PCB-RR

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Bancários pressionam por novas convocações na CAIXA

A Caixa chegou aos 100 mil empregados neste mês. Apesar de histórico, o número de convocações não acompanha o ritmo de abertura de contas correntes e, consequentemente, a demanda. 
 
   
Entre 2002 e 2013, o quadro de funcionários passou de 55.778 para 98.198, crescimento de 76%. No mesmo período, a carteira de clientes pulou de 23,1 milhões para 71,7 milhões, aumento de 210%.
 
 
A média de bancários por agências atualmente é de 17. Bem abaixo de outros bancos. Mas, existem unidades bem mais precárias, com apenas sete empregados. Por essas e outras, a convocação dos aprovados em concurso público está entre as prioridades da campanha salarial 2014.
 
A reivindicação é para que a instituição financeira amplie consideravelmente o número de empregados ainda este ano, visando oferecer melhores condições e trabalho e atendimento digno à sociedade frente aos enormes desafios que a instituição tem pela frente no seu campo social.  O Sindicato dos Bancários de Varginha e região vem se empenhando na busca de novas contratações, pois trata-se de uma realidade inquestionável.  A Caixa tem condições de desafogar as agências. Afinal, o lucro líquido saltou de R$ 2 bilhões em 2002 para R$ 6,7 bilhões em 2013, elevação de 235%, e este ano já apresenta excelentes resultados até o primeiro semestre. 
 
 
Redes sociais
Os aprovados no último concurso público engrossam a luta pela ampliação do quadro de funcionários e realizam mobilização nas redes sociais Twitter e Facebook.
 
 
Com a hashtag #chamacaixaaprovados2014, cobram celeridade nas convocações. Somente no Twitter, são mais de 50 mil posts sobre o assunto. "Convocações já", "Vamos acabar com as filas", "a Caixa precisa de funcionários", dizem algumas das postagens.  E hoje, às 12 horas terá um mega Tuittaço.  Acompanhe ,  valorize o emprego e uma melhor prestação dos serviços públicos.
 
 
Fonte: Seeb Varginha

domingo, 28 de setembro de 2014

Em assembleias, petroleiros já estão aprovando proposta da Petrobrás 9,71%

Após o Conselho Deliberativo da FUP indicar a aceitação da última proposta apresentada pela Petrobrás e subsidiárias na última quarta-feira, 24, os sindicatos já iniciaram as assembleias e os petroleiros já estão aprovando a proposta que elevou o reajuste na RMNR de 7,58% para 9,71%, o que representa um ganho real entre 2,36% e 3%.
 
 
No Norte Fluminense, no Paraná e Santa Catarina, as assembleias começaram hoje, com ampla maioria dos trabalhadores aprovando o indicativo da FUP e seus sindicatos. A consulta aos petroleiros nestes estados prossegue até quarta-feira, 01 de outubro. Na Bahia, as assembleias serão iniciadas neste sábado, 28 e, no domingo, nas bases de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em Duque de Caxias, o sindicato inicia as assembleias na segunda-feira, 29. Em São Paulo, a proposta será avaliada a partir de terça-feira, 30.
 
 
Nas demais bases, as assembleias também serão realizadas no decorrer da próxima semana.
 
Fonte: FUP

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A DEMOCRACIA QUE MUDA A VIDA



Bancários devem assumir o controle da campanha salarial
Finalmente, depois de empurrarem com a barriga a nossa campanha salarial até quando puderam, a despeito dos ataques incessantes dos Bancos, a nossa direção bancária nacional, CONTRAF, representada no SEEB-Rio pela maioria da sua direção, marcou a data da primeira assembleia na qual a categoria terá a oportunidade de discutir os rumos da sua campanha salarial. É com este tipo de organização, uma assembleia depois de meses de “teatrinho”, que querem levar a categoria ao enfrentamento com os bancos, setor patronal mais poderoso da burguesia nacional? Nós da Unidade Classista queremos discutir com os bancários algumas questões que devem ser ponderadas antes de partirmos para esta greve.
Situação é Grave
A situação da categoria vai de mal a pior: Salários que não cobrem as despesas mensais e obrigam a massa dos bancários a recorrer aos seus próprios algozes se endividando cada vez mais, não é raro um colega estar tão necessitado de dinheiro que os limites oferecidos pelos seus bancos não são suficientes e ele tem de se endividar, inclusive, junto aos “CREFISAS” da vida; Condições de trabalho asfixiantes, com metas, assédio moral e a guilhotina das demissões e dos descomissionamentos sobre as nossas cabeças, que tem causado o adoecimento e até a morte de muitos colegas.
Os bancários estão enfrentando um grau de exploração e terror Jamais visto. Esta situação se reflete nos números astronômicos dos lucros dos principais bancos (1), que a cada 4 anos dobram o seu patrimônio. Somente os quatro maiores bancos lucraram 20,5 bi, em 2013. Resultado maior do que o PIB de 83 países. Este resultado tem se repetido, ano após ano, com redução do quadro de bancários. Ou seja, o aumento da produtividade da categoria tem sido descomunal.
Diante destes lucros exorbitantes recorrentes, os bancos e o governo têm oferecido pífios reajustes que mal repõe a inflação oficial. A questão da garantia no emprego foi esquecida. As demissões ocorrem antes depois das campanhas salariais sem que a maioria das direções sindicais sequer se manifeste sobre esta questão nas assembleias. Nada avançamos em relação a um plano de carreira que garanta a incorporação das comissões e que livre os bancários da ameaça dos descomissionamentos.
A categoria que tem sofrido tanto para aumentar a felicidade dos bancos é mais uma vez “esculachada” com esta proposta de reajuste ridícula, de 7%, vinda do setor patronal que lucrou só no 1º semestre de 2013, a bagatela de 37,2 bilhões.
Nova campanha, velho “script”
O formato de organização e condução das campanhas salariais que tem sido adotado pela atual direção nacional dos bancários e seguido pela direção do SEEB-RIO, tem se caracterizado pela formulação de uma pauta respaldada por encontros nacionais burocratizados, nos quais, desde as esvaziadas etapas estaduais, a discussão dos problemas da categoria é substituída por palestras estéreis de alguns figurões da burocracia sindical e política. O resultado é que a pauta, as resoluções dos encontros, o calendário e os negociadores dos bancários, não refletem, nem de longe, as aspirações da categoria. Exemplo desta distância entre a categoria e o que é decidido nos encontros foi a aprovação do apoio à reeleição de Dilma, neste último encontro nacional, proposto pelas correntes que dirigem a CONTRAF, majoritariamente composta pelo PT e PC do B. Eles tiveram a “cara-de-pau” de aprovarem o apoio à reeleição de um governo que tem sido um “maná” para os banqueiros daqui e do exterior, com esta política de juros que transferirá, só neste ano, mais de 700 bilhões dos recursos do tesouro para os bolsos da banqueirada, e que como patrão no BB e CEF tem promovido a terceirização, o assédio moral, as metas e as “reestruturações” que tem atormentado os funcionários destes bancos. Cremos que se a categoria fosse protagonista destes encontros este apoio à candidatura Dilma jamais seria aprovado.
A campanha salarial segue “script” que começa com uma pauta “enxuta”, focada num índice que supostamente representa aumento real e deixa de lado temas fundamentais como a garantia no emprego, por exemplo. Depois de vários meses de imobilismo a campanha começa a “esquentar” no mês de setembro, com pequenas peças teatrais que acontecem concatenadas com as primeiras mesas de negociação. Depois vem a primeira assembleia. Na convocação a CONTRAF já sinaliza greve por tempo indeterminado, como se toda a categoria já estivesse suficientemente preparada e mobilizada para encarar, nada menos, que o setor mais poderoso da burguesia nacional e mundial, que tem obtido sucessivos lucros bilionários e ainda conta com a benevolência do governo.
Em assembleias nas quais nem se abre a palavra aos bancários que desejarem se pronunciar e onde não se discutem as dificuldades de organização e de mobilização é aprovada a greve. A categoria, então, é jogada num movimento totalmente controlado pelas burocracias ligadas à CONTRAF, através de assembleias “organizativas” realizadas no decorrer da greve, às quais comparecem uns poucos gatos pingados que nada podem fazer para influenciar nos rumos da paralisação.
Na sequência a greve se arrasta por algumas semanas perdendo força, sem a participação da base e sem perspectivas de avançar. Quando o movimento já dá todos os sinais de esgotamento vem a famosa “cereja no bolo”, com os 0,5% ou 0,8% que faltavam na proposta dos bancos. Aí vem o “gran finale” com as melancólicas assembleias cheias de fura-greves que votam pela aceitação de mais um pífio reajuste e mais alguns penduricalhos e promessas que em nada melhorarão a vida dos bancários.
Para mudar o rumo
Nós da Unidade Classista acreditamos que é necessário mudar imediatamente a forma como as campanhas salariais estão sendo conduzidas do contrário amargaremos mais um ano de penúria. Precisamos combater ferozmente as tentativas de controle exercidas pela atual direção dos bancários. Acreditamos que um dos caminhos e retomar a democracia nas assembleias.
Propomos a seguinte pauta para levarmos às assembleias que deverão ocorrer nos próximos dias:
-   Democracia nas assembleias já! Pela abertura das falações a todos os bancários na assembleia;
-   Pela eleição dos representantes dos bancários na mesa de negociação nas assembleias;
-   Chega de greve terceirizada! Greve sem bancários nos piquetes é encenação;
-   Garantia no emprego já!
Para que possamos aprovar esta pauta e tentar dar novo rumo à campanha, a categoria bancária tem de tomar as rédeas desta campanha salarial. Precisamos nos articular com nossos colegas de outras agências, nos organizar, comparecer em massa nas assembleias.
A história provou que quando os trabalhadores se organizaram, participaram em massa e tomaram para si o controle e a responsabilidade das suas lutas, grandes vitórias foram conquistadas e grandes lições foram aprendidas. Estas lições não podem ser esquecidas. Entre elas, a mais importante é a de que a verdadeira democracia é aquela exercida diretamente pelos trabalhadores, sem intermediários, através das suas assembleias, dos seus organismos de classe. Esta democracia é a democracia que ensina os trabalhadores a governarem os seus próprios destinos. Esta é a democracia que muda a vida. Nós podemos começar a mudar nossas vidas a partir desta campanha salarial e aliviar o nosso sofrimento impondo uma derrota aos banqueiros e ao governo.
Vamos mudar este “script” construindo a verdadeira democracia e escrevendo uma história de vitória para esta greve!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Campanha Salarial 2014

Greve bancária começa dia 30/9 em todo o Brasil

Proposta de 7% de reajuste é rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários. Assembleia acontece dia 25/9
Depois de cinco rodadas de negociação sem resultados, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu 7% de reajuste sobre os salários, a PLR e demais verbas de caráter salarial; e 7,5% para o piso, o que foi considerado insuficiente pelo Comando Nacional dos Bancários, que reivindica 12,5% de aumento salarial. Os seis maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e HSBC) apresentaram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre de 2014.

Além disso, os banqueiros rejeitaram todas as reivindicações sobre saúde, segurança, condições de trabalho, fim do assédio moral e outras.

Segundo Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, “as negociações foram tratadas diretamente com o Comando Nacional dos Bancários, se dependesse só dos bancários da nossa base e do Sindicato de Santos e Região, nós já estaríamos em greve”.
 

A proposta da Fenaban:
 
Reajuste de 7%
Piso escritório - R$ 1.771,73
Piso caixa/tesouraria -  R$ 2.393,33 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando 1,08% de aumento real).
PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.812,58, limitado a R$ 9.723,61. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.391,93.
PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.625,16.
Antecipação da PLR - Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015.
Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.087,55, limitado a R$ 5.834,16 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.
Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.812,58
Auxílio-refeição - R$ 24,14.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 425,20.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 353,86.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 302,71.

Fonte: www.santosbancarios.com.br

Direcional Engenharia: Sindicato realiza fiscalização em obra do Minha Casa, Minha Vida

vozdopeao.org.br
No último dia 12, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF) visitou o canteiro de obras da construtora Direcional, localizado no bairro Sitio São João, em Fortaleza. No local foram denunciados problemas com a alimentação e com o banco que realizava o pagamento dos trabalhadores.
 
Foi aprovado, pelos operários, a mudança do banco que realiza o pagamento e a troca da fornecedora de alimentação.
 
Também foi identificado as péssimas condições dos banheiros e da área de vivência. Diante da situação foi aprovado que até o dia 19 de outubro, os problemas seriam solucionados, segundo Laércio Santos, diretor do STICCRMF.
 
Santos salienta que a obra faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal. O Sindicato vem constantemente fiscalizando a construção das obras que participam do programa no tocante a relações trabalhistas, pois são encontradas diversas irregularidades como, por exemplo,  o assédio moral.

"Pejotização"

TST
A Santa Casa de Misericórdia de Santa Bárbara D´Oeste (Hospital Santa Bárbara) foi condenada a pagar verbas rescisórias a um médico que prestou serviços à entidade por quase quatro anos. A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu de recurso do hospital contra a condenação. Para a ministra Dora Maria da Costa, relatora, ficou evidenciado que o profissional prestou serviços de forma onerosa e não eventual, além de ter subordinação jurídica com o hospital, elementos caracterizadores da relação de emprego.

Na reclamação trabalhista, o médico descreveu que foi contratado como plantonista de pediatria sem a assinatura da carteira de trabalho para trabalhar para a Santa Casa e, paralelamente, para a Prefeitura Municipal de Santa Bárbara (SP). Dois anos depois, para tentar "mascarar a relação de emprego", foi orientado a abrir uma empresa para emitir notas fiscais pelos serviços prestados.

Afirmou, ao pedir o reconhecimento do vínculo, que era subordinado ao hospital, que não podia mandar outra pessoa no seu lugar, tinha que cumprir horário e recebia salário fixo mensal. Sustentou que é ilícita a contratação de trabalhador como pessoa jurídica e que qualquer forma utilizada que não for a celetista, deve ser considerada como fraude à lei.

Em defesa, o hospital afirmou que o médico era autônomo e, como plantonista, não tinha vínculo de emprego. Disse ainda que ele podia ser substituído e tinha autonomia para escolher horários e a frequência dos plantões.

Mas o depoimento da preposta da Santa Casa deixou clara, para o juízo de origem e para o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), a natureza empregatícia da relação. De acordo com a preposta, o médico sofria advertências do diretor clínico por fazer atendimento voluntário e atender crianças residentes em abrigos, "o que seria proibido pela Santa Casa de Misericórdia". Destacou que, como o horário do plantão era corrido, o médico não podia se ausentar, e que o controle das escalas era feito pelo diretor clínico do hospital.

No TST, o hospital pediu o afastamento do reconhecimento do vínculo e insistiu que o médico era prestador de serviços, sem qualquer subordinação, já que era apenas plantonista.

Mas, ao analisar o caso, a ministra Dora Maria da Costa destacou que ficou evidenciada na decisão do TRT a presença dos requisitos do artigo 3° da CLT e dos elementos essenciais à configuração da relação de emprego: trabalho prestado por pessoa física, com pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação jurídica.

A ministra observou que o depoimento da preposta, registrado pelo Regional, caracterizou verdadeira confissão quanto à subordinação. Baseada na Súmula 296 do TST, uma vez que o hospital não apresentou divergência jurisprudencial específica, ela não conheceu do recurso, e foi acompanhada por unanimidade. Após a publicação do acórdão, a Santa Casa opôs embargos declaratórios, ainda não examinados pela Turma.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Assim fica dificil pro sindicato fazer campanha pra DILMA.



Na mesma página do sitio do Seeb/Rio em que critica o programa de Marina Silva, (PSB), que além de defender a autonomia do Banco Central, propõe a redução do papel dos bancos públicos, acabar com a política de créditos direcionados, assegura a terceirização ampla e irrestrita para todas as empresas, o sindicato coloca matéria sobre as negociações com a CAIXA, onde o titulo da matéria é "Caixa diz que terceirização é caminho sem volta".

Unidade Classista

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Dez companheiros demitidos de forma ilegal foram reintegrados

metroviarios.org.br
Justiça do Trabalho concedeu uma liminar, no dia 27/8, para a reintegração de dez companheiros demitidos de forma ilegal pelo governo Alckmin após a última greve da categoria. O Metrô será notificado sobre a liminar na próxima segunda-feira (1º/9). 
 
Os dez companheiros reintegrados são: Alex Santana, Camila Ribeiro Lisboa, Fábio José  Bosco, Isaac Souza de Miranda, João da Silva, Marcelino de Paula, Marcelo Alves de Oliveira, Marcelo Xavier Bovo , Raimundo Borges Cordeiro de Almeida Filho  e Raquel Barbosa Amorim. 
 
Esta decisão do juiz Thiago Melosi Sória demonstra que o governo Geraldo Alckmin cometeu um ato ilegal ao demitir estes companheiros e os outros que ainda não foram reintegrados. 
 
Na liminar, o juiz contraria totalmente a argumentação do governo de demissão por “vandalismo”. Confira um trecho da liminar: “Analisando a gravação de vídeo que registrou a conduta dos substituídos na estação Tatuapé em 05 de junho de 2014 (documento 348 da defesa) vejo que, embora os trabalhadores estivessem na plataforma, não aparecem impedindo o fechamento das portas do trem (...) As testemunhas mencionadas (pela empresa), além de não identificarem os praticantes, disseram que não houve violência ou dano”. 
 
Em outro trecho do documento, o juiz fornece mais argumentos para comprovar a ilegalidade das demissões. Confira: “No dia 09 de junho de 2014, a ré (a empresa) enviou telegramas idênticos a todos os substituídos, apontando exclusivamente os dispositivos legais que motivavam as dispensas por justa causa, sem a descrição de qualquer conduta. A ré informou aos trabalhadores que haviam sido violados o artigo 482, b, da Consolidação das Leis do Trabalho e o artigo 262 do Código Penal”. 
 
Na sequência, o juiz lembra que seis dias depois do telegrama acima, após receber notificação do Ministério do Trabalho, a empresa repetiu o ato da dispensa, enviando novo telegrama. 
 
O juiz concluiu que “é imprescindível que o ato de dispensa seja praticado uma única vez e da forma correta. Admitir que a empregadora o completasse, a qualquer tempo, tentando convalidá-lo, retiraria a força da exigência de fundamentação, permitindo que a empresa dispensasse seus empregados sem motivo justificado e deixasse para buscar motivação posteriormente, apenas quando provocada a fazê-lo (provocação que pode ocorrer por uma demanda judicial ou por questionamento administrativo da autoridade fiscalizadora). O contexto da greve em que ocorreram as dispensas torna ainda mais necessária a observância do procedimento correto, pois assegura que o motivo das rescisões seja a prática de falta grave e não a participação no movimento grevista”.