ressalva é em relação à própria FUNCEF*.


Explicando melhor, você deve ter percebido que as diversas chapas discutem e divergem qual deve ser o investimento prioritário: renda variável (Bovespa), investimentos estruturados (participação em bloco de controle de empresas), imóveis ou renda fixa. Para nós da Unidade Classista, essa “polêmica” é pobre e superficial, e mascara a verdadeira questão de fundo.


A questão de fundo é que _a Caixa nos vendeu a imagem da FUNCEF como_ *algo que ela não é*. Quando entramos pra Caixa, nos disseram que a FUNCEF era a “garantia de nosso futuro, de uma complementação que assegurasse uma aposentadoria digna”. Mas a crise é pedagógica – e a crise da FUNCEF demonstra que fundo de pensão não é garantido: o investimento de nossos recursos pela FUNCEF é *aplicação capitalista de mercado*, e como *toda aplicação capitalista de mercado... TEM RISCO!*


Aí a “discussão” sobre “melhor aplicação de recursos” torna-se surrealista, pois passamos a “pensar apenas no nosso umbigo” e desconsideramos o que é melhor para os trabalhadores e pro povo brasileiro”, que também somos nós.


Exemplo: se priorizarmos imóveis, estaremos torcendo pelo aumento da especulação imobiliária; se priorizarmos renda fixa, vamos torcer para que a Taxa SELIC aumente e volte a ficar em níveis estratosféricos; se priorizarmos investimentos estruturados, estaremos torcendo para que os trabalhadores de Belo Monte e do VLT não façam greve para não “desvalorizar nosso investimento”; se priorizarmos Bovespa, vamos torcer pelo aumento dos ganhos na especulação financeira.


A Unidade Classista apóia a Chapa 3 na FUNCEF, mas não disseminamos ilusões: o capitalismo nunca é bom para os trabalhadores.


UNIDADE CLASSISTA BANCÁRIA