PCB-RR

quarta-feira, 27 de março de 2013

Contraf/CUT - CEE/Caixa diz que implantação do login único é uma conquista dos empregados da Caixa

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) afirmam que uma reivindicação histórica dos empregados e empregadas da Caixa Econômica Federal, o login único para acesso aos sistemas corporativos, já é uma realidade na empresa. Fruto da mobilização dos trabalhadores na campanha salarial de 2012, a nova ferramenta de trabalho consta no acordo aditivo 2012/2013. Em abril, segundo a Contraf/CUT - CEE/Caixa, será implantado o login nos edifícios Matriz I e II, na Filial e nas superintendências regionais.
 
A Contraf/CUT - CEE/Caixa esclarece, no entanto, que a implantação do login único para os empregados da Caixa é uma conquista que vai melhorar as condições de trabalho e ajudar a evitar fraudes no ponto eletrônico, uma vez que o trabalhador só pode logar em apenas uma máquina por vez. E observa: “Isso diminui as chances de algum empregado trabalhar no lugar de outro colega. Além disso, o bancário também vai ter resguardadas no sistema as horas extras que fizer".
 
Apesar da conquista, o movimento sindical bancário cobra agilidade da Caixa na implantação do login único também para os empregados das agências e demais unidades. A orientação é para que os trabalhadores acompanhem o processo de implantação cuidadosamente e, se necessário, denunciem às entidades sindicais qualquer problema no novo sistema.
 
Fonte: Fenae Net

Cipriotas iniciam campanha por referendo popular sobre pacote da Troika

Cipriotas irritados com a ingerência da Troika (grupo formado por Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) na política interna do país formularam uma petição online para angariar assinaturas e pressionar os deputados a realizar de um referendo popular. A petição é assinada pelo movimento Wake Up Cyprus (Acorde, Chipre) e tem como base um documento de 16 páginas que condena a “destruição no padrão de vida” da população da ilha mediterrânea.

Até o momento, o
abaixo-assinado, que está online desde segunda-feira (26/03) conseguiu 775 assinaturas. O objetivo é chegar a 3 mil.
"Existe uma lei que versa sobre referendos no país", disse a Opera Mundi o advogado cipriota Michalis Paraskevas. "De acordo com o terceiro artigo [da lei número 206, de 1989], o conselho de ministros pode propor ao Parlamento a elaboração de um referendo em assuntos de extrema importância relacionados ao Chipre. É simples assim".

O acordo de emrpéstimo fechado pelo Eurogrupo na madrugada de segunda-feira (25/03), que prevê um empréstimo de 10 bilhões de euros em troca da reestruturação do sistema financeiro do Chipre, é considerado definitivo e não precisará passar pelo Parlamento do país para aprovação. Depositantes com saldo acima de 100 mil euros serão taxados em até 30%, enquanto os com saldo abaixo da cifra terão seus valores congelados temporariamente.
 
Na terça-feira (26), um dia após o anúncio do pacote, milhares de pessoas saíram às ruas de Nicósia. “Estamos aqui para demostrar que a juventude do Chipre tem voz e quer resistir a todas essas medidas. O futuro é nosso, depende de nós e lutaremos por um futuro melhor”, afirmou Elisabet Xenodoju, de 18 anos, à Agência Efe.

Posicionados atrás de um grande cartaz que dizia “Seus erros, nosso futuro”, os jovens estudantes, principalmente do ensino secundário – de escolas públicas e privadas –, se reuniram após convocatória nas redes sociais. Em seguida, foram acompanhados por centenas de outros cipriotas descontentes com as decisões do governo, como funcionários de bancos. Eles se manifestaram primeiro em frente ao Parlamento e depois seguiram para o palácio presidencial.

O movimento Wake Up Cyprus tem mais de sete mil seguidores. Um dos objetivos, além de coletar as assinaturas, é inundar as caixas de correio de todos os deputados cipriotas e membros do governo. O empréstimo, apesar de já fechado, só deve ser formalizado e aplicado a partir de meados de abril.


Aldeia Maracanã: a culpa também é do PT e do Governo Federal

O Olhar Comunista fecha a semana denunciando a complacência do PT e do Governo Federal com a truculência do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral Filho, acerca da expulsão dos indígenas da Aldeia Maracanã, no Rio de Janeiro.

Com as alianças eleitorais de 2014 ainda em aberto, o Partido dos Trabalhadores e o Palácio do Planalto deixam todo o inevitável desgaste público pela remoção nos colos do governador fluminense - que, em geral usa métodos truculentos e muito pouco democráticos -, como se nada tivessem a ver com isso.
 
Não podem enganar a todos, ao menos este Olhar: é nítida a omissão e complacência da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e da Funai, órgãos do governo petista, com a expulsão dos índios.
 
E "cravamos" o porque desta omissão e complacência: o maior interessado na remoção, Eike Batista - que afirmamos, sem medo de errar, que certamente será o escolhido para administrar o Complexo do Maracanã caso o processo de privatização siga adiante - é queridinho das hostes governistas.
 
Que vergonha, petistas...
 
Fonte: pcb.org.br

O peleguismo engatou a quinta marcha

O Olhar Comunista dessa terça comenta a participação do ultrapelego Sindicato dos Metalúrgicos do ABC no "show" de lançamento do novo veículo da Ford em São Bernardo do Campo.



Antes de centrarmos atenção da presença dos sindicalistas, algumas considerações:
- A apresentação da Ford ocorreu em evento para 50 mil pessoas (demonstração cabal de que o fetichismo da mercadoria continua governando uma enormidade de mentes humanas);
 
- Para o lançamento, foi promovido show da cantora Claudia Leitte (que, não se sabe a título de que, é uma das maiores beneficiadas pela Lei Rouanet para a promoção cultural no país);
 
- Como ridículos papagaios de pirata de um automóvel, e Notas de Rodapé das piores colunas sociais, estavam presentes o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; e o prefeito local, Luiz Marinho, numa síntese perfeita do que podemos chamar de "petucanismo" bajulador do Capital.
 
Mas o pior de tudo foi o discurso de lançamento do automóvel ter saído da boca não do presidente da Ford do Brasil, Steven Armstrong, mas sim do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, no que a imprensa burguesa chamou de "mais um sinal da evolução das relações entre capital e trabalho".
 
Na opinião deste Olhar, a palavra correta para essa aberração pelega é "involução", a 140 por hora, motor prestes a fundir...

Fonte: pcb.org.br

segunda-feira, 25 de março de 2013

91 anos de PCB e de luta dos trabalhadores



Neste 25 de março, o PCB completa seus 91 anos de existência e muita luta pelo socialismo. Afinal, de que valeria um Partido Comunista se não estiver organizando os trabalhadores para o enfrentamento contra o capitalismo e a sua classe dominante, a burguesia? E assim fez o PCB, chamado carinhosamente pela classe trabalhadora de “Partidão”. Do seu nascimento, em 1922, na cidade de Niterói (RJ), o Partidão enfrentou as mais duras batalhas ao longo da história do Brasil no século 20. A primeira delas, de 1922 a 1930, consistia em introduzir no Brasil uma cultura socialista de pensar e agir sobre o mundo. Os escritos de Marx e de Lênin passam a ser estudados, traduzidos e publicizados entre as massas operárias recém estabelecidas no País, a fim de criar as condições subjetivas para que os trabalhadores lutem para quebrar as correntes que lhes aprisionam. Ao mesmo tempo, em Goiás, a chamada revolução de 30 traz, além dos ares da modernização conservadora, o calor do novo operariado carioca e paulista que dialoga entre si com um novo linguajar e se organiza de uma nova maneira: o marxismo enquanto visão de mundo e o leninismo como forma de organização.


Em 1935, já contando em suas fileiras com Luiz Carlos Prestes — o dirigente mais conhecido do Partidão —, o PCB organiza uma ampla frente nacional e luta contra o nazi-fascismo, apresentando ao povo brasileiro a necessidade de luta por um projeto democrático, anti-imperialista e antilatifundiário. A Aliança Nacional Libertadora (ANL) é organizada e logo em seguida posta na clandestinidade. Estoura a insurreição armada de 1935. Tomando os quartéis do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro, a insurreição padeceu pela falta das massas operárias e camponesas no processo. Gregório Bezerra categoricamente afirma: “Em 1935 tínhamos armas e não tínhamos massas...”. O resultado não era outro: a clandestinidade. Contudo, ao contrário de que todos imaginam, o Partidão passa a ganhar mais militantes para as suas fileiras. Em Goiás o partido ganha envergadura, sendo organizado nas cidades de Goianira, Pires do Rio e Anápolis. Toda essa organização em Goiás impulsionada pela luta democrática do País e contra o nazi-fascismo e o latifúndio.


Com o fim da 2ª Guerra Mundial e a participação fundamental da União Soviética para a derrota do fascismo alemão, os Partidos Comunistas em todo o mundo ganham nova envergadura. O Partidão sai da clandestinidade nos anos seguintes e se torna um partido de massa. Mais de 200 mil filiados em todo o território nacional. Nas eleições burguesas, Prestes se torna senador. Muitos militantes entram na Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores. Na Assembleia Legislativa de Goiás, Afrânio de Azevedo e Abraão Isaac Neto são os deputados do PCB. Toda uma rede de imprensa comunista se organiza e chama a atenção dos intelectuais da sociedade. Bernardo Élis se torna comunista por este contato com as publicações do Partidão. Mais uma vez, em 1947, o partido rapidamente é posto na clandestinidade. Essa foi a resposta da burguesia nacional. É nesse período uma das mais importantes lutas camponesas em nosso pais, a Revolta de Trombas e Formos, em Goiás. José Porfírio, militante do Partido Comunista, é a expressão máxima desta revolta pela terra, demonstrando que a inserção dos comunistas não é só no meio sindical e urbano.


De 1947 até o inicio dos anos 60 o partido vive uma luta interna sem precedentes, resultado do impacto do 20º Congresso da PCUS (Partido Comunista da URSS). Muitos dirigentes do Comitê Central do PCB deixam o partido e vão para outras organizações. A cisão mais significativa foi a saída de João Amazonas e Maurício Grabois. Estes, após a saída do Partidão, organizam o conhecido Partido Comunista do Brasil, ou PCdoB, em 1962. Mesmo neste conturbado processo, a orientação do Comitê Central do Partido é a de lutar pela volta do Partido à legalidade. De 1960 a 1964 o Partidão, de volta a legalidade, amplia ainda mais sua inserção no movimento sindical e popular, atraindo os mais importantes intelectuais para suas fileiras. O apoio em momentos conjunturais a Jango, numa aliança de classes com a burguesia nacional, leva de certo modo, ao conhecido Golpe de 64, colocando o PCB na clandestinidade. Em solo goiano, o PCB acompanha o ritmo nacional do partido. Presente nos municípios mais importantes do Estado, o PCB floresce na ainda jovem Goiânia, tendo forte presença na juventude, organizada pela UJC (União da Juventude Comunista), no meio sindical — estando presente no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Anápolis — e dirigindo um importante jornal, “O Estado de Goiás”.


Com o golpe empresarial-militar de 64, a caça aos comunistas estava aberta. Muitas organizações surgem por grupos de ex-militantes do PCB, que são contrários à nova linha política do partido. Naquele momento, o Comitê Central orientava a militância a não reagir de forma armada ao golpe militar, pois a correlação de força e o enfrentamento armado iria dizimar os lutadores populares. Mais uma vez, Gregório Bezerra resume este período: “Em 64, tinha massa e não tinha arma.” Os anos após o golpe deixam claro o acerto do PCB em não travar uma luta armada. A violenta repressão do regime sobre o PCB dizima fisicamente centenas de quadros do Partido. O geógrafo e militante do PCB em Goiás Horieste Gomes foi brutalmente torturado nos porões do Batalhão do Exército em Goiânia. Na clandestinidade, o Partidão se organiza com dificuldade no MDB, para uma ação parlamentar e instituída e em atividades de agitação e propaganda contra o regime.


Em 1979, com o processo de redemocratização, boa parte dos dirigentes do PCB que estavam no exílio começam a voltar ao Brasil. O clima de festejo se espalha em muitas capitais para a recepção dos dirigentes. Em 1982, é convocado o 7º Congresso do PCB, a fim de delinear uma análise da sociedade brasileira e redefinir sua linha política. O que não esperavam era a verdadeira luta ideológica que começava neste momento. Boa parte dos dirigentes nacionais do partido, quando no exílio, entram em contato com o eurocomunismo (que propunha a ocupação de espaços na democracia burguesa, tirando de centro a luta de classes). Um novo racha ocorre no Partidão. Talvez a saída mais dolorosa para o partido: Prestes e um grupo importante de militantes deixam o PCB, discordando da nova linha política, que exclui a luta de classes. O partido deixa de ter inserção no movimento de massa e passa a dar preferência as lutas da institucionalidade burguesa. O 9º Congresso Nacional, em 1991, deixa bastante claro a dualidade dentro do partido. De um lado, aqueles que, de olho na queda do Muro de Berlim, veem como vitoriosa e se deixam cooptar pelo avanço do neoliberalismo, e aqueles que ainda acreditavam no socialismo como única saída a humanidade.


Em 1992, o 10º Congresso Nacional é convocado. A crise explode no interior do Partidão. Convocado de forma extraordinária, a maioria do Comitê Central naquele momento, apresenta a militância a necessidade de acabar com o PCB, deixando de lado seus símbolos (foice e martelo) e toda a sua história de luta. Ainda, apontavam que o socialismo deixa o horizonte dos trabalhadores, tendo a disputa institucional do Parlamento como central. Como resultado, boa parte dos dirigentes e militantes deixam o PCB e fundam o PPS, de Roberto Freire. Em Goiás o partido deixa de existir, tendo seus materiais e sede entregues ao PPS. Aqueles que bravamente decidiram ficar no PCB empreenderam uma importante campanha nacional para a reconstrução do PCB. O Movimento Nacional em Defesa do PCB percorre todo o País, reorganizando o Partido. Em Goiás, teremos o PCB reestruturado no ano de 2000, tendo a frente os então estudantes Paulo Winícius, o “Maskote”, e Fer­nando Viana e os professores Robson de Moraes e Marta Jane.


Em 2009, no Rio de Janeiro, o PCB, em seu 14º Congresso Nacional, consolida o Partidão. Com uma linha política clara, apresenta que a revolução brasileira não será por etapas, como o Partido pensava nas décadas de 50 e 60, ou seja, desenvolve-se o capitalismo e a democracia, para que depois tivéssemos as condições objetivas estabelecidas e chegássemos ao socialismo. A partir de 2009, o PCB afirma: a revolução brasileira será socialista! Com esta leitura, o Partidão de Prestes, Niemeyer, Olga, Portinari, Jorge Amado, Bernardo Élis, José Porfírio, Vladimir Herzog, Horácio Macedo, Ziraldo e tantos outros comunistas volta a se encontrar com os trabalhadores e organizar a luta contra o capitalismo. Em Goiás, os comunistas passam a estar presente no movimento estudantil da UFG e da PUC–GO, no movimento de professores e entre os trabalhadores rodoviários. Aqueles que pensaram que o Partidão tinha morrido se enganaram.


Neste ano de 2013, mais do que celebrar 91 anos do partido mais antigo do Brasil, comemoram-se 91 anos de marxismo no Brasil. Comemoramos 91 anos de lutas fundamentais dos trabalhadores que conquistaram a redução da jornada de trabalho nos anos 40, que mantiveram a Petrobrás como patrimônio do povo brasileiro, que permitiu às mulheres participarem da vida política nacional, que frearam as diversas tentativas de venda da nossa educação, que permitiu a liberdade de crença e religião, enfim, inúmeras conquistas ao longo destes 91 anos de PCB.

   

João Victor Nunes Leite é historiador formado pela UFG, fiscal de transporte coletivo e membro do Comitê Regional do PCB em Goiás.

Demissão em massa: todas as agências do HSBC são paralisadas em Santos



Os bancários e a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região paralisaram por 24h, nesta sexta-feira, 22/03, todas as unidades do HSBC de Santos, são elas: Centro (João Pessoa, 12), Gonzaga (Ana Costa, 449) Pedro Lessa (Pedro Lessa, 1483) e a agência Porto (Afonso Pena, 655) por demissões em massa justificadas apenas por falta de competência administrativa do HSBC.

A diretoria do banco inglês, demitiu cerca de 200 gerentes, dia 18/03/2013, de suas unidades do Estado de São Paulo. Eles foram induzidos por seus superintendentes a aumentar suas metas aumentando limites de contas correntes ( C/C) . Em Santos, duas gerentes foram demitidas por realizarem a tática do seu superintendente, que enviou um e-mail com o seguinte teor: “Pessoal, lá em SV já tivemos 01 Premier, 01 advance e 04 SClass. Deem uma olhada, pois o score mudou. Mãos a Obra”.

“Seguindo o e-mail: vários gerentes começaram a colocar contas correntes no sistema do banco para criar novos limites de cheque especial. É bom ressaltar que somente o sistema, segundo o “score” determinado pela diretoria do HSBC, conforme seus próprios critérios, aprova o limite ou não. Por um erro do sistema várias contas foram aprovadas, porém no dia seguinte todos os limites foram cancelados. Portanto o banco não teve prejuízo e nem houve fraude”, afirma Regina Ornelas, diretora do Sindicato e funcionária do banco.

Contudo, as gerentes que mais implantaram C/C no sistema foram surpreendidas com a demissão. Agindo desse modo o HSBC torna o ambiente de trabalho inseguro, de desconfiança e sem rumo.

Os funcionários estão apavorados com as demissões injustificadas e covardes. Por isso, paralisamos estas quatro agências do HSBC, por enquanto”, adverte Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. 

Senado dos EUA acusa HSBC de lavar dinheiro de traficantes mexicanos e do Irã
Relatório revela que cartéis mexicanos utilizaram as filiais do banco para realizar operações de lavagem de dinheiro procedente da droga no sistema americano
O Senado americano manifestou nesta terça-feira sua "grande preocupação" com o banco HSBC, acusado de ter lavado dinheiro de traficantes de drogas do México e de fundos provenientes de países como o Irã, com o qual os Estados Unidos não têm relações. A subcomissão de investigações permanentes do Senado se reuniu hoje para analisar os resultados do relatório que revela que os cartéis mexicanos utilizaram as filiais do banco para realizar operações de lavagem de dinheiro procedente da droga no sistema americano.

É bom salientar que o banco inglês foi multado em US$ 1,9 bilhão nos EUA por lavagem de dinheiro e esta sendo investigado na Argentina pelo mesmo crime. O HSBC demitiu 946 bancários, em 2012, no Brasil.

Financial Times alerta para corte de mais de 5 mil
Segundo o jornal britânico Financial Times, o HSBC, maior banco europeu, prepara-se para cortar milhares de vagas em sua operação global. Stuart Gulliver, executivo chefe do banco, anunciou no início de março de 2013, que irá aumentar em US$ 1 bilhão a economia de gastos este ano. Pessoas próximas ao banco dizem que poderão ser cortados mais de 5 mil bancários.




Fonte:
 Imprensa SEEB Santos e Região com informações EFE

STF julga repercussão geral sobre dispensa imotivada em empresa pública


O Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou ontem (20) o recurso extraordinário (RE) 589998 e decidiu que é obrigatória a motivação para a dispensa de empregados de empresas estatais e sociedades de economia mista, tanto da União quanto dos estados, municípios e do Distrito Federal. Como a matéria constitucional teve repercussão geral reconhecida, o entendimento se aplica a todos os demais casos semelhantes – entre eles os mais de 900 recursos extraordinários que foram sobrestados no Tribunal Superior do Trabalho até a decisão do RE 589998. 
A decisão ressalta, porém, que não se aplica a esses empregados a estabilidade prevista no artigo 41 da Constituição da República, garantida apenas aos servidores estatutários. 


 O caso julgado diz respeito a recurso extraordinário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) contra decisão do TST que considerou inválida a demissão de um empregado, por ausência de motivação. O entendimento do TST, contido na Orientação Jurisprudencial nº 247, da Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), é o de que a ECT, por gozar do mesmo tratamento destinado à Fazenda Pública em relação a imunidade tributária, execução por precatório, prerrogativa de foro, prazos e custas processuais, se obriga também a motivar as dispensas de seus empregados. 


 A reclamação trabalhista que terminou como leading case da matéria no STF foi ajuizada por um empregado admitido pela ECT em 1972 e demitido em 2001, três anos depois de se aposentar. Ele obteve a reintegração, determinada pela Justiça do Trabalho da 22ª Região (PI) e mantida sucessivamente pela Segunda Turma e pela SDI-1 do TST. 


No julgamento do recurso extraordinário, a maioria dos ministros do STF seguiu o voto do relator, ministro Ricardo Lewandowski. O resultado final foi no sentido de dar provimento parcial ao apelo para deixar explícito que a necessidade de motivação não implica o reconhecimento do direito à estabilidade. O Plenário afastou também a necessidade de instauração de processo administrativo disciplinar para fins de motivação da dispensa. 


(Carmem Feijó, com informações do STF) Processo: RR-160000-03.2001.5.22.0001 – Fase atual: RE-E

segunda-feira, 18 de março de 2013

As multas são cortina de fumaça. Governo dá "desoneração" de R$ 6 bilhões para as teles


Entre 2005 e 2012, a receita líquida (após pagamento de impostos) do oligopólio de telecomunicações (Oi, Claro, TIM, Vivo, Embratel, etc) no Brasil somou R$ 911,43 bilhões, quase um trilhão de reais.
Mesmo tendo ganho tal soma, e com a prestação de péssimos serviços (desnecessário comentar sobre o atendimento à população nos call centers...), o governo petista, através do ministro Paulo Bernardo, achou que o setor ganha pouco e resolver dar um novo "mimo" de presente a este setor da burguesia: desonerou em R$ 6 bilhões os impostos do setor.
Cabe ressaltar que desde 1998 as teles receberam do BNDES, em financiamentos de longuíssimo prazo e com juros subsidiados, R$ 38 bilhões! Toda essa soma, repetimos, para oferecer um serviço de péssima qualidade.
No Palácio do Planalto, deve ter virado regra: atenda mal a população, que lhe daremos prêmios...
Fonte:pcb.org.br

quarta-feira, 13 de março de 2013

A turma da CSI no Brasil

 

Ao ler a matéria "CUT e mais duas centrais sindicais brasileiras assinam carta de apoio aos operários da Nissan nos EUA" (veja abaixo), não pudemos deixar de lembrar os históricos laços que une parte do sindicalismo brasileiro ao sindicalismo americano e europeu, que hoje se organizam mundialmente na Confederação Sindical Internacional (CSI).

 
A CSI, fundada em novembro de 2006 em um congresso na Áustria, é fruto da fusão de duas antigas centrais mundiais: a Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres (Ciosl), que já representava o casamento da social-democracia européia com o tradeunionismo dos EUA; e a democrata-cristã Confederação Mundial do Trabalho (CMT). No programa aprovado no congresso ela reafirma a velha intenção de “humanizar” a globalização, de priorizar a atuação nas instâncias multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Organização Mundial do Comércio, e de reforçar a negociação tripartite entre o capital, governos e trabalhadores
 
A Ciosl, criada em 1949, nasceu no bojo da “guerra fria” para domesticar a luta de classes. O seu estatuto pregava “o combate ao comunismo”. Após dividir a Federação Sindical Mundial, central unitária fundada em 1945, a Ciosl cumpriu um papel histórico desprezível. Entre outros crimes, apoiou o cerco capitalista ao bloco soviético e a Cuba, foi cúmplice de guerras imperialistas na Coréia e no Vietnã, estimulou e financiou os golpes no Brasil, Chile, Argentina. Já a CMT, originária da Confederação dos Sindicatos Cristãos (CISC), criada em 1920 com apoio do Vaticano e dos partidos democratas-cristãos, sempre teve menor expressão no sindicalismo e nunca aceitou discutir qualquer unidade orgânica.
O Conselho Geral da CSI, o seu principal órgão de deliberação, formado por 70 titulares e 140 membros rotativos de todos os continentes. Do Brasil, as três centrais nacionais CUT, Força Sindical e UGT, tem assento no conselho.
 
CUT e mais duas centrais sindicais brasileiras assinam carta de apoio aos operários da Nissan nos EUA
cut.org
A CUT e mais duas centrais sindicais brasileiras assinam, nesta terça-feira (12), em São Paulo, carta de apoio aos trabalhadores da fábrica da Nissan nos EUA.
No documento, os sindicalistas exigem que a montadora respeite os acordos internacionais que garantem liberdade de organização sindical - a direção da empresa impede a organização dos trabalhadores e ameaça quem for sindicalizado. Segundo os dirigentes, os salários na Nissan norte-americana são muito baixos, metade dos trabalhadores tem contrato temporário e o sindicato é proibido de representar a categoria.
 
 
COLETIVA A IMPRENSA
A cerimônia de assinatura da carta de apoio aos operários da Nissan nos EUA será realizada nesta terça, às 11h00, durante coletiva a imprensa que será dada na sede da UGT, Rua Aguiar de Barros, 144, Bela Vista, Centro.
Participam da coletiva o presidente da CUT Vagner Freitas, representantes do UAW (United Auto Workers), sindicato que representa os metalúrgicos dos EUA Rafael Messias Guerra e Ginny Toughalin, o presidente da UGT Ricardo Patah, o vice-presidente da Força Sindical Miguel Torres e o secretário-geral da CNM-CUT, João Cayres.

HISTÓRICO
Em janeiro deste ano, o presidente da CUT e o secretário-geral da CNM-CUT participaram do lançamento da campanha “Mississippi Alliance for Fariness at Nissan (MAFFAN)”, que denuncia a violação dos direitos humanos dos metalúrgicos da unidade da fábrica japonesa Nissan, instalada na cidade de Canton, no Mississippi-EUA. Na ocasião, Vagner defendeu que a campanha também fosse divulgada no Brasil para que a sociedade seja informada sobre os métodos utilizados pela montadora para impedir que os trabalhadores lutem pelos seus direitos “Atingir a imagem da empresa pode ser uma maneira eficaz de lutar contra a exploração dos metalúrgicos”, disse o dirigente na época.
Para impedir os trabalhadores de se organizar por meio de um sindicato, a Nissan ameaça com demissão de quem votar pela criação da entidade e até com o fechamento da fábrica. Isso sem falar das reuniões e encontros com grupos de trabalhadores cujo objetivo é apenas espalhar o medo.
Vários fatores contribuem para ampliar o clima de terror na montadora, entre eles: os trabalhadores não têm representação sindical, não têm acordo de negociação coletiva; os salários são baixos, as condições de trabalho ruins; metade do quadro de pessoal é temporário - o trabalhador não sabe quanto tempo ficará empregado, o que alimenta ainda mais a insegurança econômica na família e na região.
Para Bob King, presidente da UAW, somente com a representação sindical em todo o setor nos EUA e com o fortalecimento de redes de contatos internacionais com sindicatos de metalúrgicos de todo o mundo, os trabalhadores terão voz ativa para conquistar um padrão de vida aceitável.
E a luta pela criação de um sindicato na sede da Nissan é de todos os trabalhadores norte-americanos e do mundo.
“É uma luta em defesa da cidadania”, concluiu o presidente da CUT, Vagner Freitas.
 
UC  Nacional

terça-feira, 12 de março de 2013

Barbosa: bancos são ‘lenientes’ com lavagem de dinheiro.

Presidente do Supremo Tribunal Federal afirmou que instituições financeiras não exercem controle sobre abertura de contas e transferências de valores porque não visualizam a possibilidade de serem ‘drasticamente punidas’; Barbosa é o relator do processo julgado pelo STF no segundo semestre de 2012 que resultou na condenação de ex-dirigentes do Banco Rural por envolvimento no chamado mensalão
 
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, afirmou nesta segunda-feira, 11, que os bancos são lenientes no controle de operações financeiras, o que dificulta o combate à lavagem de dinheiro.
 
"Enquanto instituições financeiras não visualizarem a possibilidade de serem drasticamente punidas por servirem de meio para ocultação de origem ilícita de valores sob sua responsabilidade, existirá a busca do lucro, visto como combustível sobre o controle leniente que os bancos fazem da abertura de contas e transferências de valores", disse o presidente do STF, ao discursar ontem na abertura de um seminário em Brasília sobre lavagem de dinheiro.
 
Barbosa é o relator do processo julgado pelo STF no segundo semestre de 2012 que resultou na condenação de 25 pessoas acusadas de envolvimento com o mensalão, 21 delas por lavagem de dinheiro. Entre os condenados estão ex-dirigentes do Banco Rural.
A legislação de lavagem de dinheiro foi alterada em 2012 na tentativa de tornar mais eficiente o combate ao crime. Qualquer movimentação para ocultar recursos passou a ser caracterizada como infração penal, com 3 a 10 anos de prisão. Antes, era preciso associar lavagem a outro crime.
 
Joaquim Barbosa também questionou a atuação de tribunais na aplicação da lei: "O número de inquéritos arquivados, quando comparado ao número de denúncias aceitas, indica que é necessária apuração para saber se as discrepâncias estão na deficiência da investigação ou no trabalho do Ministério Público", afirmou Barbosa.
 
Dados divulgados pelo CNJ sobre o combate à lavagem de dinheiro mostram que no ano passado foram recebidas menos denúncias do que em 2011. Os arquivamentos de 2012 superaram os do ano anterior. Na Justiça Federal, por exemplo, foram arquivados 407 inquéritos em 2012, ante 232 em 2011. Os tribunais julgaram 61 processos no ano passado. Em 2011, foram 183.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Eike Batista negocia com fundo de pensão da Caixa, diz Veja

Depois de fechar acordo com André Esteves, do BTG Pactual, Eike Batista estaria negociando um aporte de capital com o Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa
Oscar Cabral/Veja
 
Depois de ver sua fortuna despencar, Eike Batista busca a recuperação
São Paulo – Eike Batista está negociando um aporte de capital com o Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, noticia a revista Veja desta semana. O dinheiro seria destinada à empresa imobiliária do grupo EBX, a REX, e usado para bancar as obras do hotel Glória, no Rio de Janeiro
Eike foi notícia, nesta semana, por ter fechado um acordo com André Esteves, do grupo BTG Pactual. O acordo prevê a formação de um comitê de gestão estratégica e financeira para suas empresas de capital aberto.
 
A EBX disse que o acordo inclui investimentos futuros em projetos. Segundo relatos, o BTG abriu uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para a EBX como parte do acordo. Um dos objetivos é restaurar a credibilidade das empresas de Eike, que sofreram forte desvalorização nos últimos meses.
 
A queda fez o patrimônio de Eike encolher de 30 para 10,6 bilhões de dólares em um ano. Como resultado, ele caiu da sétima para a centésima posição no ranking dos bilionários da revista Forbes. Foi quem mais perdeu dinheiro entre os bilionários listados.
 
Ao menos num primeiro momento, o acordo com André Esteves surtiu efeito. As ações das empresas do grupo EBX que têm capital aberto subiram após a divulgação da notícia.

sábado, 2 de março de 2013

Projetos de Eike dependem cada vez mais do BNDES

As empresas do amigo do ex-presidente Lula vão indo ladeira abaixo, mas não estão indo sozinhos. Junto ele leva o seu, o meu, o nosso dinheiro, através do BNDES.
Já Eike, pessoa física, certamente saberá se livrar da queda, até para pagar essa facilidade em se financiar pelo BNDES. Por enquanto ele desmente, mas veremos até quando. Veja a matéria do Valor Econômico:

 
Projetos de Eike dependem cada vez mais do BNDES - Valor Econômico
Desde a crise de 2008, captar recursos tornou-se uma operação mais difícil para o bilionário Eike Batista e seu rol de empresas X. O BNDES ganha cada vez mais importância no financiamento dos projetos. De 2006, quando sua primeira empresa foi listada na bolsa brasileira, a mineradora MMX, até o lançamento de ações do estaleiro OSX, em 2010, o empresário levantou R$ 13,6 bilhões em IPOs, conforme dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De 2005 até agora, o empresário obteve R$ 10 bilhões do BNDES, com os maiores empréstimos ocorrendo a partir de 2009.A dependência de recursos oficiais pode aumentar. No momento, a MMX aguarda aprovação de financiamento de R$ 3 bilhões do BNDES para a expansão da mina de Serra Azul (MG). A operação está em análise no banco, última etapa antes da aprovação. A OSX, empresa de construção naval, também entrou com pedido para construção de plataforma de petróleo.
 
Há um mês, quando Eike Batista manifestou o desejo de fechar o capital da CCX Carvão da Colômbia com pagamento por meio de ações de empresas do grupo EBX, em vez de dinheiro, a intenção foi vista pelo mercado como sinal de que ele enfrenta dificuldades para obter crédito.
 
As cinco empresas de capital aberto da holding EBX (MMX, OGX, MPX, LLX e OSX) tinham dívida líquida consolidada de R$ 15,8 bilhões, pelos balanços do terceiro e do quarto trimestres de 2012, segundo o Valor Data. A posição do caixa no fim de 2012 era de R$ 8,3 bilhões. O valor de todas essas ações está abaixo de quando estrearam em bolsa. Uma preocupação no mercado é que o empresário teria contraído empréstimos como pessoa física nos bancos privados e dado ações de suas empresas em garantia. Diante das quedas de sua blue chip – só em 2012 a OGX desvalorizou 67,84% -, ele teria renegociado as garantias, mas estaria difícil conseguir novas linhas.
 
Procurado, Eike Batista não se manifestou. Por e-mail, o grupo EBX informou estar “capitalizado, com recursos suficientes para garantir a execução dos projetos desenvolvidos” e com “funding substancialmente equacionado para os próximos anos”. Fonte do BNDES diz que o empresário tem ativos para vender e pagar seus empréstimos, o que já começou a fazer.