PCB-RR

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

UNIDADE NA DIFERENÇA PARA ENFRENTAR OS ATAQUES DE TEMER E DOS PATRÕES!



O momento atual é o mais duro para os trabalhadores desde os tempos do governo Fernando Henrique Cardoso:

- o desemprego de mais de 12% empurra muitos trabalhadores apara a informalidade e aumenta a insegurança daqueles que, como nós, estamos (ainda) empregados;

- a reforma trabalhista retira direitos, acaba de vez com a possibilidade de incorporação de função no caso de descomissionamento e legaliza o subemprego e o trabalho precário;

- nos bancos privados, a reforma trabalhista já está provocando pressões para que os bancários aceitem fazer atendimento digital ao cliente sem controle de ponto, com jornadas de até 10 horas por dia ou que aceitem contratação como “microempresário individual” sem nenhum direito trabalhista;

- o desgoverno ilegítimo de Temer ameaça os trabalhadores com uma reforma da Previdência que enfraquece a previdência pública e torna quase impossível a aposentadoria para os jovens trabalhadores;

- as estatais, e em particular os bancos públicos, são vítimas de uma feroz campanha midiática de desmoralização, preparando o terreno para o esvaziamento e privatização;

- no Banco do Brasil e na Caixa, as reestruturações, descomissionamentos e pressão por metas provocam um verdadeiro clima de terror.


                Numa conjuntura dessas, a unidade de todos os que querem resistir ao desmonte das estatais e à destruição de nossos direitos é uma necessidade vital e de sobrevivência. A greve do dia 28/04 do ano passado, contra a Reforma Trabalhista, foi uma demonstração da força dessa unidade. Precisamos avançar nela e construir, no próximo 19 de fevereiro, um grande Dia Nacional de Luta e Paralisações para barrar a Reforma da Previdência.

A unidade da categoria bancária é fundamental para, junto com o restante da classe trabalhadora, barrar os ataques gerais e também para barrar os ataques específicos dentro dos bancos públicos e privados.

Diante de tudo o que foi colocado, nós, bancários da Frente de Esquerda Socialista e independentes que junto com outros companheiros construímos a Oposição Bancária Unificada do RJ, abrimos, no interior da Oposição Bancária , o debate sobre a necessidade da unidade, considerando também o processo eleitoral do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, que tem inscrição de chapas até 01 de março e eleição de 10 a 14 de abril. Neste debate, algumas diferenças se manifestaram, mas todos os setores deixaram aberta a possibilidade de formação de uma chapa única nas eleições.

                  Nós, bancários que assinamos este documento,entendemos que a necessária e imprescindível unidade não pode ser entendida como um biombo atrás do qual se escondem todas as nossas divergências com a atual direção do Sindicato. Criticamos em muitos momentos a paralisia que frequentemente acometeu essa direção, especialmente na hora de mobilizar a categoria e de organizar a resistência contra o desmonte nos bancos públicos, postura muitas vezes relacionada aos acordos estabelecidos com o governo anterior que comprometiam a independência e autonomia da entidade; também criticamos a prioridade que muitas vezes a Diretoria do SEEB/Rio deu a ações institucionais (tais como contatos com parlamentares e reuniões de entidades), em detrimento daquilo que consideramos o mais importante: organizar a luta direta da categoria, pois só a luta dos trabalhadores conquista e preserva direitos.

As diferenças que acumulamos nos fizeram optar, nas últimas 4 eleições da direção do Sindicato, pela formação de uma chapa de Oposição.

            Compreendemos, no entanto, que o momento grave pelo qual passamos exige mais de nós. Exige uma atuação mais contundente na luta e na defesa do programa acumulado pela Oposição Bancária Unificada nos últimos anos. Exige que somemos esforços na defesa intransigente da categoria bancária, que tem sua existência diretamente ameaçada hoje pelos ataques promovidos pelos bancos e pelo governo. Exige que fortaleçamos os instrumentos de organização e luta dos trabalhadores.

               Sendo assim, defendemos que nesta conjuntura devemos empreender todos os esforços para construir uma chapa unitária para as próximas eleições do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro sem mascarar as divergências que temos com as correntes políticas que compõem a atual Diretoria do SEEB. Entendemos que fortalecer o Sindicato neste momento é permitir que nele se expressem, democraticamente, todas as diferenças que existem no movimento bancário hoje. Afinal, a entidade é uma ferramenta do conjunto da categoria bancária.

                E para essa construção de chapa unitária na diferença, entendemos que o melhor método é que a composição desta chapa seja definida por meio de uma prévia na base, na qual as diversas correntes de opinião dispostas a construir uma chapa de unidade apresentem suas visões políticas e propostas para o movimento sindical bancário. Conclamamos todos os bancários comprometidos com a luta dos trabalhadores a se engajarem neste projeto de unidade na diferença.

Nenhum comentário:

Postar um comentário