PCB-RR

segunda-feira, 31 de março de 2014

Juvandia Moreira é reeleita presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo

Cerca de 28 mil bancários em 17 cidades participaram da votação

Escrito por: SPBancários

 
A Chapa nº 1, ligada à CUT, foi reeleita para comandar a gestão que permanecerá à frente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região no triênio 2014/2017. Juvandia Moreira foi reeleita como presidenta da entidade.

 
Com todos os votos apurados (28.741), a chapa 1 teve 82,11% dos votos válidos (23.159), contra 16,8% (4.746) da Chapa 2. Os votos em branco somam 297 e os nulos 539. Ao todo cerca de 200 urnas foram apuradas.

 
“Tivemos uma votação expressiva: foram mais de 28 mil bancários que participaram do nosso processo eleitoral. Isso representa união, participação e compromisso da categoria. Agradeço o reconhecimento e a confiança que depositaram na chapa 1. Avançamos muito, mas ainda há muito a se conquistar. Nossa luta é por valorização de salários e melhores condições de trabalho e vida para a categoria bancária”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Também vamos continuar atuando em temas importantes para o país como mobilidade urbana, reforma tributária, política econômica, salário igual para trabalho de igual valor, reforma política, democratização da mídia e a defesa da pauta da classe trabalhadora”.

 
Foram quatro dias de votações que tiveram início na terça-feira (25) às 07h e terminaram na sexta (28) às 16h. A contagem dos votos foi encerrada na madrugada deste sábado (29). A eleição tem proporção e importância comparável a muitos municípios brasileiros. Foram cerca de 28 mil votantes espalhados em quase 200 urnas fixas nas concentrações dos bancos ou itinerantes; em mais de três mil locais de trabalho. O Sindicato é um dos maiores do Brasil e da América Latina.

 
Perfil – Juvandia Moreira é formada em direito e pós-graduada em política e relações internacionais. Funcionária do Bradesco na área de câmbio, começou como diretora do Sindicato em 1997. Esta à frente da entidade desde junho de 2010, quando se tornou a primeira mulher, após 87 anos de história do Sindicato, a chegar à presidência. Juvandia tem a responsabilidade de negociar as campanhas salariais, com validade em todo o país, na Convenção Coletiva de Trabalho. Atualmente é integrante do Conselho da Cidade de São Paulo e representante do Sindicato na UNI Finanças Mundial.

Ditadura militar foi responsável por matar 2 mil indígenas na Amazônia

 
Por Rosiane Carvalho
Da A Crítica

Genocídio de dois mil indígenas waimiri atrori, impactos irreparáveis à população tenharim e a quase dizimação dos povos jiahui. Essas são algumas das “heranças” que o Amazonas recebeu do Golpe Militar, que no próximo dia 1º de abril completa 50 anos. Ao contrário dos registros da história oficial, a Ditadura Militar impôs ao Amazonas mortes e violação dos direitos humanos, que marcam a rotina e a memória dos povos indígenas waimiri atroari, tenharim e jiahui.


O levantamento sobre as inconsequentes ações dos governos militares no Estado faz parte de uma investigação feita em duas ações civis públicas do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM). A investigação aponta que os militares, a pretexto de “ocupar uma terra sem homens” (Amazônia), foram responsáveis pela morte de milhares indígenas durante a construção das BR-174 (Manaus-AM/Boa Vista-RR) e BR–230, a Rodovia Transamazônica.


Os primeiros resultados das investigações, que pode ser uma porta para que a história do Amazonas seja reescrita, serão debatidos na sexta-feira em um seminário no auditório Rio Solimões, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), realizado pelo MPF, pelo Comitê da Verdade no Amazonas e por lideranças indígenas. “Diante do aniversário do Golpe, vamos discutir a Amazônia de antes e de hoje. O que os diversos povos sofreram e vivem ainda hoje no regime democrático”, declarou o procurador da República Julio de Araujo Junior.


Waimiri e Tenharim
As ações foram abertas após denúncias de indigenistas que atuam na região desde o período militar. A primeira, sobre os waimir atroari, ainda não foi concluída porque, segundo o procurador Julio Araujo, precisa de profundas investigações.
Há notícias de que os militares atuaram num ataque direto e violento à aldeia dos waimiri. Os registros indicam, segundo o procurador, que antes da construção da BR-174 havia cerca de três mil indígenas (década de 70). Na década de 80, os registros apontavam para 300 indígenas na aldeia.


A segunda ação já foi apresentada à Justiça, que, por conta dos conflitos recentes, concedeu liminar para reparações imediatas sobre danos permanentes sofridos pela população tenharim e jiahui durante a construção da Transamazônica. Os jiahui eram apenas 17 indígenas em 2004, quando suas terras foram demarcadas.
A obra da Transamazônica, segundo o MPF, cooptou os tenharim para trabalhos forçados, os obrigou a mudar de território e infectou parte da população com doenças (como sarampo e catapora) trazidas pelo contato com os operários da Paranapanema, responsável pela obra.


Método do Brasil colonial
A construção da Transamazônica começou em outubro de 1970. Há registro do descerramento da placa do início da obra em Altamira, no Pará, pelo então presidente Emilio Garrastazu Médici com o seguinte teor: “Nestas margens do Xingu, em plena selva Amazônica, o senhor Presidente da República dá início à construção da Transamazônica, numa arrancada histórica para a conquista deste gigantesco mundo verde”.


Para o MPF, já no seu primeiro passo a obra liderada pelos militares dá sinais do descompromisso com os povos que já habitavam a região. “O teor do discurso demonstra a perspectiva de ‘conquista’ e ocupação de um território ‘verde’, em nome de uma arrancada histórica para o ‘progresso’”, diz trecho da ação.


O procurador da República Julio Araujo afirmou que as populações tradicionais são desprezadas desde a época do Brasil colonial. “Foram várias formas de violação, até mesmo as táticas de pacificação, provocaram essa desestruturação. A Ditadura não adotou métodos diferentes.


Em nome do desenvolvimento, se aprofundou a violação. Dentro dessa concepção, não considerou a diferença e os indígenas acabaram sendo um empecilho ao progresso e à conquista da região”, declarou o procurador Julio Araujo.


Transamazônica violou indígenas
Os danos provocados pela construção da Transamazônica aos tenharim e jiahui são alvo de um pedido de indenização de R$ 20 milhões por parte do MPF por danos coletivos sofridos pelas etnias. A construção da estrada em Humaitá foi feita pela empresa Paranapanema, que depois também passou a explorar minérios no Amazonas atingindo outras terras indígenas.


Na abertura da estrada, os tenharim foram obrigados a deixar a margem direita do rio Marmelos, num local chamado São José. Pela investigação do MPF, os tenharim ficaram às margens da rodovia porque a estrada foi construída por cima de locais sagrados para a cultura deles.


A invasão do território também trouxe consequência na estrutura da vida por causa dos prejuízos ao solo e atividades agrícolas. Até na caça, pela destruição da fauna, os tenharim tiveram que mudar seus costumes, segundo a pesquisa antropológica exposta na ação do MPF.


Muitos indígenas morreram por causa de epidemias de sarampo, catapora – doenças trazidas por operários da Paranapanema. A crença dos indígenas é que maldições acompanham aqueles que abandonam seus antepassados.


A Transamazonica causou, ainda, a destruição de cemitérios indígenas. “O progresso e o desenvolvimento idealizados com a rodovia não pressupuseram uma convivência em harmonia e respeito aos povos indígenas. Isso conduziu a desestruturação étnica de povos como os tenharim e jiahui, a homogeneizacão de culturas, a divisão de territórios e a provocação de tensões na região de Humaitá, Manicoré e Apui”, afirma trecho da ação.


Em outro trecho, o MPF indica: “A perspectiva homogeneizante colocou-se em primeiro plano, não se oferecendo qualquer alternativa àqueles que ousassem enfrentá-la (…) O resultado dessa perspectiva é a ocorrência de danos aos povos indígenas, os quais se prolongam no tempo em razão da omissão de adoção de medidas reparatórias”.

Fonte:http://mst.org.br

Bancário demitido na ditadura será readmitido

Bahia 247 - Demitido após ser preso e torturado pela ditadura militar, o ex-bancário baiano Osmar Ferreira, de 71 anos, ganhou na Justiça direito de ser readmitido pelo antigo Banco da Bahia. Decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) acontece exatamente 50 anos depois da demissão, que aconteceu no início do regime militar que se instaurou com o gole de 1964.


Atualmente advogado, Osmar Ferreira relata em matéria no jornal Folha de São Paulo os detalhes da manhã de 8 de abril de 1964, quando um sargento do Exército entrou na agência na qual ele trabalhava, em Feira de Santana, e lhe tirou lá algemado.


Ferreira era chefe de cobrança do banco e membro ativo do sindicato local dos bancários que ajudou a fundar com 18 anos. Ligado à juventude do PCB (Partido Comunista Brasileiro), ele foi levado ao 1º Batalhão da Polícia Militar de Feira, onde foi torturado por 12 dias.


"Não me colocaram no pau de arara nem levei choque, mas apanhei bastante". Osmar Ferreira foi reconhecido como anistiado político em 2010 e ganhou direito a R$ 726 mil de indenização, paga hoje em parcelas mensais.


"Os militares que me prenderam queriam saber onde estavam as armas, mas não tinha arma nenhuma".
Ele conta que foi solto por influência de amigos de seu pai, "que era de direita", com a condição de se apresentar todos os dias no batalhão, às 6h e às 18h. Logo que saiu da prisão, foi direto à agência bancária, onde teve uma surpresa. "Quando cheguei para trabalhar no banco, já estava demitido".


Em 1969, ao deixar a 'clandestinidade' Osmar Ferreira tentou o ensino superior. Por seis anos, contudo, suas inscrições nos vestibulares foram indeferidas – segundo ele, sem justificativa. Depois, se formou em Direito.


Em abril de 2011, quatro meses após ser anistiado, Ferreira se filiou novamente ao Sindicato dos Bancários de Feira de Santana. Mesmo tendo abandonado a profissão, tinha um sonho: ter a demissão anulada pela Justiça.


Em fevereiro passado, três ministros do TST decidiram que ele deveria ser readmitido pelo Bradesco, instituição que comprou o Banco da Bahia em 1973.


Segundo a decisão, ele deve ser recontratado para função correspondente ao cargo que ocupava há 50 anos, com direito a vantagens somadas durante o afastamento.


O Bradesco diz que recorreu da decisão e que não comentaria o assunto, por estar "sub judice", conforme publicação da Folha.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Um estado sem o Estado

Na quarta-feira de cinzas um jovem de fisioterapeuta morreu na porta de uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento – por falta de médico, pois só havia um no local. Agora, um idoso faleceu na porta de outra UPA também por falta de atendimento. Ele tinha autorização judicial para ser transferido para um hospital, mas não agüentou a espera dos tramites burocráticos.
 
O aumento dos assaltos, a continuidade do tráfico de drogas nas comunidades, a agressão policial contínua a manifestações populares reivindicatórias, os elevados custos da reforma daquele que um  dia foi o Maracanã são apenas algumas das marcas registradas do governo Sérgio Cabral.
 
O complemento do quadro se dá nas festas em Paris regadas a champanhe, a mansão milionária comprada com empréstimos dos seus assessores, aos helicópteros a serviço dos vestidos da esposa e dos cachorros da família.
 
A violência continua dominando o estado do Rio de Janeiro, cujo número de mortes é superior ao das guerras no Iraque e no Afeganistão, apesar da ampla propaganda feita pelos principais canais de televisão.
 
AS UPPs são atacadas pois representam apenas a repressão policial junto à comunidade. Quando uma comunidade é pacificada, as primeiras coisas que lá chegam são a cobrança da Light e um acordo com a TV a cabo, acabando com o famoso gatonet. As multinacionais correm para faturar mais algum, enquanto a assistência social, escolas, postos de saúde, saneamento, coleta de lixo e outros serviços obrigações do Estado são deixados de lado. O que interessa é reprimir a população, já que o tráfico continua, apenas de maneira mais discreta.
 
Agora, Cabral vai se desincompatibilizar e vem como candidato a senador. Provavelmente para continuar enriquecendo sem fazer nada, ao mesmo tempo em que se protege de eventuais processos se utilizando da imunidade parlamentar. Ele nunca trabalhou na vida – teve uma coluna em um jornal, arranjada pelo seu pai, e usa tal artifício para se dizer jornalista. Nunca pegou no batente, teve empresa ou coisa do gênero, mas mora em um baita apartamento no Leblon ou Ipanema, não recordo.
 
Em seu lugar vem o Pezão, candidato ao governo do estado, para continuar a sua grande obra. As opções com chances de vencer são de lascar – Crivela, Lindenberg, Garotinho, César Maia. É hora de fazermos alguma coisa, nos levantarmos, irmos para as ruas, criarmos espaços políticos de organização da sociedade, em especial dos trabalhadores, para que sejamos os protagonistas das nossas vidas, da nossa história. Não dá mais para conviver calado diante de tanto descalabro.
 
Afonso Costa
Jornalista

terça-feira, 25 de março de 2014

Eleição na Apcef/SP

Apcef/SP também terá eleição no próximo dia 23 de abril, com disputa entre três chapas
Pleito reveste-se de importância porque a Apcef/SP, que em 2014 completa 107 anos, é uma das mais antigas organizações de bancários do país e a maior das associações filiadas à Fenae, com mais de 15 mil associados

Também está deflagrado o processo eleitoral na Apcef/SP para a escolha dos novos membros da diretoria executiva e do conselho deliberativo da entidade – gestão 2014/2017. Duas chapas disputam o pleito, marcado para o próximo dia 23 de abril. São a Chapa 1 – “Nossa Luta”, cujo candidato a presidente é Kardec de Jesus Bezerra, a Chapa 2 – “Oposição Bancária”, que tem Sérgio Silva Ferreira como candidato a presidente, e a Chapa 3 - "Oposição Alternativa", sob o comando de Messias Américo da Silva.

Essa eleição reveste-se de importância, dado que a Apcef/SP, que neste ano completa 107 anos, é uma das mais antigas organizações de bancários do país e é a maior das Apcefs filiadas à Fenae, com mais de 15 mil associados. Trata-se de uma entidade que sempre esteve à frente das lutas pelos direitos dos empregados da Caixa.

Uma Comissão Eleitoral foi instalada durante assembleia em 22 de fevereiro, para garantir que o pleito ocorra de forma transparente e democrática.

Fonte: Fenae Net

Eleição no Sindicato dos Bancários de São Paulo começa nesta terça-feira (25) Milhares de trabalhadores participam da votação que acontece durante quatro dias


São Paulo - A partir desta terça-feira (25), os bancários e financiários de São Paulo, Osasco e 15 regiões, sindicalizados, votam para eleger a diretoria que ficará à frente da entidade para o triênio 2014/2017. 

Conduzido pela Comissão Eleitoral, o processo começa às 7h desta terça-feira (25) e se encerra na sexta-feira (28). O resultado está previsto para ser divulgado neste sábado (29). A eleição tem proporção e importância comparável a muitos municípios brasileiros. São milhares de votantes espalhados por centenas de locais de trabalho em São Paulo e outras 15 cidades da região de Osasco. O Sindicato é um dos maiores do Brasil e da América Latina. 

Estrutura - Ao todo serão cerca de 200 urnas, entre as fixas, que ficarão nos prédios administrativos dos bancos, e as itinerantes, que percorrerão as agências bancárias, acompanhados por mesários das duas chapas. Na sede do Sindicato haverá urna destinada preferencialmente aos bancários aposentados ou que estejam afastados – férias, licença, doença ou outros motivos. 

Para a votação é necessário que o bancário se identifique por meio de documento com foto: crachá da empresa, RG ou Carteira de Trabalho. Podem votar trabalhadores sindicalizados (aptos a votar) de bancos públicos e privados que atuam nos seguintes municípios: São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.

Credenciamento de imprensa – Os jornalistas interessados em participar da cobertura da eleição do Sindicato deverão encaminhar mensagem para cecilia@spbancarios.com.br. Com assunto “Credenciamento” deverão informar nome e empresa em que trabalham e durante a cobertura será necessário apresentar sua identificação do veículo de comunicação.

Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

Itaú muda data de divulgação de bolsas para a próxima quarta, 26/3


Os funcionários do Itaú que se inscreveram no programa de bolsas devem ficar atentos. O banco divulga na quarta-feira, 26, a lista dos contemplados com o auxílio-educação. Inicialmente, o Itaú anunciou que a lista seria publicada nesta sexta, 21, no entanto, alegou problemas no sistema.
Os pedidos para reembolso poderão ser feitos a partir do dia seguinte à divulgação, na quinta-feira, 27.
A bolsa é uma conquista da categoria, que veio após muita luta e negociação com a direção do banco. No total são cinco mil auxílios no valor de R$ 320 ao mês, sendo mil reservados a pessoas com deficiência.

Fonte: SEEB São Paulo

Lucro dos bancos chega nos R$ 60 bilhões em 2013

Ganância
Lucro dos bancos chega nos R$ 60 bilhões em 2013
Montante é 10% maior que 2012
O lucro líquido dos bancos apresentou crescimento de R$ 5,5 bilhões e bateu na casa dos R$ 60 bilhões em 2013. O montante é 10% maior do que o aferido no ano anterior, de R$ 54,5 bi. Os dados estão no Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central (BC).

Dentre os fatores que impulsionaram o resultado estão o aumento das tarifas cobradas da população, em torno também de 10%, menor destinação de recursos para provisionamento e, especialmente neste ano, adesão ao Refis, que proporcionou aproximadamente R$ 4,5 bilhões em receitas.

O Refis é um programa de parcelamento de débitos fiscais destinado a empresas com dívidas com a Secretaria da Receita Federal, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Também foram relevantes as operações de seguros, previdência e capitalização, que contribuiu com R$ 9,1 bilhões ou 15% do lucro líquido.

Crédito
O crédito também cresceu, chegando a R$ 2,7 trilhões e atingindo 56,5% do PIB, ante 53,9% em dezembro de 2012.

Os bancos públicos continuaram em destaque, mas diminuíram o ritmo no segundo semestre de 2013, passando de crescimento anualizado de 29,3% em junho de 2013 para 22,6% em dezembro de 2013. Os privados apresentaram crescimento de 1,6 ponto percentual, mas ainda permanecem bem atrás com 7,3%.

Inadimplência
Os dados do BC indicam nova queda na inadimplência, especialmente nos bancos privados, fechando o ano em 3% contra 3,4% do meio do ano. O comprometimento de renda familiar com dívidas bancárias teve leve queda, de 21,8% para 21,6% entre o final de 2012 e de 2013.

Fonte: SEEB São Paulo

Só pensam em lucro

Bancos aumentam juros do cheque especial e empréstimo pessoal em março
Seguindo a lógica de só se preocupar com lucros, boa parte dos bancos brasileiros aumentou neste mês as já altas taxas de juros para cheque especial e empréstimo pessoal. Os dados são da pesquisa feita regularmente pela Fundação Procon.
De acordo com o levantamento, no cheque especial a taxa média passou  de 8,66% ao mês para 8,81%, crescimento de 0,15%. A subida aconteceu graças aos reajustes feitos em cinco dos sete bancos pesquisados.

O campeão de aumento percentual é o Bradesco: 4,54% de reajuste em relação ao mês passado. O índice foi alterado de 9,03% para 9,44% ao mês. Ele é seguido pelo HSBC, que reajustou o índice em 4,02%, passando de 9,95% para 10,35%.
A Caixa Econômica Federal não deixou por menos e passou a tarifa de juros do cheque especial para 5,08%, aumento de 2,63% em relação aos 4,95% cobrados em fevereiro. Já o Santander ficou em quarto lugar, reajustando em 0,75%. Os juros passaram de 10,67% para 10,75% ao mês.

O quinto banco a apresentar aumento foi o Itaú, de 9,47% para 9,49% (subida de 0,21%). Embora os outros bancos pesquisados não tenham alterado suas taxas de um mês para o outro, seguem cobrando caro de quem se arrisca a usar cheque especial. O índice do Safra é de 8,90% e do Banco do Brasil é de 7,64%.

Empréstimos
Quando se trata de empréstimos pessoais, as tarifas das instituições financeiras pesquisadas subiram, em média, para 5,46% ao mês. Em fevereiro o índice era 5,44%. Três bancos causaram a alteração do índice.]

Nesse setor, a liderança de quem só quer arrancar dinheiro dos clientes é do HSBC. Com aumento de 1,73%,  o banco reajustou a taxa de 5,77% para 5,87% ao mês. Ele é seguido pela Caixa com seu reajuste de 1,35% entre fevereiro e março. Agora, a tarifa é de 3,75% (antes o juro era de 3,70% ao mês).

O terceiro banco é o Bradesco, com 0,31% de aumento. O índice pasou de 6,39% para 6,41%. Os demais bancos não subiram suas taxas para empréstimo neste mês, o que não significa que elas não sejam "salgadas": Santander (6,49%), Itaú (6,10%), Safra (4,90%) e Banco do Brasil (4,72%). O ideal é evitar utilizar esses serviços para não entrar em uma verdadeira "bola de neve" de dívidas, que só serve para encher os bolsos dos banqueiros e garantir seus lucros bilionários.

Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região com informações do Procon

sexta-feira, 21 de março de 2014

Governo não atende pauta dos SPF e entidades devem intensificar mobilização

andes.org.br
O governo federal deu uma demonstração clara na quarta-feira (19) de que não há disponibilidade em negociar com os servidores públicos federais (SPF). O recado foi transmitido na reunião entre representantes do Fórum das Entidades Nacionais do SPF e membros da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), que aconteceu durante o ato realizado pelos servidores na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). 

A atividade contou com a presença de centenas de manifestantes de diversas categorias do funcionalismo público e integra o Dia Nacional de Mobilização chamado pelo Fórum. Em diversas cidades do país, os docentes federais se uniram aos demais servidores e foram às ruas cobrar atendimento à pauta unificada da categoria, em defesa de serviços públicos de qualidade e valorização dos SPF. 

Segundo informe passado após a reunião com o Mpog, o Secretário de Relações do Trabalho (SRT/Mpog) Sérgio Mendonça recebeu os dirigentes, acompanhado de sua equipe, e foi explícito ao informar que o governo entende que há um acordo vigente, firmado em 2012 com várias categorias do funcionalismo, e que não irá negociar, nem a pauta específica das categorias nem a unificada dos SPF, e que não há margem orçamentária para revisão do acordado. 

De acordo com Paulo Barela, o secretário da SRT/Mpog disse apenas que seria possível refletir sobre a possibilidade de reajuste nos benefícios sociais. “Reivindicamos um calendário de reuniões para manter a porta aberta e Mendonça respondeu que não há necessidade, pois isso não irá reverter a posição do governo”, comentou Barela.

Barela informou que as entidades cobraram do governo uma resposta escrita e oficial à pauta protocolada em janeiro, o que foi prometido para o final de março, e informaram que as entidades devem intensificar as mobilizações. “Já existe uma greve em curso e várias entidades já têm uma agenda de ações. Vamos intensificar a mobilização para pressionar o governo a mudar essa postura intransigente, como fizemos em 2012”, finalizou.

Ato na Esplanada
Na capital federal, representantes do ANDES-SN e de várias categorias se reuniram em frente ao prédio principal do Mpog (Bloco K), para cobrar a resposta do governo à pauta unificada e a audiência com a ministra Miriam Belchior.  No início de fevereiro, o Planejamento havia se comprometido com dirigentes do Fórum dos SPF em dar retorno às reivindicações e sobre o encontro com ministra até o início de março, o que não ocorreu.

Durante a fala dos representantes das entidades presentes no ato, ficou explícita a indignação dos servidores com o descaso do governo em relação ao pleito da categoria, principalmente diante da argumentação de que não há recursos disponíveis, uma vez que o governo reviu diversos contratos e aumentou o repasse de verba pública para as empreiteiras que estão construindo estádios pra a Copa. Também foram saudados os técnicos administrativos das universidades federais, representados pela Fasubra, em greve desde segunda-feira (17).

Gibran Jordão, coordenador da Fasubra, destacou que, em seu segundo dia, a paralisação por tempo indeterminado já conta com a adesão de mais da metade da categoria. “A greve é uma reação ao descaso do governo com a Educação e com os técnicos administrativos, que recebem o pior piso do funcionalismo federal, cerca de um salário mínimo e meio. Estamos vivendo um clima político em que cresce a mobilização dos trabalhadores para organizar a luta e assim arrancar do governo resposta à pauta específica das categorias e também à pauta unificada”, disse.

Em sua fala, a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira saudou o movimento dos técnicos administrativos e ressaltou que a saída é intensificar a mobilização em todo o país. “Começamos hoje com a mobilização em vários setores. No ANDES-SN, chamamos um dia nacional de paralisação, com atos em diversas cidades, como resposta à intransigência em relação às nossas pautas. O governo segue inflexível com os trabalhadores, mas não com o empresariado. Nosso caminho é ir para a luta de forma unificada. Esse governo precisa nos respeitar e o nosso respeito buscaremos na rua, mostrando a força da nossa mobilização, pois é assim que temos feito e foi assim que já conseguimos fazer com que eles nos ouvissem”, avaliou Marinalva.

GREVES DOS GARIS E DO COMPERJ

Um mundo a ganhar, por aqueles que não têm nada a perder.
                                                                                                 
As recentes greves dos garis da COMLURB e dos trabalhadores do COMPERJ marcaram o início desse ano em termos de luta de classes em nosso estado. A primeira foi de curta duração, impactou a vida da cidade em pleno período do carnaval e obteve uma expressiva vitória econômica, além de impor uma clara derrota política ao arrogante Prefeito Eduardo Paes (PMDB). A segunda se estendeu por mais de um mês, teve pouquíssima visibilidade e terminou com resultados bem abaixo das reivindicações dos trabalhadores.


Apesar das diferenças acima, as duas greves revelaram algumas facetas semelhantes que valem ser ressaltadas. As duas categorias estão entre as camadas mais exploradas da classe trabalhadora, enfrentam condições duríssimas de trabalho, recebendo pouco acima do salário mínimo. Os respectivos Sindicatos (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do município do Rio de Janeiro, filiado a CGTB e o Sindicato dos trabalhadores da Construção Civil de São Gonçalo e Itaboraí, filado a CUT), que deveriam estar à frente da luta em defesa dos interesses desses trabalhadores, se colocaram de forma descarada como verdadeiros agentes patronais.


No caso dos garis, a diretoria do Sindicato após a assembleia ter deliberado pela greve, publicou, na calada da noite, um boletim informando a suspensão do movimento. Depois desse ato de traição à luta dos trabalhadores, esses sindicalistas de mentirinha se colocaram inteiramente a serviço do Prefeito, boicotando a greve e assinando um acordo rebaixado. Não satisfeitos os traíras fizeram mais um comunicado afirmando que “o Sindicato não foi responsável pela deflagração da greve”.


Já no COMPERJ nas assembleias conduzidas pelo Sindicato não se permitia que os trabalhadores fizessem uso da palavra para discutir os rumos do movimento, apenas os diretores do Sindicato e da CUT podiam falar. Nem assim eles conseguiram deter a força da greve, foram vaiados em todas as assembleias. Inconformados, os pelegos e as empresas contrataram capangas para ameaçar os trabalhadores. Numa das manifestações bandidos passaram atirando e balearam dois grevistas, isto sim, pode ser classificado como um verdadeiro ataque terrorista, no qual acabaram feridos dois operários.


 Além de enfrentar aqueles que deveriam estar ao seu lado (os Sindicatos), os garis e os trabalhadores da construção civil se defrontaram com a repressão do estado. A PM do governador Sergio Cabral (PMDB) reprimiu duramente uma passeata dos garis no sábado de carnaval, espancando, jogando bombas e atirando balas e borracha contra os manifestantes. Igualmente em Itaboraí foi montado um forte aparato policial para agir contra as movimentações dos trabalhadores do COMPERJ, vários confrontos foram registrados, sempre com a marca da brutalidade e da covardia na ação policialesca contra os grevistas.


Outra experiência similar para essas duas categorias foi como a mídia, concentrada nas grandes redes de TV, rádio e jornais, cobriu essas greves, ou seja, da mesma maneira que sempre fazem. Os trabalhadores quase nunca tiveram voz, mas, o Prefeito, as empresas e os Sindicatos pelegos obtiveram ampla cobertura. Eduardo Paes e o presidente da COMLURB se referiam aos garis em greve como “marginais”. De imediato anunciaram 300 demissões na tentativa de derrotar o movimento, mas não contavam com a determinação dos garis e com o apoio que grande parte da população carioca manifestou a greve, reconhecendo a importância do trabalho desses profissionais para a manutenção das condições de vida na cidade.


A disposição de sair para a luta demonstrada por aqueles que, muito pouco, ou quase nada, têm a perder, indica que o processo iniciado com as jornadas de junho de 2013 se desdobra para as mobilizações dos trabalhadores, o que pode significar mudanças profundas na conjuntura social e política brasileira. Não é por acaso que o exemplo dos garis do Rio de Janeiro já "contaminou" os trabalhadores da limpeza urbana em varias cidades. A greve no COMPERJ vem na esteira de outras realizadas em grandes obras. Outras categorias superexploradas, como os motoristas e cobradores de ônibus, retomam também o caminho das greves. 


Todo esse movimento se defronta com o governo do PT/PMDB e seus sócios menores trabalhando a serviço das grandes empresas capitalistas. A fórmula deles é a mesma, quando a economia está aquecida só oferecem migalhas aos explorados, já ao menor sinal de crise ou diminuição da atividade econômica, tratam de intensificar os mecanismos de exploração sobre a classe trabalhadora. Nossa luta, portanto, não deve se limitar aos resultados imediatos, esses apenas sinalizam que a causa fundamental das nossas péssimas condições de vida e trabalho é o sistema econômico e político burguês, este ainda está por ser derrotado.     

Ney Nunes
Unidade Classista - RJ



sexta-feira, 14 de março de 2014

Filósofo avalia quem ganha e quem perde com o lucro dos bancos

Carta Capital
Vladimir Safatle
Duas notícias quase simultâneas forneceram uma boa fotografia do que o Brasil se tornou. Na primeira, descobrimos, o lucro líquido do Itaú em 2013 alcançou os 15,7 bilhões de reais, o maior da história dos bancos brasileiros, segundo estudo da consultoria Economática. Enquanto isso, o Bradesco apresentava o segundo maior lucro do ano, 12 bilhões de reais. Apenas duas instituições financeiras embolsaram quase 28 bilhões de reais, isto em uma economia de crescimento estagnado. Na segunda 3, a outra informação: a produção industrial caíra 3,5% em dezembro em comparação a novembro, a maior retração em cinco anos.


Diante desses dados, é difícil não lembrar de uma bela frase do presidente da Islândia, Olafur Grimsson: "Uma economia com bancos muito fortes é sinal de um país que vai mal". Não só pelo fato de uma nação atrativa para investimento especulativo, no qual aplicar dinheiro em cassinos travestidos é o melhor negócio, nunca conseguirá financiar o desenvolvimento da criatividade empreendedora de seu povo. Mas principalmente porque uma economia com bancos fortes destrói tudo à sua volta.


Os bancos drenam os melhores cérebros para o sistema financeiro. Foi assim que os melhores engenheiros do Brasil não foram parar nas universidades a estudar novos materiais, em programas de despoluição de rios ou em pesquisas sobre energia alternativa. Foram fazer contas. O Brasil assim se transformou em um país que forma economistas não para pensar problemas regionais ou desenvolver políticas de combate à pobreza, mas para fazer consultoria para bancos, fundos de investimentos e outros segmentos do mercado financeiro.


Por outro lado, um sistema financeiro forte constrói uma rede escusa de relações e interferência que corroem todos os poderes políticos, entre eles a mídia e os governos. Ao criar uma relação incestuosa na qual antigos integrantes da administração pública sempre passam ao sistema financeiro e vice-versa ou na qual a saúde financeira dos meios de comunicação depende das boas relações com o sistema bancário, as instituições financeiras acabam por controlar o espectro das decisões econômicas. Não por outra razão, o mundo assistiu à impotência dos governos mundiais em desenvolver políticas capazes de quebrar o interesse do sistema financeiro global em prol da defesa de populações vulneráveis em processo irreversível de pauperização. Na verdade, toda e qualquer discussão econômica imbuída de encontrar novos modelos deve partir da reflexão sobre como quebrar a força de intervenção dos bancos, um poder que não mostra sua cara, que opera na calada da noite dos lobbies.


Que um governo dito de esquerda no poder há 12 anos não tenha quebrado o processo de transformação em um paraíso de rentabilidade para o sistema financeiro, com suas taxas de juro de baile da Ilha Fiscal, é algo que só pode provocar indignação. Nem temos um sistema pesado de taxação sobre lucros bancários, o que permitiria ao governo subvencionar melhoras nos serviços públicos tão cobradas pela população nas manifestações dos últimos meses. Até a CPMF, o imposto mais justo que este país teve, por taxar aqueles que realizam o maior número de transações financeiras, foi abandonada, para nunca mais voltar à pauta.


Neste ano eleitoral, no qual a dependência da classe política em relação ao sistema financeiro e às quadrilhas de construtoras aumenta exponencialmente, dificilmente veremos propostas dispostas a controlar esse que é, no fundo, um dos nossos maiores problemas econômicos. Que tais lucros intergalácticos ocorram em plena retração da economia é apenas um sintoma de onde estão aqueles que realmente controlam as decisões deste país. Assim, quando alguém joga uma pedra em agências bancárias, a sua maneira ele acerta o alvo correto. Este poder das sombras, regado a Romanée Conti e a stockoptions milionários, não pode continuar a, de fato, governar o Brasil.

Pasmem, conforme foto, matéria foi postada no sitio do Seeb/Rio. 

BB é condenado em quase 2,6 milhões

Banco descumpriu decisão judicial que proibia a prática de atos de retaliação aos empregados que buscam seus direitos em juízo.

O Banco do Brasil foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar uma multa de aproximadamente R$ 2,6 milhões por ter descumprido decisão judicial que proibia a prática de atos de retaliação e represália aos empregados que buscam seus direitos em juízo. A ação foi movida pelo Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), que iniciou as investigações em 1999. 



Alguns bancários haviam ingressado na Justiça do Trabalho contra a instituição financeira, cobrando, por exemplo, o pagamento de horas extras. De acordo com a denúncia do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado do Maranhão, o banco estava coagindo os funcionários a renunciarem às reclamações trabalhistas sob pena de dispensa, transferência e outros atos de natureza punitiva. 




Para a procuradora-chefe do MPT-MA, Anya Gadelha Diógenes, esse é mais um típico caso de ato discriminatório nas relações trabalhistas e de afronta à Justiça do Trabalho: “A nossa intenção é que o Banco do Brasil cumpra o comando sentencial e não pratique atos discriminatórios contra trabalhadores que buscam no Judiciário Trabalhista o respeito aos seus direitos”. 




Em sua sentença, o juiz da 1ª Vara do Trabalho de São Luís, Antônio de Pádua Muniz Corrêa, julgou procedentes os argumentos do MPT-MA, destacando já existir uma decisão transitada em julgado que proíbe o Banco do Brasil de adotar tal postura arbitrária. “Resta induvidoso que o reclamado praticou ato ilícito trabalhista, pois demitiu seu corpo de advogados porque tinham reclamações trabalhistas em face do banco réu”, decidiu.

Fonte: www.seebma.org.br

FGTS: O governo rouba dos trabalhadores para beneficiar a burguesia

marxismo.org.br
O governo federal, fruto da coligação do PT com os partidos da “base aliada” vem governando em favor dos interesses da burguesia e do capital estrangeiro. Qualquer trabalhador sabe o estado lamentável dos serviços públicos, de transporte, saúde e educação, que deveriam ser gratuito e para todos, e no entanto assiste à montanha de gastos com obras que só vão beneficiar a burguesia.
 

Como no caso dos gastos com as obras da Copa do Mundo. Milhões de pessoas foram às ruas no ano passado, em grandes manifestações de massa, pelo atendimento de suas reivindicações. O governo que vem realizando programas de “fachada” (Bolsa Família, Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida, etc.), com a farsa da proposta da tal “Reforma Política” e partiu para a repressão e criminalização dos movimentos populares.
 

Essa política de governar para atender aos interesses da burguesia e dos seus negócios vem prejudicando cada vez mais os trabalhadores. Como se não bastassem medidas financeiras que tiram dinheiro dos trabalhadores, como os reajustes tímidos da tabela do desconto do Imposto de Renda ou medidas que reduzem ainda mais as despesas com a aposentadoria dos trabalhadores, como é o caso do “fator previdenciário”, o governo faz uma manobra para corrigir o FGTS muito abaixo da inflação.
 

Mas, foi a própria burguesia quem deu o alerta público para um fato que muita gente que trabalha com os recursos do FGTS já sabia faz tempo. Afinal de contas, ela utiliza o dinheiro desse fundo que deveria servir aos trabalhadores. O jornal O Estado de São Paulo divulgou uma tabela gráfica mostrando o fato através de uma simulação. Um trabalhador que, em 1999, tivesse R$ 10 mil e não teve mais nenhum depósito desde então, teria agora, em 2014, um saldo de R$ 19.971,19, corrigidos pelas regras em vigor do FGTS. O valor subiria para R$40.910, 67 se a correção levasse em conta o índice do INPC que mede a inflação. A diferença chega a 100%.
 

De julho de 1999 a fevereiro de 2014, o FGTS reajustou seu saldo em 99,71%, bem abaixo da inflação no período. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), por exemplo, acumula alta de 159,24% até janeiro deste ano, o último dado disponível. Essas regras levaramo FGTS a um desempenho nada animador nos últimos quinze anos. Conforme aponta o jornal Estado de São Paulo:
 

“O saldo do FGTS é atualizado todo dia 10 de cada mês, respeitando a fórmula de 3% ao ano mais Taxa Referencial. Na ponta do lápis, o rombo criado pelo descolamento entre o atual modelo de reajuste e os índices de preços está na casa dos bilhões. Só neste ano, R$ 6,8 bilhões deixaram de entrar no bolso dos trabalhadores, segundo cálculos do Instituto FGTS Fácil, organização não governamental que presta auxílio aos trabalhadores. Em 2013, a cifra chegou a R$ 27 bilhões.
 

A TR é calculada pelo Banco Central e tem como base a taxa média dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) prefixados, de 30 dias a 35 dias, oferecidos pelos 30 maiores bancos do País. A redução da taxa básica de juros, a Selic, a partir de 1999, foi diminuindo o valor da TR e fez com que o reajuste do FGTS não conseguisse nem repor as perdas com a alta dos preços da economia.
 

A queda mais forte dos juros promovida no início do governo de Dilma Rousseff só acentuou esse problema. De 2012 para cá, não foi raro o momento em que a taxa ficou zerada.”
 

A malandragem do governo está em reajustar o FGTS pelas taxas dos CDBs bancários que reflete a taxa de juros cobradospelos bancos enquanto que o correto seria reajustar o saldo do FGTS pelos índices que medem a inflação, como o INPC. Cria-se uma situação paradoxal: ao baixar a taxa de juros, de forma modesta como tem feito, o governo alivia o crédito financeiro em um país em que a maioria da população, de uma forma ou de outra, tem dívidas para pagar. Mas, por outro lado deixa o FGTS muito aquém da inflação real. Dessa forma, o governo federal usa o dinheiro dos trabalhadores e paga muito barato pelo uso desse dinheiro.
 

E para onde vão os recursos do FGTS? Para aumentar os lucros dos capitalistas. O fundo é gerido em tese por uma comissão tripartite formada por representantes do governo  federal, dos empresários e dos “trabalhadores” (ilustres desconhecidos). Mas, na realidade é controlado pela Caixa Economica Federal que disponibiliza esses recursos para investimentos na economia. Os recursos do fundo financiam o crédito imobiliário para o trabalhador adquirir a casa própria. Mas, a maior parte é investida na economia capitalista ao invés de investir na área social, na saúde, educação, transportes, que beneficiam a classe trabalhadora. Em 2013, o governo retirou do Fundo R$ 3,1 bilhões para realizar o Superávit Primário e equilibrar a Dívida Pública. O Fundo, através da Caixa Econômica, investe nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que vem sendo utilizado para beneficiar grandes grupos econômicos capitalistas. Foi criado o FI-FGTS, que já tem dois anos de existência, e nele se investe 80% dos recursos do Fundo. 
 

Segundo o jornal Correio Brasiliense: “O dinheiro do trabalhador criou um gigante no setor de infraestrutura e ampliou, indiretamente, o poder do Estado na economia. Com dois anos de operação, o FI-FGTS - criado com recursos do Fundo de Garantia para investir em transportes, energia e saneamento - já detém participação em 15 empresas privadas, além de debêntures de 10 companhias e cotas de 3 fundos.
 

No total, 28 ativos receberam (ou ainda vão receber) quase R$ 17 bilhões desde o início de operação do fundo de investimento, em julho de 2008. Nos próximos meses, mais quatro companhias deverão incorporar essa lista e receber algo em torno de R$ 700 milhões. Outros 20 projetos estão sob a mesa da Caixa, gestora do FI-FGTS, para análise.
 

Embora tenha se tornado um importante instrumento de financiamento do setor, há quem critique a atuação do fundo. Uma das principais preocupações é a qualidade dos ativos que o FI-FGTS financia. No primeiro ano de atuação, os gestores levaram um "puxão de orelha" da Controladoria-Geral da União (GGU), que fez uma série de recomendações.
 

Entre os pontos levantados está o pagamento de taxa de administração considerada acima da média do mercado à Caixa, sobreposição na cobrança de taxa de administração, investimentos em ativos de baixa rentabilidade e a ausência de critérios de risco para aquisição de ativos não cotados em bolsa.
 

Polêmica. Até agora, as operação mais controversas são as participações nas empresas Nova Cibe Energia, do Grupo Bertin (que virou sócio da Hidrelétrica de Belo Monte), e Rede Energia. Ambas passaram por problemas financeiros nos últimos anos. A Nova Cibe é uma espécie de subsidiária da Cibepar, que em 2008 arrematou 21 termoelétricas em leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
 

Com a crise internacional, a empresa não conseguiu apresentar as garantias exigidas na data prevista, o que resultou em multas milionárias (ainda não pagas) e atraso nas obras. As pendências, porém, não foram suficientes para impedir que o FI-FGTS liberasse R$ 240 milhões para a companhia”.
 

Estes são alguns exemplos do uso que está sendo feito pelo governo Dilma dos recursos do FGTS. A direção da Caixa Econômica, gestora do fundo, alega que estes investimentos do FI-FGTS criaram mais de um milhão de empregos diretos e indiretos. No entanto, estes investimentos na área de infraestrutura já contam com o suporte do BNDES. O dinheiro do trabalhador deveria ir para obras públicas de caráter social que beneficiam a classe trabalhadora. O que geraria empregos do mesmo jeito.
 

As centrais sindicais entraram na justiça para que o FGTS seja corrigido de acordo com a inflação. Centenas de brasileiros também entraram na justiça pelo mesmo motivo. Corrigir o saldo do Fundo é importante mas, o dinheiro do trabalhador que está no FGTS deve ser controlado pelos trabalhadores e suas organizações. Oque implica em lutar pela nacionalização e socialização dos sistema financeiro.

Declaração conjunta de jovens comunistas sobre os acontecimentos na Ucrânia

 

Os acontecimentos na Ucrânia são particularmente cruciais e perigosos, em primeiro lugar para o povo e a juventude do país, que estão sendo transformados novamente em vítimas dos intensos antagonismos entre os EUA e a UE com a Rússia para o controle dos mercados, dos recursos naturais e das redes de transporte do país.


A intervenção aberta da UE, dos EUA e da OTAN, a utilização dos grupos e organizações fascistas e do anticomunismo, as perseguições e a proibição de partidos políticos, sobretudo contra os comunistas, as leis racistas que estão sendo preparadas contra a população que fala russo e outras minorias demonstram o caráter dos acontecimentos, descortinam as mentiras sobre o “triunfo da democracia na Ucrânia”.


Os jovens – especialmente na Europa – podem ver com maior clareza a verdadeira face da UE: se trata de uma união dos capitalistas e dos monopólios da Europa e serve a seus interesses, por isso a própria natureza da UE é reacionária. É uma união de intervenções militares, guerras, apoio dos grupos fascistas, do anticomunismo, esta é a sua ideologia oficial. Todos aqueles que cultivam ilusões de que a UE pode transformar-se em uma força de paz e estabilidade a favor dos povos têm grandes responsabilidades.


As Organizações Juvenis Comunistas que assinam este documento:
  • Denunciamos a intervenção da UE-EUA-OTAN nos assuntos internos da Ucrânia, o apoio direto que prestam aos grupos fascistas armados e as ameaças de uma intervenção militar estrangeira.
  • Expressamos nossa solidariedade com os comunistas da Ucrânia. Denunciamos as perseguições e as tentativas de proibir o Partido Comunista da Ucrânia.
Os jovens da classe operária e de extração popular não devem cair na armadilha dos dilemas nacionalistas escolhendo um lado entre os antagonismos daqueles que querem explorá-los. Pelo contrário, os jovens têm interesse na organização e na luta ao lado da classe operãria, para abrir seu próprio caminho: o caminho da luta a favor de nossas necessidades atuais, para que a riqueza esteja nas mãos daqueles que a produzem, para que nos livremos das uniões imperialistas e seus antagonismos.
  1. Juventud Comunista de Austria KJOe
  2. Unión de Jóvenes Comunistas Brasil UJC
  3. Juventud Comunista Avanzando Brasil JCA
  4. Liga Juvenil Comunista de Bretaña YCL Britain
  5. Juventud Comunista de Bolivia JCB
  6. Liga Juvenil Comunista de Canadá YCL Canada
  7. Juventud Comunista República Checa
  8. EDON Chipre
  9. Juventud Comunista Colombiana - JUCO
  10. Jóvenes Socialistas de Croacia
  11. Jóvenes Comunistas de Dinamarca Ungkommunisterne i Danmark
  12. Juventud Comunista de Ecuador JCE
  13. Colectivos de Jóvenes Comunistas de España – CJC
  14. Unión de Juventudes Comunistas de España - UJCE
  15. Jóvenes Comunistas de Francia MJCF
  16. Juventud Obrera Socialista Alemana - SDAJ
  17. Liga Juvenil Comunista de Georgia YCL Georgia
  18. Juventud Comunista de Grecia KNE
  19. Frente Izquierda de Hungría Baloldali Front
  20. Frente de Juventud Comunista de Italia FGC
  21. Movimiento Juvenil “Connolly” de Irlanda CYM
  22. Liga de Juventud Comunista de Mexico
  23. Jóvenes Comunista de Noruega – UngKom i Norges
  24. Juventud Comunista Paraguaya JCP
  25. Juventud Comunista Peruana - JCP
  26. Juventud Comunista Portuguesa JCP
  27. Liga de Juventud Comunista Revolucionaria (bolcheviques) Russia – RKSMb
  28. Union de Juventud Comunista Siria - Juventud Khaled Bagdash
  29. Liga Juvenil Comunista de Yugoslavia (Serbia) – SKOJ
  30. Juventud Comunista de Venezuela - JCV