PCB-RR

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

REESTRUTURAÇÕES ABREM CAMINHO PARA PRIVATIZAÇÃO DO BB

 
O Banco do Brasil faz mais uma reestruturação, vai concentrar sua área de serviços em apenas três capitais, Belo Horizonte, São Paulo e Curitiba. Por conta disso, aqui no Rio, vamos perder cerca de duzentos postos de trabalho qualificados, além de muitos outros indiretos. Setores como Licitações, Contratos e Patrimônio serão transferidos até o final desse ano.
 
 
Esse plano, anunciado em 2012, provocou de imediato a reação do funcionalismo, principalmente no Rio de Janeiro e Pernambuco. Aqui no Rio, o Prefeito e o Governador não tomaram conhecimento do problema, viraram as costas aos trabalhadores e são omissos quanto ao esvaziamento econômico do estado.
 
 
 Em Pernambuco os bancários pressionaram o então governador Eduardo Campos a interceder junto ao governo federal e obtiveram sucesso. Depois de uma negociação outros serviços foram fixados na capital pernambucana e não houve diminuição de postos de trabalho.
 
 
Os indicados pelo governo Dilma para dirigir o Banco do Brasil fazem uma gestão privatista, estão aumentando a terceirização e a exploração dos funcionários. O objetivo é fazer do Banco um similar do Bradesco e Itaú, pronto para ser privatizado.
 
 
A reestruturação em curso faz pare desse plano de preparar o BB para ser privatizado a qualquer momento. A luta contra mais esse ataque não pode ser apenas dos funcionários atingidos diretamente, todo o funcionalismo do Banco deve participar de forma ativa. Chamamos ao povo trabalhador do Rio a se solidarizar e cerrar fileiras contra mais um ato lesivo do governo federal contra nosso estado.
 
 
Ney Nunes
Funcionário do BB e candidato a governador pelo PCB

sábado, 2 de agosto de 2014

Que pena! Eles pensam que os jornalistas escrevem com as mãos

Durante muitos anos essa frase emoldurou a entrada do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. Era uma placa simples, de madeira, em alusão ao título de uma matéria escrita por um colega - um jornalista barbaramente agredido pela polícia no início do século XX por ter denunciado violência contra a população. Quebraram suas mãos em sua ignorância, para ele nunca mais escrever contra os algozes do povo. No dia seguinte essa matéria era publicada.

Passado tanto tempo, voltamos (?) à barbárie. A polícia agride, prende, intimida, espiona aqueles que se manifestam contra o status quo, contra as benesses da burguesia. Não satisfeitos, investem contra as organizações sociais que lutam pela democracia. Ágora, entre os alvos estão os jornalistas e seu sindicato, uma categoria influente com uma entidade emblemática devido a sua capacidade de divulgação, sua influência na sociedade, um sindicato cuja história é em defesa dos jornalistas e, mais do que isso, em luta permanente pela democracia.

O nosso sindicato foi fundado em 1935, ano do Levante Comunista contra a ditadura de Getúlio Vargas, intitulado pela mídia empresarial de intentona com o objetivo de estigmatizar o movimento, de depreciar a luta que ceifou a vida de tantos honrados trabalhadores.

Essa mídia apoiou o golpe de 64, as torturas, os assassinatos, a entrega do país às multinacionais. É a mesma mídia que esconde o fato do Brasil gastar mais de 40% do orçamento da União para pagamentos anuais aos agiotas internacionais, ao imperialismo. A mídia que criou o termo calote – hoje utilizado repetidamente contra a Argentina – investe contra quem luta para romper com tal dependência, ainda que de forma parcial. É a mídia que se esconde atrás de mentiras para satisfazer seus interesses de classe.

O mesmo fizeram durante a ditadura, na manipulação do debate Collor x Lula em 89, no governo FHC de entrega das estatais para as multinacionais, nos últimos 20 anos de predomínio de governos neoliberais, em consonância com os interesses do capital internacional, do agronegócio.

A universalização da informação tornou essa mídia uma poderosa arma do imperialismo para atacar os trabalhadores, os povos, seus direitos, sua riqueza. Por isso, agora vemos o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro ser agredido pela principal rede de desinformação do país, copiada e seguida por outras integrantes da mídia empresarial, abraçadas pelos derrotados nas democráticas eleições do ano passado, que levaram a atual diretoria do sindicato à sua presente gestão. Utilizam a velha tática nazista – de Hitler e Goebbels - de repetir inúmeras vezes uma mentira para tentar conferir-lhe ares de verdade.

Fazem uma opção política e ideológica de aliar-se ao capital, de contrapor-se aos interesses do povo e da categoria de jornalistas apenas para voltar à direção do sindicato, para tentar trazer de volta o peleguismo que perdurou na entidade por cerca de 20 anos. É o mesmo processo que ora ocorre na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), onde um contumaz preposto da mídia empresarial tenta se apossar, por interesses e meios escusos, da lendária e histórica organização nacional dos jornalistas.

Lamentável que parte da direção da Fenaj esteja em conluio com o que há de mais atrasado na política nacional.

O que está por trás dessa sórdida campanha de difamação do Sindicato dos Jornalistas é mais uma tentativa de legitimar o estado de exceção, de criminalizar os movimentos sociais, de prender e tentar calar aqueles que se levantam contra os governos que sistematicamente atuam para manter e aumentar os lucros privados. Outra tática nazista para calar e intimidar os trabalhadores.

O nome do auditório do Sindicato dos Jornalistas é João Saldanha. Em seu interior seu nome está identificado como João Sem Medo. O mesmo ‘sem medo’ que nós, jornalistas do Rio de Janeiro, sentimos aos nos defrontar com mais uma iniciativa anacrônica dos peões da ditadura burguesa.

Mantemos a convicção de que nosso papel é divulgar a verdade, os fatos, apoiar a verdadeira democracia, lutar pela justiça social. É o que temos certeza a sociedade e os trabalhadores esperam da nossa categoria, mais uma página da nossa história de lutas.

A democracia no e do Sindicato dos Jornalistas há de prevalecer frente a interesses inconfessáveis. A ética há de se mostrar mais forte.

Afonso Costa
Jornalista

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Vitória: rodoviários de Recife (PE) conquistam 10% de reajuste salarial, 75,43% de aumento no vale alimentação e encerram greve



Os rodoviários de Recife (PE) lutaram, conquistaram o atendimento de suas reivindicações e decidiram por fim à greve iniciada na segunda-feira (28).   A categoria conseguiu 10% de reajuste no piso salarial dos motoristas, cobradores e fiscais. Além disso, conquistou o aumento do vale refeição em 75,43% que passou de R$ 171 para R$ 300, entre outros benefícios. 

O presidente eleito e ainda não empossado do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio, destacou que “essa vitória é resultado da seriedade e transparência do movimento e representa uma correção a uma injustiça histórica, pois há anos nosso tíquete-alimentação só era reajustado pelo percentual da inflação e nosso movimento, julgado ilegal”, desabafou ao jornal, O Diário do Comércio. 

O acordo foi definido em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que se reuniu com os grevistas para tratar do dissídio da greve no fim da tarde de quarta-feira (30).
Essa conquista está sendo considerada histórica pela categoria, cuja greve foi dirigida por uma comissão formada pelos novos diretores que serão empossados oficialmente em dezembro.

Para o membro da CSP-Conlutas de Pernambuco, Thiago Santos, essa conquista só reafirma a representatividade da diretoria eleita que atua para atender as demandas dos trabalhadores.  “Esse grupo já vem fazendo história desde a disputa eleitoral para a nova diretoria. A chapa só conseguiu se inscrever quando o Ministério Público encontrou no processo. Só assim foi possível expulsar os então gestores, pelegos, que há anos estavam à frente do Sindicato”, explicou.

Para que diretoria eleita pudesse participar da comissão de negociação da campanha salarial também foi acionado o Mistério Publico.

Thiago destaca que a vitória nessa greve é política e econômica, pois o movimento grevista conseguiu “colocar contra a parede o governo e a patronal” para arrancar o atendimento de suas reivindicações.

O dirigente avalia que essa luta servirá de exemplo para as diversas categorias que farão campanha salarial neste segundo semestre. “Essa conquista vai encorajar a classe a ir para cima e arrancar melhorias reais de trabalho e de vida. Se tornou espelho para que outras categorias, que vão realizar campanhas do segundo semestre furem o bloqueio usado pelos patrões que o quadro econômico está ruim”, finalizou.
 
Fonte: CSP/Conlutas.

Campanha Salarial 2014

Intersindical e Bancários de Santos defendem 17% de reajuste salarial na Conferência Nacional dos Bancários

Bancários de Santos e Região e a Intersindical defenderam 17% (inflação + 10% de produtividade), porém maioria optou por 12,5%
A 16ª Conferência Nacional dos Bancários realizada de 25 a 27/07, em Atibaia/SP, aprovou o calendário e a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2014. Entre elas estão reajuste de 12,5%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 2.979,25 em junho), defesa do emprego, fim da terceirização e combate às metas abusivas e ao assédio moral.
Participaram da Conferência 697 bancários de todo o país, dos quais 634 delegados eleitos nas conferências regionais e estaduais (entre eles 442 homens e 192 mulheres), além de 63 observadores.
Os representantes da Intersindical (da qual fazem parte os diretores do SEEB de Santos e Região) reivindicaram inicialmente 20% e após uma conversa com outras quatro forças progressistas formaram um bloco por 17% de reajuste salarial, mas a maioria dos delegados votaram pelo índice de 12,5%.
Principais reivindicações da Conferência
> Reajuste salarial de 12,5%.
> PLR: três salários mais R$ 6.247.
> Piso: R$ 2.979,25 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho com o fim das metas e do assédio moral que adoecem os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, fim da rotatividade, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF. Além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas. 
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
> Prevenção contra assaltos e sequestros. Cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências. Fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários. 
> Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Calendário de luta
O Comando Nacional dos Bancários se reunirá nos próximos dias para definir a data de entrega da pauta de reivindicações à Fenaban e o calendário de negociações, assim como as assembleias para aprovação da minuta e a data das seguintes atividades:
> Dia Nacional de Luta pela Segurança.
> Dia Nacional de Luta contra a Terceirização.
> Dia Nacional de Luta pelo Emprego.
> Paralisação nacional de duas horas contra as metas.
> Dia Nacional de Luta no Santander.
> Mobilização Nacional pelo Plebiscito da Reforma Política.
> Mobilização Nacional pela Democratização da Mídia.
14 e 15/8 - Participação massiva dos sindicatos no Seminário Nacional sobre "A Terceirização no Brasil: Impactos, resistências e lutas", em Brasília.