PCB-RR

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Governo aumenta para 30% o limite de capital estrangeiro no Banco do Brasil



O Governo Federal aumentou em 50% a possibilidade de participação de capital estrangeiro no Banco do Brasil, por meio de decreto publicado hoje (25/10) no Diário Oficial da União. Antes da determinação, o limite de entrada de dinheiro de fora era 20% e agora pode chegar a 30% do capital ordinário do banco.

No texto, que conta com apenas três parágrafos, alega-se que a medida é de interesse do governo brasileiro. O documento é assinado pela presidente Dilma Rousseff, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega e pelo Diretor de Assuntos Especiais do Banco Central, Luiz Edson Feltrim e já passa a valer a partir desta sexta-feira.


A taxa de 20% tinha passado a valer a partir de 2009. Antes o percentual máximo permitido era de 12,5%. A secretária-executiva do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, e funcionária do Banco do Brasil, Eneida Koury, comentou sobre os atuais métodos de gerenciamento utilizados na instituição.


“O Banco do Brasil, ao abrir para o capital privado, introduz a lógica do lucro cada vez maior e aplica na gestão do banco um modelo privado de gestão. Essa forma de gerenciamento resulta em menos condições de trabalho para os bancários, assédio para o cumprimento de metas sem fim e redução de custos. O grande objetivo é dar lucro apenas aos acionistas, sejam nacionais ou estrangeiros. Queremos a estatização do sistema financeiro.”


No primeiro semestre o Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 10 bilhões, o que lhe garantiu o primeiro lugar entre os seis maiores bancos do País. O valor conseguido apenas pelo Banco do Brasil representa quase 1/3 dos R$ 29,6 bilhões de lucro líquido das seis instituições financeiras. É preciso dizer não à privatização que ocorre no Governo Dilma, como a do Petróleo e agora do Banco do Brasil, que tem mais de 200 anos de fundação.
Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região com informações da Agência Brasil

Postado por: Fernando Diegues e Gustavo Mesquita


PCB LANÇA MAURO IASI PRÉ CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA


A Comissão Política Nacional do PCB, reunida nesta data, conforme decisão do Comitê Central, submete à apreciação da militância do Partido, de seus amigos e aliados, a proposta de lançamento da pré-candidatura do camarada Mauro Iasi à Presidência da República, levando em conta as seguintes razões principais:
  • A necessidade de fazermos um contraponto à escancarada antecipação da campanha eleitoral de 2014, um teatro de mau gosto em que predominam falsas divergências entre políticos e partidos burgueses, negociatas, barganhas e toda sorte de cenas da mesma novela bianual da disputa por espaços na máquina estatal;
  • O desinteresse dos partidos com os quais compartilhamos a oposição de esquerda em construir uma frente permanente programática, para a unidade na luta para além das eleições e dos partidos com registro. Desde 2006, o PCB insiste nesta proposta, recusando-se a formar coligações efêmeras, engendradas às vésperas das eleições e apenas em função delas;
  • A necessidade de apresentarmos um programa político que denuncie a opressão e a violência do capitalismo e contribua com a construção do Poder Popular, dialogando com todos e todas cujas vozes se levantam nas ruas, respeitando suas formas de luta e sua recusa em participar do jogo institucional burguês;
  • O fato de a pré-candidatura de Mauro Iasi vir brotando da militância e de simpatizantes do PCB, inclusive angariando a simpatia de outros setores progressistas e de esquerda, desencantados com a postura eleitoreira de partidos e movimentos, parlamentares e candidatos de plantão.
Assim sendo, a CPN, ouvido o Comitê Central, resolve iniciar um processo de discussão no interior do Partido a respeito desta proposta, recomendando que os Congressos Regionais do PCB, que se realizarão no próximo mês de novembro em todo o país, nos marcos do XV Congresso Nacional do PCB, repercutam esta proposta, sem perder a centralidade dos debates no temário principal do Congresso.
O lançamento da pré-candidatura própria do PCB não é um expediente para barganhar com os partidos da oposição de esquerda, com os quais queremos construir uma frente de unidade na luta cotidiana, a partir das bases. Nos Estados em que essa unidade já se desenvolve, devemos estimular a possibilidade de alianças nas eleições regionais.
Nos dias 7 e 8 de dezembro próximo, mais uma vez o Comitê Central estará reunido e dedicará um espaço em sua agenda, voltada para o XV Congresso e outros temas, para conhecer a repercussão da proposta nas bases e, se for o caso, dar outros passos no sentido da pré-candidatura do camarada Mauro Iasi.

Comissão Política Nacional do PCB
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2013

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Centrais anunciam atos pelo fim do fator previdenciário

As centrais sindicas se reuniram na sede da CTB, na manhã da última sexta-feira (25), para definir as ações unitárias que devem ser promovidas durante o mês de novembro, pelo fim do fator previdenciário e em defesa da Agenda da Classe Trabalhadora, aprovada em junho de 2010, na 2ª Conclat.

"O fortalecimento da nossa unidade é fundamental para avançarmos com a pauta da classe trabalhadora e dar continuidade a esse debate que está sendo feito. Fizemos um balanço e de quanto avançamos, para traçar as ações para 2014, que será um ano de disputa", destacou Adilson Araújo, presidente da CTB Nacional.

O objetivo é promover pelo menos duas atividades, de caráter nacional. A primeira no próximo dia 12, em São Paulo, e outra no dia 26, em Brasília, data da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A intenção dos dirigentes é levar mais de 10 mil em frente à sede do Banco Central.

Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, salientou que as atividades visam dialogar com a sociedade e mostrar o que está jogo. "Temos que apresentar algo de concreto para a classe trabalhadora, promovendo esse debate e dialogando com os parlamentares. Porque o riscos que trazem esses projetos, como o da terceirização, não estão descartados", completou Adilson Araújo.

Na próxima terça-feira (29), os representantes das centrais voltam a se reunir na sede da CTB para definir o formato das atividades. As centrais também divulgarão uma Nota Unitária chamando a atenção para os projetos em tramitação, que representam um ataque aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.

Alternativa
A alternativa ao fator seria a fórmula 85/95. Por esta regra, o cálculo da aposentadoria quando a soma da idade com o tempo de contribuição for 85 para mulher, 95 para homem, o trabalhador receberá seus proventos integrais.

Este mecanismo é positivo, sobretudo para aqueles que ingressaram no mercado de trabalho mais cedo. (Com Portal CTB)

Fonte: diapi.org.br

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

BRB oferece 8% de reajuste e piso de R$ 2.250,00

A Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação - CEBNN/CONTEC recebeu nesta quarta-feira (09/10) nova contraproposta do Banco de Brasília - BRB, cujo valor do índice de reajuste é de 8% sobre todas as verbas salariais. A oferta da instituição contempla também a elevação do piso para R$ 2.250,00. O que significa um reajuste de 8,6% sobre o valor praticado hoje.


Na proposta entregue, o BRB se compromete ainda em estender os anuênios aos funcionários admitidos a partir de 2000, sem pagamentos de retroativos. O BRB ainda está disposto em criar comissão específica para debater correções no PCCR, com a participação do movimento sindical; e acrescentar ao ACT cláusula que trata do repúdio às práticas de assédio moral e sexual.


Questionados pela CONTEC quanto ao abono dos dias parados, o BRB disse que seguirá a mesma orientação da FENABAN.
 
 
ORIENTAÇÃO - A comissão CONTEC avalia que houve grandes avanços na atual proposta do BRB. No entanto, as assembleias são soberanas para avaliar o inteiro teor da contraproposta, portanto, a orientação é submeter o conteúdo da oferta a avaliação dos bancários do BRB. As assembleias deverão acontecer ainda nesta quinta-feira (10/10) a partir das 17h.
 
Diretoria Executiva da CONTEC

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

PROPOSTA NOVA À VISTA! DECISÃO DEVE SER DOS GREVISTAS E NÃO DOS FURA-GREVES!

Após 21 dias de paralisação, o comando nacional de greve se reúne, mais uma vez, amanhã com a FENABAN e os Bancos Públicos. Nesta reunião deve ser avaliada uma nova proposta com alguma melhoria em relação ao índice de 7,1% apresentado no último final de semana. Nossa avaliação é que esta nova proposta deverá ser aceita pela CONTRAF/CUT. É provável que a CONTRAF indique a realização das assembleias para discutir a proposta já na sexta-feira 11/10. E, pior ainda, com assembleias a partir das 18 horas e que elas sejam separadas, ou seja, bancários privados numa assembleia e cada banco público na sua própria.

Nós da Unidade Classista defendemos que as assembleias de greve devem ser realizadas no máximo até às 16h, como ocorre com a esmagadora maioria das categorias em greve. Tal medida dificulta a participação dos fura-greves, pois complica a liberação no meio do expediente dos que estão “babando ovo” nas agências. A experiência em bancários nos mostrou que o horário das 18h facilita sobremaneira os “operativos” dos administradores e superintendências para mobilizar a “gerentalha” para as assembleias.

Defendemos, também, que a assembleia para decidir sobre o índice da FENABAN e as questões gerais da categoria seja unificada, pois se decidimos entrar em greve rejeitando o índice da FENABAN em uma assembleia unificada, seria uma incoerência aceitar ou rejeitar uma nova proposta em assembleias específicas. Além disso, estaríamos indo contra a decisão de um fórum legítimo da categoria, contribuindo, com isso, para facilitar a vida dos banqueiros e do governo dividindo os bancários num momento crucial da greve.

Defendemos que haja assembleias específicas dos bancos privados e de cada um dos bancos públicos só após a decisão unificada para, então, discutirmos as pautas específicas.

Para que possamos impedir estas manobras que estão sendo orquestradas pela CONTRAF e FENABAN e impor a nossa vontade, precisamos que haja o comparecimento em massa nas assembleias de amanhã e nas demais. É preciso que os bancários tomem as rédeas desta campanha salarial, pois a greve tem que dar um salto de qualidade em participação e adesão dos bancários, se quisermos arrancar uma proposta que realmente avance em relação ao índice, ao piso, garantia no emprego, plano de cargos, fim das metas e do assédio moral.

Não à fraude das assembleias separadas!!!
Vamos à luta bancários e bancárias!!
Todos às assembleias e aos piquetes!!
Sem mobilização não há conquistas!!!
UNIDADE CLASSISTA 


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Todos contra a Terceirização - Vídeo 2

Todos Contra a Tercerização - Vídeo 1

Uma educação para além do capital

UC-Educação
No mês de junho, as manifestações populares ocuparam as ruas de 438 cidades do país. Por volta de 2 milhões de brasileiros protestaram contra as condições de vida insuportáveis. A questão que desencadeou todo o movimento, "a fagulha que incendiou toda a pradaria", foi o aumento das passagens dos transportes urbanos. Entretanto, um sem-número de outras pautas e reivindicações se incorporaram às passeatas. 

A revolta contra a precariedade da educação, da saúde e dos transportes públicos; a indignação contra o sistema político-eleitoral e a farra com o dinheiro nas mãos dos governantes; a brutalidade das polícias militares, em especial nas favelas; os gastos na ordem de bilhões de reais com construções e reformas de estádios de futebol "com padrão Fifa".

Não restam dúvidas, eles assumiram os golpes desferidos pela população. A imprensa mudou a forma de noticiar as marchas– se antes criminalizavam, passaram a aplaudir; suspendeu-se o aumento das tarifas em várias cidades; os índices de popularidade de vários governantes das três esferas (federal, estaduais e municipais) despencaram; e o Poder Legislativo passou a atuar pressionado. Todos os políticos, a partir de agora, pensarão duas vezes antes de tomar qualquer medida antipopular. Foram muitas vitórias. E ainda há muitas a conquistar!

O QUE CABE AOS EDUCADORES
Neste momento, a nossa principal tarefa é trazer as pautas das manifestações que tocam a educação para o debate nas greves, nas comunidades escolares, conversar com os nossos colegas, estudantes e também os pais. Em todas as passeatas, havia muitos estudantes das escolas públicas e particulares. Assim, o momento não poderia ser mais apropriado para discutir todas as mazelas da educação e da sociedade com eles.
Devemos travar com a comunidade escolar um amplo diálogo e perguntar: o que poderia ser diferente? Que escolas e universidades queremos? As lutas populares são pedagógicas, elas também educam. O recuo dos governantes nas tarifas dos ônibus não poderia ser uma aula melhor sobre como somente os trabalhadores organizados são capazes de transformar profundamente uma sociedade, vide os exemplos históricos espalhados por todo o mundo.

A EDUCAÇÃO PÚBLICA
As políticas educacionais da rede estadual, da capital e em outros municípios do Estado são muito parecidas. Todas elas estão amparadas em princípios meritocráticos, privatistas e punitivos. São bem claras estas características no projeto de educação no Estado do RJ, representado por Risolia/ Cabral.
O programa de bonificação dos professores por metas alcançadas trata-se de uma "aprovação automática" disfarçada, pois premia as escolas que apresentarem menores índices de reprovação. Assim, troca-se dinheiro por aprovações. Desta maneira, a Seeduc (Secretaria de Estado de Educação) consegue melhorar as frias estatísticas sem investir um centavo na educação. A "certificação" de professores também possui o mesmo perfil meritocrático, já que possibilita um aumento dos ganhos associado a aprovação numa prova e a frequência em cursos (para se tornarem repetidores de suas políticas) oferecidos pela Seeduc. Significa, na prática, enterrar o plano de carreira do magistério estadual.

Além disso, esses programas não incorporam os aposentados como beneficiados. Por sua vez, o projeto 'Autonomia' (também presente no município do Rio) expõe as suas características privatistas. Toda a concepção pedagógica é transferida a uma entidade privada, a Fundação Roberto Marinho– da Rede Globo. Sabe-se muito bem, esta também possui um projeto político. A quem cabe o projeto pedagógico da educação pública? Aos empresários da grande mídia? A última do secretário Risolia soa ao extremo do ridículo! Ele quis reduzir em 20% a carga horária escolar.

De acordo com a resolução, os discentes assistiriam às aulas da grade, de segunda a quinta, e na sexta-feira ficariam liberados para frequentar bibliotecas e realizar atividades extra-curriculares. Uma maneira bem "criativa" de esconder a carência de professores e afastar-se, de vez, das propostas de escolas de turno integral. Também é importante ter clareza sobre o papel dos funcionários (administrativos, inspetores, merendeiras etc.) numa escola. Sem os mesmos, a escola não funcionaria.

Todavia, os governantes preferem trilhar o caminho da precarização e da terceirização dos funcionários. A Rede Municipal do Rio não fica atrás. Muito orgulhosa de ser a maior da América Latina, possui 25% das escolas em condições precárias, segundo publicação do jornal "O Dia" em 16/ 07/ 13. Por esta e outras razões, os educadores da capital se encontram em processo de mobilização nesta rede. Em vários municípios, a categoria se mantém em constantes mobilizações, e muitas redes passaram por greves este ano: São Gonçalo, São João de Meriti, Belford Roxo, Macaé, Rio das Ostras, entre outras.

EDUCAÇÃO ESTADUAL E MUNICIPAL EM GREVE
Atualmente, as Redes Estadual e Municipal do Rio de Janeiro encontram-se em greve. Trata-se de uma luta na qual estamos inteiramente inseridos, construindo a mobilização junto às bases e ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação.
Defendemos:
Eleições diretas para diretores com participação da comunidade escolar;
Fim das políticas meritocráticas (bonificações, avaliações externas, certificação, etc.);
Toda bonificação deve ser incorporada ao salário;
Combate ao assédio moral;
Contra o fechamento de escolas e turmas, denominado pelo governo como "otimização";
Uma escola por matrícula (derrubada do veto ao PL 2.220 para a rede estadual);
Cumprimento da lei de 1/3 da carga horária para planejamento;
Piso de 5 salários mínimos para professor e 3,5 para funcionários administrativos;

FORA CABRAL, VÁ COM PAES!

Solidariedade aos professores do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Triste é o país que agride seus mestres

A Cidade Maravilhosa perdeu um tanto do seu encanto nesta fatídica terça-feira, dia 1º de outubro. Nosso alto astral foi agredido por bombas de gás lacrimogênio, sprays de pimenta, cassetetes, botas, escudos e capacetes contrários às bermudas e aos biquínis, ao samba e ao chopp, ao calçadão de Madureira e da Avenida Atlântica.

Paulo Freire, o maior educador de nossa história, chora em seu túmulo as lições ensinadas pela polícia dos senhores Cabral e Paes: agredir os professores, intimidar os educadores, estuprar o sonho de ensinar e aprender na escola, demonstrar na prática que a violência sobrepõe-se à razão.

A barbárie promovida na Cinelândia manchou o palco das manifestações pela Anistia, Diretas Já, Constituinte. Sujou as pedras nas quais passaram os pracinhas da FEB, a campanha do Petróleo é Nosso, a Orquestra Sinfônica Brasileira, a seleção campeã do mundo. Maculou a memória do nosso povo, sistematicamente empurrado para a ignorância, o desconhecimento e a falta de informações a fim de perpetuar no poder aqueles que jamais o deveriam ter alcançado.

Um prefeito que admite em público não ter recursos para pagar digna e democraticamente os professores, admite a falência do Estado enquanto provedor do bem-estar público. Se não há recursos para pagar os professores, há recursos para o quê? Se aos professores é negado o direito de lutar e se manifestar por melhores condições de vida e de trabalho, o que é garantido ao cidadão comum? Quais direitos temos diante da sanha tecnocrata que persegue apenas o lucro privado?

Que Casa do Povo é essa, na qual esse mesmo povo não é bem vindo quando quer dizer o que realmente pensa? Que representantes do povo são esses, submissos ao mandatário de plantão e contrários a disseminar o conhecimento?

As nuvens que cercam o Cristo Redentor nesta quarta-feira, dia 2, retêm as lágrimas dos cariocas, atingidos em seu peito pelo efeito imoral de bombas, prisões, agressões e todo tipo de violência empregados contra os únicos capazes de construir condições para superar esse status quo: nossos mestres.

A eles, muitos mais que nosso carinho, nossa solidariedade, pois sua demanda também é nossa, é de todos os brasileiros do bem, a imensa maioria. Sua luta e sua bravura hão de predominar em nossa História.

Afonso Costa
Jornalista

Agência de risco rebaixa OGX, de Eike Batista, para nível de calote

A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou nesta terça-feira (1º) o rating da petroleira OGX (OGXP3), do empresário Eike Batista, de "CCC-" para "D", após o não pagamento de juros sobre bônus no exterior. Em uma escala de 11 categorias, a "D" é a pior.


"Não esperamos que a empresa pague os juros devidos dentro do período de cura de cinco dias úteis estabelecidos em nosso critério, e acreditamos que isso sinaliza um default generalizado e que a empresa reestruturará sua dívida", informou a S&P, em nota.


"Essa expectativa se baseia na geração de fluxo de caixa quase nula da OGX e na sua posição de liquidez apertada. As reservas de caixa da empresa somavam aproximadamente US$ 326 milhões em 30 de junho de 2013", acrescentou a agência de risco.


Pela manhã, a OGX informou que decidiu não pagar cerca de US$ 45 milhões em juros sobre bônus de 1,1 bilhão de dólares no exterior com vencimento em 2022, e que o contrato dos títulos garante à companhia 30 dias para adotar as medidas para que não seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida.

Fonte: uol.com.br

terça-feira, 1 de outubro de 2013

FORTALECER A GREVE PARA ARRANCAR NOVA NEGOCIAÇÃO

 Parece que o governo e os banqueiros não estão se importando muito com a nossa greve, depois da rejeição da proposta apresentada pelos bancos, nenhuma reunião para retomar as negociações foi agendada pela FENABAN. A paralisação, iniciada dia 19/09, completou doze dias repetindo o esquema dos anos anteriores, ou seja, enquanto muitas agências e prédios estão fechados, muitos bancários continuam trabalhando no interior dessas dependências ou em locais alternativos, os chamados “sites de contingência”.
 
Para forçar a reabertura da mesa de negociações seria preciso intensificar a greve, ampliar a adesão, paralisando aqueles serviços que continuam a funcionar gerando lucros para os bancos. Essa condição só pode ser alcançada com a participação da categoria, mas infelizmente, após a decretação da greve por tempo indeterminado a maioria esmagadora dos bancários que aderiram ao movimento optou por fazer a greve em casa. As assembleias organizativas, chamadas pelo Sindicato, contam com umas poucas dezenas de presentes, em sua maioria diretores e delegados sindicais, insuficientes para colocar em marcha um plano de intensificação da greve como é necessário diante da intransigência da FENABAN e do governo Dilma.


Os nossos esforços devem continuar, apesar de tudo, no sentido de fortalecer a greve. Nós, da Unidade Classista, defendemos que qualquer nova proposta dos banqueiros sobre a pauta única deve ser analisada por uma Assembleia Unificada de bancos públicos e privados, assim como foi a que deflagrou a greve. Posteriormente, as Assembleias separadas devem debater as pautas especificas. 


Outro ponto importante é o horário das Assembleias, consideramos um completo absurdo a diretoria do Sindicato convocar para as 18h30, facilitando assim, a presença daqueles que estão boicotando o nosso movimento, furando a greve. Assembleia durante o período da greve é para ser realizada durante o dia, quem deve decidir os rumos do movimento é quem está participando dele. Assim como fazem os professores, metalúrgicos, petroleiros e demais trabalhadores, defendemos que as nossas assembleias sejam convocadas para às 16 horas.


Se queremos arrancar uma nova negociação e garantir nossas reivindicações, está na hora de darmos um passo adiante. Fazemos um chamado aos bancários que estão em greve para comparecer às assembleias e atividades. Aos que ainda não aderiram ao movimento, lembramos que o enfraquecimento da luta coletiva terá consequências negativas para todos. O piso salarial rebaixado, o incremento do assédio, das pressões descabidas, a retiradas de comissões, as reestruturações e despedidas em massa, tudo isso só é possível quando prevalece o individualismo e falta de solidariedade de classe.

UNIDADA CLASSITA – BANCÁRIOS -RJ