PCB-RR

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Governo vai privatizar 29 hidrelétricas em 4 estados

    O valor mínimo de R$ 17 bilhões que serão desembolsados pelos compradores será repassado aos consumidores por meio das contas de luz até o ano 2045.
28/10/2015
De São Paulo (SP)

 
Protesto contra o leilão da hidrelétrica de Três Irmãos, ocorrido em 2014 
No dia 25 de novembro, o governo federal realizará o leilão de 29 usinas hidrelétricas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), localizada no centro da capital paulista.
O Ministério de Minas e Energia pretende arrecadar R$ 17 bilhões com a venda das usinas, que detém 6 mil MW de potência instalada. Comparativamente, o leilão equivale à meia Usina Hidrelétrica Belo Monte – que prevê 11.233 MW de potência instalada e valor de R$ 30 bilhões previstos na sua construção.
As hidrelétricas foram construídas há mais de 30 anos e pertencem, até o leilão, às companhias estaduais de energia de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo – respectivamente Cemig, Copel, Celesc e Cesp.
Todas elas ficaram sem contrato de concessão a partir de 2013, após a recusa dos governadores Antonio Anastasia (PSDB), Beto Richa (PSDB), Raimundo Colombo (PSD) e Geraldo Alckmin (PSDB) à renovação proposta pela MP 579, de autoria da presidenta Dilma Rousseff.
A medida propunha a renovação antecipada dos contratos de hidrelétricas com vencimento entre 2015 e 2017, e automático barateamento do valor da energia – que passaria a ser vendido à R$ 33,00/MW – por estarem amortizadas (com os investimentos iniciais quitados por meio das tarifas). Na época, essa mudança resultou na diminuição de 16% nas contas de luz dos brasileiros.
Com o leilão, o governo federal pretende arrecadar R$ 17 bilhões que serão destinados ao caixa do tesouro. Em contrapartida, o reembolso dos consórcios vencedores será realizado por meio das contas de luz, com taxas de juros que chegarão a 13% ao ano.
Para o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Gilberto Cervinski, a decisão faz parte de uma política energética equivocada adotada pelo governo nos últimos meses. “O leilão representa a privatização de usinas já pagas pelo povo. O povo brasileiro pagará duas vezes pela mesma hidrelétrica: uma vez já foi paga até aqui e até o ano 2.045 vamos ficar pagando novamente para repassar R$ 17 bilhões aos banqueiros através de pagamento juros da dívida pública”, afirmou.
Cervinski também alerta que a medida pode enterrar de vez qualquer tentativa de industrialização no país. “Energia cada vez mais cara causa recessão e gera desemprego. As empresas fecham suas indústrias para vender energia porque gera mais lucro, mas os trabalhadores perdem o emprego”, explicou.
Antes dos três aumentos desse ano, o Brasil já ocupava a 6ª posição no ranking dos países com maiores tarifas de energia elétrica do mundo, de acordo com a lista divulgada em janeiro pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.

domingo, 18 de outubro de 2015

Só a adesão maciça dos bancários à greve poderá fazer o governo Dilma e os banqueiros recuarem!

A greve nacional dos bancários completou dez dias na sexta-feira, 16/10, sem qualquer iniciativa da Fenaban em favor da retomada das negociações, em que pese os apelos, nesse sentido, da Contraf e da Contec. Até agora permanece sobre a mesa a proposta indecente de 5,5% de reajuste, mais um abono salarial de R$ 2.560,00, apresentada ainda antes do início do movimento.

Diante disso, duas questões se colocam: Primeiro, porque os Bancos, setor empresarial que há mais de uma década detém a maior lucratividade entre todos os demais no país, estão se portando de maneira tão intransigente diante do acordo salarial 2015? Segundo, como uma greve nacional dos bancários, que a Contraf-cut, Contec e até mesmo a Intersindical e a Conlutas, consideram forte e superior a do ano passado, pode durar tanto tempo sem conseguir ao menos uma retomada das negociações?

O primeiro questionamento refere-se a uma mudança na atitude dos banqueiros e do governo diante das reivindicações dos trabalhadores. Se antes, havia alguma complacência, garantindo-se pelo menos a reposição inflacionária e o atendimento de uma ou outra reivindicação de pouco impacto nos custos dos Bancos, neste ano a estratégia mudou. Antevendo o agravamento da crise econômica, fomentada por eles mesmos, a Fenaban e o governo Dilma querem impor uma derrota aos bancários, aprofundando o arrocho salarial neste acordo para mais adiante intensificarem os ataques com a rotatividade, as reestruturações, o aumento das terceirizações e a privatização dos bancos públicos.

O segundo ponto nos leva a refletir se a greve no seu estágio atual é suficiente para dobrar a intransigência dos bancos. Primeiro queremos questionar esse método de se avaliar a greve pelo número de dependências fechadas. Uma agência ou prédio fechado ao atendimento público não significa exatamente que os trabalhadores lotados ali estejam participando da paralisação. Muitas vezes estão no interior das dependências produzindo, realizando tarefas, vendendo produtos, inclusive aproveitando a ausência do público de baixa renda para bater suas metas de produção.

Essa é a realidade da greve, não difere muito do que vem acontecendo em nossas últimas campanhas salariais. Cada vez mais os bancários vêm sendo afastados da luta pelos seus interesses, devido a uma orientação premeditada daqueles que hoje, infelizmente, ainda são majoritários no movimento sindical. 

Campanhas burocráticas e sem participação efetiva dos trabalhadores não tem força para arrancar conquistas, nem mesmo, para garantir direitos. Principalmente quando entramos numa conjuntura em que o governo e o conjunto dos grandes empresários têm um grande eixo de unidade: pretendem jogar sobre os ombros da classe trabalhadora todo o peso da crise capitalista.

A crise política que envolve o governo Dilma, o Congresso e demais instituições burguesas, não advém apenas da corrupção deslavada em que estão envolvidos, mas, também, da disputa entre os segmentos empresariais em torno da política econômica e do controle do aparelho de estado.

Diante desse quadro, a greve bancária, até aqui, bastante parcial, só conseguirá lograr êxito caso um contingente expressivo dos trabalhadores, entre aqueles que não aderiram ao movimento, venha para a greve, aumentando efetivamente o poder de pressão da categoria, forçando o governo e os banqueiros a recuarem da sua posição de intransigência.

Vem Pra Greve Você Também!
Todos à Assembleia, nesta terça-feira, 20/10, 17 horas, no Sindicato.


UNIDADE CLASSISTA – BANCÁRIOS RJ


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

De pedalada em pedalada...

Artigo publicado no Monitor Mercantil
Finalmente a presidente Dilma saiu do armário e denunciou o “golpismo escancarado” da oposição. No dia seguinte, foi mais longe e criticou as “pedaladas políticas”, referência aos inúmeros pedidos de impeachment apresentados – a maioria já descartados – na Câmara.
A sua reação tem por base o impedimento que o STF impôs ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Mas não é só isso. Está claro o entendimento do governo com esse mesmo parlamentar, acusado de possuir contas secretas na Suíça, com algo em torno de 5 milhões de dólares. Acuado por sistematicamente ter negado a existência de tais contas, o deputado Eduardo Cunha incorreu em falso testemunho, o que fere o Código de Ética da Câmara, abrindo a possibilidade de cassação de seu mandato. Era tudo que o governo precisava.
Da mesma maneira que já tinha fechado acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros, também alvo da Operação Lavo Jato, agora a presidente e o governo conseguem garantir o “apoio” do presidente da Câmara. Pronto, o cerco está fechado no congresso. A possibilidade de impeachment, que já havia diminuído sensivelmente, tornou-se bastante improvável. Somente um fato novo significativo pode voltar a dar gás para a oposição.
Oposição essa, aliás, que de oposição não tem nada, a não ser o desejo de retornar ao poder, às benesses que o mesmo propicia e uma proposta de entregar o Pré-Sal de uma vez, ao contrário do governo, que adota doses homeopáticas para não magoar sua base entre os petroleiros e a CUT.
No campo político e econômico suas divergências são filigranas, vide manutenção do modelo de beneficiamento ao capital financeiro, ao latifúndio, às transnacionais etc. O Código Florestal, o de Mineração, as mudanças nas leis trabalhistas – com o acordado se sobrepondo ao legislado -, os benefícios previdenciários, a lei “antiterror” e tantas outras são apoiadas pelos partidos de oposição de uma maneira em geral. Se Aécio tivesse sido eleito estaria fazendo a mesma coisa, talvez até menos para não “dar bandeira”.
A contrapartida a tantos benefícios para o capital, as chamadas políticas sociais, lembram Ademar de Barros, ex-governador de São Paulo, famoso por realizar inúmeras obras públicas naquele estado e por várias acusações de corrupção, tendo ficado conhecido como aquele que “rouba mas faz”.
Afirmar que reduziu a miséria é depreciar a inteligência alheia, particularmente quando os critérios das organizações internacionais são cada vez mais flexíveis. Se você recebe dois dólares por dia está fora da miséria. Vá viver com nove reais por dia, 270 reais por mês e depois diga se isso não é miséria.
A única mudança estrutural realizada é o programa Minha Casa, Minha Vida, mas cujos contratos podem ser alterados no futuro. Depois do que FHC e Lula fizeram o que fizeram com a Previdência e Collor com os depósitos bancários, tudo é possível.
Os investidores estrangeiros, tão propalados pela mídia empresarial, que “justificam” a imensa gama de recursos bueiro abaixo para beneficiá-los, é composta por basicamente quatro segmentos: investidores externos (grandes corporações), bancos, fundos de investimentos e de pensão. Todos integrantes do sistema financeiro. Isso é o que chamam de “mercado”. É o que está afundando a Europa, os Estados Unidos e o Brasil.
Curioso que ninguém lembra de olhar o balanço de pagamentos e verificar que os recursos que saem do país entre pagamentos de royalties, juros, remessas de lucros, amortizações etc. em muito superam os famosos “investimentos estrangeiros”.
É uma mera conta aritmética, digna de quem ainda usa velocípede.
Afonso Costa
Jornalista

Banqueiros vão apresentar nova proposta

Banqueiros vão apresentar nova proposta
É isto mesmo que você, Bancário e Bancária, leu! Os banqueiros vão apresentar nova proposta:
# desde que cada um faça a sua parte;
# desde que não furem a greve;
# desde que participem das mobilizações;
# desde que haja pressão para os banqueiros;
# desde que sua indignação seja expressa na rua e não nas redes sociais.
# desde que o lucro dos bancos seja interrompido com a força da GREVE.
Cuidado com a boataria
A mobilização e a unidade de todos os bancários são a garantia da força do movimento grevista. Contra a luta dos trabalhadores, que reivindicam melhores condições de trabalho, as instituições financeiras tentarão desestabilizar a categoria bancária com boatos infundados, como os que vêm circulando nas redes sociais dando conta de um suposto “calendário de negociações” da campanha.
Não acredite nisso. Para evitar a propagação de informações falsas, repassadas para enfraquecer a greve dos bancários, o Sindicato reafirma que, como legítimo representante da categoria, é a única fonte confiável onde se deve buscar informações.
Fonte: SEEB Floripa

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Urgente: prisão de petroleiros em Santos

Mexeu com um, mexeu com todos nós! Lutar não é crime, abaixo a repressão!

Nesta manhã de quarta-feira, 14, dois petroleiros dirigentes do SindiPetro do Litoral Paulista  (Fábio Mello e Fábio Farofa) foram presos e agredidos numa manifestação pacífica que ocorria em frente ao prédio da Petrobrás (Edisa), no bairro do Valongo, em Santos (SP).
A brutal repressão policial, além das prisões, contou com gás de pimenta, violência física e o quase atropelamento de petroleiros que tentavam defender os companheiros que estavam sendo presos.
Manifestamos nossa completa solidariedade com os trabalhadores presos, com toda categoria petroleira e o Sindicato do Litoral Paulista. Mexeu com um, mexeu com todos nós! Lutar não é crime, abaixo a repressão!
Enquanto políticos, altos diretores e empresários que roubaram por anos a empresa, como mostrou a Operação Lava Jato, continuam livres e impunes, os trabalhadores petroleiros que defendem a Petrobrás pública e estatal são presos e agredidos. 
Fazemos um chamado a todas as entidades sindicais, políticas e sociais a se manifestarem contra as prisões e a repressão violenta ocorrida hoje em Santos.  Vamos repudiar a criminalização das lutas da classe trabalhadora!
Fonte: pstu.org.br

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

70 ​ANOS DA FSM​ FEDERAÇÃO SINDICAL MUNDIAL


Representantes da Unidade Classista estiveram presentes no Simpósio Sindical Internacional, evento realizado na cidade de São Paulo entre os dias 01 e 03 de outubro. Na ocasião, dirigentes sindicais de todos os continentes participaram da comemoração do septuagésimo aniversário da Federação Sindical Mundial. A história da FSM foi um dos temas centrais discutidos no Simpósio. Ressaltou-se o protagonismo da Federação na luta anti-imperialista e na promoção do internacionalismo proletário desde 1945, quando foi fundada.

George Mavrikos, secretário geral da entidade, chamou atenção para a atual agressividade do imperialismo no Oriente Médio, Norte da África e América Latina, conclamando à solidariedade entre os trabalhadores e povos de todo o mundo para fazer frente à profunda crise internacional instalada no sistema capitalista, crise esta que vem intensificando a ofensiva do capital globalizado e ameaçando a vida de milhões de pessoas. 

No contexto deste chamamento, a Unidade Classista aproveitou a atividade para dar consequência a uma de suas resoluções congressuais que reafirmam a importância de fortalecer a FSM e deu início ao processo de filiação à Federação. 

terça-feira, 6 de outubro de 2015