PCB-RR

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Caixa não responde às principais questões

Reunida com a direção da Caixa, nesta segunda-feira (30/07), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) denunciou a postura de alguns superintendentes regionais, que estão submetendo os empregados ao “ranqueamento” individual. A prática é proibida pela Convenção Coletiva de Trabalho (CLT), porém o banco insiste em descumpri-la, exercendo um verdadeiro assédio moral sobre os bancários, expondo-os a situações vexatórias.


A direção da instituição financeira alega que não é uma orientação da empresa, porém os representantes dos trabalhadores apresentaram provas de que isso acontece constantemente nas agências. A CEE, por exemplo, insiste que é necessária uma melhoria urgente nestas unidades.


A Executiva denunciou ainda as operações realizadas unilateralmente no Saúde Caixa, como a mudança na regra para custeio do plano quando envolve um casal de funcionário, bem como o estabelecimento de carência de 10 anos para que o Saúde Caixa possa ser utilizado após a aposentadoria. Tais mudanças não passaram por negociação com os trabalhadores. O assunto será tema da próxima reunião, prevista para o dia 9 de agosto.


Sobre as novas contratações, a Comissão Executiva cobrou agilidade para que a Caixa alcance a meta de ter 92 mil empregados até dezembro próximo. A empresa promete cumprir a previsão, intensificando as contratações até o final do ano. Os bancários esperam que não fique só na promessa. No dia 17 tem nova rodada de negociação.

Fonte: Seeb/BA

domingo, 29 de julho de 2012

Diferença na tarifa cobrada por banco vai a 107%

Clientes podem reduzir a despesa avaliando qual é a melhor cesta de serviços para as suas necessidadesJuca Guimarães juca.guimaraes@diariosp.com.br

A livre concorrência deveria estimular a competição de preços menores entre as empresas para conquistar os consumidores, mas na prática não é isso o que acontece no setor bancário. Pelo mesmo tipo de serviço, o valor da tarifa varia até 107% de um banco para outro. A abertura de um cadastro que custa R$ 59 no HSBC sai por R$ 28,50 no Santander.


O governo estuda a redução das tarifas nos bancos públicos para forçar uma queda também nas instituições privadas. A ideia é repetir a estratégia adotada no início do mês com o corte nas taxas de juros.


Na Caixa e no Banco do Brasil, a tarifa de abertura de cadastro custa, atualmente, R$ 30.
“Os bancos cobram tarifas altas porque os clientes, muitas vezes, não sabem o custo do serviço ou quanto é que concorrência cobra. Quanto mais informação ele tiver, mais fácil fica a escolha do banco”, disse Maria Inês Dolci, administradora institucional da Associação Proteste. “É possível economizar até R$ 1 mil por ano com uma cesta de produtos adequada. O primeiro passo é descobrir qual a sua real necessidade de serviços bancários e negociar com o banco a cesta adequada. Daí, é só evitar os gastos extras com serviços fora dela”, disse.


grátis /Desde 2007, por determinação do Banco Central, as instituições financeiras devem fornecer um número mínimo de serviços por mês a custo zero para os clientes. Entre os serviços gratuitos estão: fornecimento de cartão de débito (1ª via), quatro saques por mês, utilização do caixa eletrônico e duas transferências entre contas do mesmo banco.Em compensação, o valor das demais tarifas é determinado livremente pelos bancos.


Para forçar a queda das tarifas, o Banco do Brasil deve anunciar nas próximas semanas a redução da taxa de administração nas aplicações de fundo de renda fixa, que hoje varia de 0,5% a 3% ao ano.
A Caixa ainda avalia quais são os produtos que podem ter a tarifa reduzida.

“Que se jodam!”


Não tem pão? Comam brioches!
A primeira frase é da deputada Andrea Fará, do PP, partido continuista do nefasto franquismo, quando da votação no congresso espanhol do pacote que cortou 65 bilhões de euros em gastos governamentais. A segunda frase é mais famosa, da rainha Maria Antonieta, na França pré-revolucionária no século XVIII, que acabou decapitada. As duas expressam o desdém da elite para com os povos de ontem e de hoje.


A troika composta pelo Banco Central Europeu, FMI e União Européia através do Eurogrupo – reunião de 17 ministros da Fazenda da zona do Euro - impôs um pacote a Espanha com corte de 65 bilhões de euros em gastos governamentais. Tudo isso para receber um empréstimo de 35 bilhões de euros, a grande maioria destinada a salvar os bancos. Grande negócio!


Por isso o povo espanhol tem ido às ruas em manifestações cada vez maiores, reunindo centenas de milhares de pessoas. Uma cena curiosa nesses atos foi um cartaz com a frase “Que se jodam, pero mira cómo roban” em clara alusão a frase da deputada. Sorte dela que na Espanha não tem guilhotina.



Outra expressão utilizada e que sintetiza o sentimento de revolta do povo espanhol é bem clara: “Menos para os políticos e os banqueiros, mais para os povos”. Uma referência ao fato do governo conservador de Mariano Rajoy, um espécie de FHC de lá, ter entregue os rumos da economia a Bruxelas – o comando da zona do euro – e do fato de existirem 400 mil políticos no país, todos muito bem com a vida, obrigado.



A contrapartida a esse “empréstimo” são perdas salariais aos funcionários públicos, a elevação de impostos, a restrição e diminuição do auxílio-desemprego, o aumento do desemprego, que já ultrapassa 25% da População Economicamente Ativa (PEA) e atinge sobretudo os jovens, dos quais cerca de 50% estão sem trabalho.



A Espanha é a quarta maior economia da União Européia e por isso somente este ano mais de 200 bilhões de euros saíram do país. O capital viu a crise chegar, crescer e fugiu para praças com maior rentabilidade e segurança.



A crise econômica hoje atinge duramente Grécia, Espanha, Portugal, França e Itália. Iniciada nos Estados Unidos em 2008 com o colapso do sistema imobiliário, a débâcle rapidamente sumiu das grandes empresas, principalmente nos EUA: os lucros das suas corporações é o maior desde a década de 50, se comparado com o Produto Interno Bruto. Tudo isso graças às medidas preconizadas pelos banqueiros, os grandes responsáveis por tudo que está acontecendo. Que o digam os dirigentes do Goldman Sachs, banco estadunidense que conseguiu plantar vários dos seus homens de confiança em postos chaves em governos europeus. Não por coincidência a grande maioria em crise. E ainda há uma pseudo jornalista econômica que utilizava e utiliza as análises desse banco para seus comentários. Ignorância ou maldade?


A dívida dos países ricos alcançou no ano passado US$ 42 trilhões, correspondentes a 61% do Produto Interno Bruto global em valores de 2011. Em 2007, antes da crise, a dívida dos países ricos era de US$ 26 trilhões e correspondia a 47% do PIB global. Acredita-se, entretanto, que o capital especulativo em todo o mundo gire em torno de algumas centenas de trilhões de dólares – há quem fale em até 600 trilhões. É muita especulação para pouca produção, mais hora menos hora a falta de lastro iria se fazer sentir, como o está fazendo desde 2008.



Chegaram os ventos europeus

Aqui as coisas também não andam boas. As exportações caíram, o número de trabalhadores com carteira assinada teve um decréscimo de 25% no primeiro semestre, a indústria tem seu pior desempenho em muitos anos, as grandes empresas estão com dificuldades para pagar suas dívidas junto aos bancos, a arrecadação do governo federal caiu em junho como há muito não se via, a previsão de crescimento do PIB para este ano reduziu para 2%, e pode diminuir ainda mais.



O governo tem adotado medidas para enfrentar a situação, mas elas não têm surtido o efeito desejado. Os juros estão em 8% - a menor taxa de muitos anos – foram feitas várias isenções fiscais para a indústria a título de incentivo para a produção e o consumo, recentemente foi encaminhado um pacote que libera R$ 20 bilhões para a iniciativa privada, o dólar está em um patamar elevado para estimular as exportações, entre outras ações. Todas elas infrutíferas.


O que segura e prende nosso crescimento e uma maior distribuição de renda tem a mesma origem da crise europeia: o alto pagamento feito aos rentistas. Este ano 47% do Orçamento da União é para pagamento e amortização das dívidas externa e interna. É mais de um trilhão de reais, que deveriam estar sendo investidos no desenvolvimento, mas estão apenas engordando as já obesas contas dos banqueiros.


Nas páginas deste MM previ, em 2004, a crise econômica que atinge grande parte do centro da economia capitalista. Agora, infelizmente, sou obrigado a reafirmar que não há luz no fim do túnel. Se não houver um redirecionamento dessa política, e nada indica que haverá, o Brasil pode entrar em uma séria crise de proporções inimagináveis, ao nível da presente na Europa. Será que vamos ter que ver para crer?



Afonso Costa é Jornalista e escreve para o Monitor Mercantil
8353-3713











quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dieese aponta abismo imenso entre salários e lucratividade dos bancos

Afonso Costa

Remuneração média dos trabalhadores subiu 3,6% desde 2004 face a 230,43% na lucratividade das instituições financeiras
A mobilização nacional e unificada dos bancários garantiu 13,93% de aumento real nos salários nos últimos oito anos. A média salarial da categoria, no entanto, não reflete essa realidade: cresceu apenas 3,6% nesse período, principalmente em função da rotatividade no sistema financeiro, utilizada pelas empresas para reduzir a folha de pagamentos. Os bancos trocam profissionais com salários mais altos por novos empregados com remuneração mais baixa.
Em 2004, o bancário recebia, em média, R$ 4.279. O valor subiu para R$ 4.435 em 2011 – crescimento de 3,6%. No mesmo período, a lucratividade dos maiores bancos saltou de R$ 23,32 bilhões para R$ 53,42 bilhões – aumento de 230,43%.
A demonstração do aprisionamento do ganho dos bancários face à exorbitância do faturamento dos banqueiros foi feita pela economista do Dieese Catia Uehara, na tarde desta sexta-feira, em painel de debates da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, evento que prossegue até domingo 22, em Curitiba (PR).
Conforme ressaltou Catia Uehara, a remuneração certamente será o “fio condutor” das campanhas salariais de diversas categorias no segundo semestre deste ano, especialmente na campanha nacional dos bancários.
A economista destacou o fato de a renda média dos bancários não conseguir acompanhar sequer o crescimento da massa salarial e da geração de empregos no setor. O número de postos de trabalho saltou de 393.140 mil em 2001, para 506.699 em 2011, o que representa aumento de 28% de novos postos. No entanto, a questão da rotatividade é o grande vilão para a categoria. “A diferença do salário pago entre o admitido e o desligado é, em média, 38% inferior. Esse tem sido o mecanismo usado pelos banqueiros para atenuar o impacto das negociações coletivas”, ressaltou Catia.
Catia destacou os avanços na regra da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com dados demonstrativos do crescimento do peso da remuneração variável na renda do bancário. A representatividade da remuneração variável na remuneração total do bancário subiu de 5,4% em 1995, para 14,5% em 2011. No mesmo período, a remuneração de renda fixa passou de 67,7% para 62% da renda total. Quanto à renda fixa indireta os percentuais passaram de 26,9% para 23%.

Afonso Costa é Jornalista e membro do CE/RJ PCB
8353-3713








quarta-feira, 25 de julho de 2012

Bancários aprovam reivindicações para a Campanha Salarial 2012

A 14ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada de 20 a 22 de julho, em Curitiba (PR), aprovou a minuta de reivindicações da Campanha Salarial 2012, que inclui um índice de reajuste salarial de 10,25% (inflação mais 5%). A pauta será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 1º de agosto e a primeira rodada de negociação acontece nos dias 7 e 8 do próximo mês.


Na plenária final da Conferência, quatro propostas de índices de reajuste foram apresentadas. A Intersindical, a Articulação de Esquerda, o grupo Bancários Podem Mais e a Conlutas defenderam um reajuste de 22%, equivalente à inflação do último ano, perdas acumuladas nas negociações anteriores com a Fenaban e 10% por conta da rentabilidade dos bancos. O percentual de 15% (10% de aumento além da inflação) foi defendido pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a corrente CUT Socialista e Democrática (CSD). Já a corrente Fórum do Interior defendeu um reajuste de 12% (7% de aumento além da inflação). Na votação, prevaleceu o índice proposto pela Articulação Bancária e a Unidade Sindical, de 10, 25%.


“O índice ficou aquém do merecido pelos bancários e não reflete a lucratividade dos bancos. Os trabalhadores acumulam perdas inflacionárias, especialmente os dos bancos públicos, e enfrentam no dia a dia a cobrança de metas por parte dos bancos. Por isso defendemos um percentual maior e a reposição de perdas específicas nas instituições públicas”, afirmou o coordenador geral do Sindicato dos Bancários/ES, Carlos Pereira de Araújo (Carlão), que representará os capixabas e a Intersindical no Comando Nacional dos Bancários.


Na sua avaliação, caberá aos sindicatos promoverem uma Campanha Salarial forte, com mobilização em massa dos bancários, para que a categoria conquiste esse mínimo aprovado na Conferência e outras reivindicações que visam valorizar o trabalho nos bancos. Entre essas está o piso de ingresso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416).


PLR

No debate da PLR, a Intersindical defendeu a reivindicação de distribuição linear de 25% do lucro líquido de cada banco, mas a proposta aprovada segue o modelo dos anos anteriores: três salários mais R$ 4.961,25 fixos.


Os bancários também reafirmaram a luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas e querem mais contratações, o fim da rotatividade, o fim das metas abusivas e o combate ao assédio moral.


Polêmicas

O debate sobre as metas foi outro ponto polêmico na plenária final. A formulação apresentada pela Intersindical e outras correntes cobrava o fim das metas nos bancos. Já a corrente majoritária (Articulação Sindical) aceita discutir as metas, propondo apenas que elas não sejam abusivas. “O papel do movimento sindical é defender um ambiente de trabalho saudável onde não haja a imposição da concorrência entre os trabalhadores. Não pode haver cobrança de metas, que traz consigo o assédio moral; não podemos naturalizar a pressão sobre os bancários”, defendeu Edson Carneiro, bancário da Intersindical (SP), mais conhecido como Índio.


Na sua avaliação, assim como as metas, os bancários não deveriam negociar com os banqueiros a remuneração variável. “A centralidade do debate é a defesa do aumento da renda fixa, da valorização salarial. Não podemos cair na armadilha de legitimar a remuneração variável”, afirmou Índio. Ele lembrou, por exemplo, da pressão que existe no Itaú para cumprimento das metas do Programa Agir. “A remuneração variável é um mecanismo nefasto de pressão sobre os trabalhadores”, afirmou. A negociação da remuneração total foi aprovada pela maioria presente à Conferência.


Perdas salariais

A Conferência aprovou como formulação a ser apresentada aos bancos a reivindicação de recomposição do poder de compra dos salários. Apesar de não estarem explicitadas na minuta, as perdas na Caixa Econômica Federal desde setembro de 1994, quando da implantação do Plano Real, até setembro do ano passado chegam a 61,42%. No Banco do Brasil, as perdas são de 52,06% e nos bancos privados de 5,95%. “Essas perdas não podem sumir por mágica, por isso defendemos a reivindicação histórica de reposição”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Ricardo Luiz Lima Saraiva, mais conhecido como Big, da Intersindical.


Assédio Moral

No debate sobre assédio moral foi consenso que esse é um dos principais males que atingem a categoria bancária. A divergência, no entanto, ficou por conta da renovação do acordo sobre assédio, proposta aprovada na plenária.


A Intersindical e outros grupos avaliam que o acordo não é a saída para o combate ao assédio organizacional nos bancos. “Esse acordo não dá conta da complexidade que envolve o assédio moral. Nem o termo assédio os bancos aceitaram; o acordo fala em resolução de conflitos no local de trabalho. Então, desde o nome, se reduz a gravidade dos fatos que vêm ocorrendo nos bancos”, afirmou Karen Simone D'Avilla, diretora de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato de Porto Alegre(RS), integrante do grupo Bancários Podem Mais.


Ela lembra que os bancos têm na sua gestão a violência institucionalizada, que se traduz todo dia através do assédio moral. “Não é o banco, portanto, que vai cuidar do bancário vítima do assédio, mas sim os sindicatos, que devem acolher e dar orientações jurídicas”, afirmou. Segundo Karen, muitos bancários estão tendo derrotas em processos na Justiça do Trabalho porque os bancos sinalizam, utilizando o acordo, que estão abertos ao diálogo.
 

Estatização do sistema financeiro

Os bancários aprovaram a construção de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, na qual a sociedade possa discutir e definir qual o papel que os bancos devem desempenhar no país. Entre os temas a serem debatidos nesse evento está a estatização dos bancos.


A bandeira da estatização imediata, começando pela aquisição das ações dos bancos públicos que hoje estão nas mãos do setor privado, como acontece, por exemplo, no Banco do Brasil, foi defendida pela Intersindical, mas não foi aprovada na plenária final.


Em defesa da estatização total, os bancários ressaltaram os prejuízos da abertura de capital dos bancos estatais que se tornam, cada vez mais, instituições de mercado em detrimento do seu papel de banco público.


Mesa única

A estratégia de negociação em mesa única entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários, com mesas específicas concomitantes nos bancos públicos, foi referendada na Conferência. “É importante a unificação das lutas para juntos buscarmos saída coletiva para os problemas da nossa categoria. Temos que construir a unidade em nível nacional e fortalecer nossa mobilização numa negociação pra valer das nossas reivindicações”, afirmou Idelmar Casagrande, diretor do Sindicato dos Bancários/ES e membro da Intersindical.


Resumo das reivindicações

* Reajuste salarial de 10,25% (inflação projetada de 4,97% + 5%).

* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

* Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

* Auxílio-refeição e vale-alimentação: cada benefício com valor do salário mínimo nacional (R$ 622,00).

* Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária.

* Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.

* Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.

* Mais segurança nas agências e postos bancários.

* Previdência complementar para todos os trabalhadores.

* Contratação total da remuneração, o que inclui a parte variável da remuneração.

* Igualdade de oportunidades.
 

Fonte: Seeb/ES

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Agenda pró-investimento aproxima Dilma e FHC

Programa de concessões que será lançado em agosto tentará atrair recursos privados para novos investimentos em infraestrutura e será um ponto de convergência entre petistas e tucanos; Brasil já está maduro para um debate econômico mais pragmático e menos ideológico.


Espera-se, para os primeiros dias de agosto, o anúncio de um megapacote de investimentos em infraestrutura. Nesta cerimônia, a presidente Dilma Rousseff tentará marcar uma nova virada em seu governo, abrindo uma agenda favorável aos investimentos privados. Serão anunciadas novas concessões de estradas, portos, ferrovias e aeroportos. Neste modelo, a maior parte dos trabalhos ficará a cargo do setor privado.


Com isso, a presidente pretende combater o baixo dinamismo da economia pelo lado do investimento – e não apenas do consumo, como tem sido feito até agora. Embora esteja falando de concessões voltadas a projetos futuros, e não da venda de ativos existentes, Dilma estará abrindo um espaço maior para que o setor privado atue em setores considerados essenciais e estratégicos. Esta agenda a aproximará do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que em entrevistas e discursos tem defendido reformas que ampliem a produtividade da economia brasileira.


O movimento de Dilma já começou a despertar um embate ideológico entre os que defendem a privatização e os que combatem a “privataria”. Nos jornais de hoje, comenta-se que assessores do Palácio do Planalto planejam uma “vacina” para a divulgação do programa, de modo a evitar que o pacote soe como privatista. Por outro lado, ex-assessores de FHC, como a economia Elena Landau, comentam que Dilma teria se rendido à privatização.


Esse tipo de maniqueísmo, como se houvesse um “certo” e um “errado”, não faz bem ao debate. Dilma hoje tem condições de fazer concessões melhores do que as de FHC por uma razão muito simples: o Brasil progrediu muito nos últimos anos e a taxa de risco caiu. Não só o risco econômico, como também o risco político. O que significa que os projetos a serem implantados no Brasil demandarão uma taxa de retorno menor do que no passado.


Assim, Dilma terá o mérito de abrir concessões de rodovias com pedágios mais baratos do que os de FHC, bem como em outros setores da economia. Ao transferir à iniciativa privada projetos de infraestrutura, ela também certamente reduzirá o potencial de corrupção. Afinal, se as estradas e ferrovias forem concedidas ao setor privado, as obras não serão mais tocadas por personagens como José Francisco das Neves, o Juquinha, e Valdemar Costa Neto.


O Brasil já está maduro para uma convergência maior entre petistas e tucanos.


Fonte: brasil247.com

Para a Bahia, reajuste de 10,25% é pouco.


Depois de intensos debates na Conferência Nacional, neste final de semana, em Curitiba (PR), foi aprovado o reajuste de 10,25% (5% de aumento real mais a inflação do período). A Bahia e Sergipe queriam mais. Os trabalhadores defenderam 10% de aumento real mais a inflação.

O índice aprovado neste domingo (22/07) deixa claro, mais uma vez, que os interesses dos sindicatos do eixo Rio-São Paulo, ligados a CUT (Central Única dos Trabalhadores), sempre prevalecem, mesmo que a categoria considere a proposta rebaixada.

Bahia e Sergipe definiram o reajuste com base na alta lucratividade dos bancos em atuação no país, que no ano passado ultrapassou os R$ 50 bilhões. Para os bancários dos dois estados, é preciso aproveitar o bom momento para exigir que as empresas valorizem efetivamente os empregados.

As cláusulas econômicas ainda incluem piso igual ao salário mínimo definido pelo Dieese, de R$ 2.416,00, e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais uma parcela fixa de R$ 4.961,25.

Auxílios
Para o vale-refeição e a cesta-alimentação foi aprovado o valor do salário mínimo oficial, atualmente de R$ 622,00. A categoria quer ainda que o pagamento seja estendido aos aposentados e trabalhadores afastados. O auxílio-creche/babá também terá o valor do mínimo oficial vigente.
 
 
Fonte: bancariosbahia.org.br

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O GOVERNO FHC, O SANTANDER E O HSBC

Entre outros legados de Fernando Henrique Cardoso, se encontra a desnacionalização de alguns bancos, estatais e privados. Os casos mais emblemáticos são o do Banco do Estado de São Paulo, o Banespa, e o do Bamerindus, então controlado pelo Sr. José Eduardo de Andrade Vieira. O banco estatal paulista foi vendido ao espanhol Santander por 7 bilhões de dólares. A importância era muito inferior aos seus ativos reais.

A venda do Bamerindus, na calada da noite, ao HSBC, ainda parece mais grave. O seu controlador fora ministro do governo Itamar Franco e um dos principais financiadores da campanha de Fernando Henrique à Presidência, de cujo governo também participou. Segundo se informou, na época, o HSBC pagou um dólar pelos ativos bons do Bamerindus, e o Banco Central assumiu os ativos duvidosos, ou seja, suas dívidas e seus créditos junto ao mercado.
O Santander se transformou hoje no instrumento de transferência de recursos brasileiros para a matriz espanhola. Associado, ali, aos interesses do governo, hoje acossado pela mais grave crise econômica e social do país das últimas décadas, o Santander sobrevive com a forte participação da sucursal brasileira, responsável por um quarto dos lucros obtidos em suas operações mundiais.
O HSBC foi denunciado, por um comitê do Senado norte-americano, de associação criminosa com os narcotraficantes do México e com fontes financiadoras dos militantes muçulmanos no Oriente Médio. De acordo com a denúncia, que os controladores do banco atribuem à negligência de seus executivos, o HSBC realiza a lavagem de dinheiro dos cartéis mexicanos da droga, e serve de apoio a um banco da Arábia Saudita ligado à Al Qaeda. É possível que esse mesmo envolvimento seja descoberto na Colômbia, com os traficantes de cocaína, e no Afeganistão, o maior produtor mundial da papoula, de onde se extrai o ópio que, refinado, produz a heroína.
O HSBC ( Hong-Kong and Shangai Banking Corporation) apesar do nome, é uma instituição britânica, fundada em 1865, em Londres, que continua a ser sede. De todos os negócios feitos pelo governo Fernando Henrique com bancos estrangeiros, este permanece o mais misterioso. Segundo se sabe, ele foi concluído pelo então Ministro Pedro Malan em viagem sigilosa a Londres, e fechado ali durante a noite. Só então, depois de concluída, a negociação foi divulgada no Brasil.
O novo escândalo se soma aos demais, e a cada dia cresce a pressão da opinião pública mundial a fim de que os governos façam uma devassa nos grandes bancos internacionais e imponham regras rigorosas para o seu funcionamento. Um apelo neste sentido está sendo divulgado pela internethttp://www.avaaz.org/po/bankers_behind_bars_f/?tfGaodb), e se espera que, nas próximas horas, ele atinja um milhão de assinaturas.
Postado por Mauro Santayana às 11:21 0 comentários

domingo, 8 de julho de 2012

Mulher, crime e castigo

Dora Martins


Cidade de São Paulo. Numa casa qualquer, num bairro central, Mariana, de 22 anos, mãe de uma filha de 3 anos, sente dores na barriga e vai ao banheiro. Lá, em prantos, agarrada ao vaso sanitário, pede socorro e vê o segundo filho nascer. Mariana, com medo de ser posta na rua pela mãe, tomou dois comprimidos de Citotec, e acreditou ter “feito aborto”. Ana Clara nasceu com a chamada Síndrome de Moebius, que está associada ao uso do Citotec e, agora, vive num abrigo, e, talvez, quem sabe?, um dia será adotada.


A vingar o projeto do novo Código Penal, jovens como Mariana poderão interromper a gravidez não desejada, com assistência médica e com respeito à sua saúde.


Hoje o aborto é crime, com pena de até seis anos de prisão, e a lei só abre duas exceções: permite o aborto se a gravidez põe em risco a vida da gestante ou se ela ficou grávida em razão de um estupro.


Com a reforma, outras exceções estão previstas: não haverá crime se a gravidez for decorrente de qualquer ato de violação à dignidade sexual da mulher, ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida. E, também não será crime o aborto realizado toda vez que, não são só a vida, mas também a saúde da mulher estiver em risco.


E o maior avanço do novo Código Penal está no inciso IV do artigo 128, que exclui o crime de aborto, por vontade da mulher, até a 12ª semana de gravidez.


Essa previsão, que já existe em inúmeros países, dentre eles Portugal e Espanha, é um avanço. Mas um avanço tímido. É que se deu o poder à mulher para decidir pela interrupção de sua gravidez até a 12ª semana, mas, prevê-se que tal vontade deverá ser referendada por um médico ou um psicólogo, aos quais caberá dizer se a mulher tem ou não tem “condições psicológicas de arcar com a maternidade”.


Cabe lembrar que mulher alguma faz aborto por prazer, e que oxalá, médicos e psicólogos façam essa avaliação do desejo de cada mulher, sem critérios morais, emocionais ou religiosos.
Dora Martins é Integrante da Associação Juízes para a Democracia.

Fonte: Brasil de Fato

Como o Comitê Central da Burguesia decide as medidas de política econômica

 cemflores.blogspot.com.br
Ao final de março publicamos neste blog as simbólicas fotos do que chamamos de reunião do Comitê Central da Burguesia, ocorrida dias antes entre a Presidente Dilma, o Ministro da Fazenda Guido Mantega e 28 dos maiores burgueses do país. As fotos são ilustrações perfeitas da validade universal da tese de Marx e Engels contida no Manifesto Comunista: “O Estado moderno não é nada mais que um comitê para gerenciar os negócios da burguesia”.

A partir das discussões de conjuntura com os companheiros do blog, decidimos que era importante analisarmos mais a fundo esse assunto. Aquela reunião deu ensejo a novas medidas do governo, “políticas públicas”, diz o jargão oficial para as medidas que o Estado capitalista toma para favorecer a sua burguesia. E quem diz favorecer a burguesia, diz aumentar a sua taxa de acumulação, sua taxa de lucro, o que não quer dizer outra coisa senão o aumento da exploração da classe operária e demais classes dominadas. E quando vemos, em 27 de junho, que o governo lançou o sétimo desses pacotes em um ano e meio (com o ridículo nome de “PAC Equipamentos”), percebe-se que não se trata de “acaso”, mas do modus operandi do governo e do Estado brasileiros.

No texto a seguir, através de uma investigação detalhada dos antecedentes da reunião do Comitê Central da Burguesia, de suas propostas e das medidas que se seguiram, pretendemos mostrar a quem, de fato, serve o Estado capitalista. Ao mostrar o Estado burguês a serviço da sua burguesia (desculpem o pleonasmo!), esperamos deixar claro o vergonhoso papel de serviçais da burguesia desempenhado pelas atuais centrais e sindicatos, pseudo-representantes dos trabalhadores, e também criticar aquilo que Engels chamava de “crença supersticiosa no Estado”.Para ler clicar aqui


fonte: http://cemflores.blogspot.com.br/

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Prisão do homem-forte da Norte-Sul alarma Brasília

À frente da construção da Ferrovia Norte-Sul, José Francisco das Neves, do PR, montou um patrimônio milionário em Goiás; nomeado no governo Lula e demitido por Dilma, “Juquinha”, como ele é conhecido, era um dos principais arrecadadores de caixa dois eleitoral do País e fez seu próprio pé de meia.
Uma nova operação da Polícia Federal colocou em alerta as autoridades em Brasília. Nesta manhã, foi cumprido mandado de prisão contra José Francisco das Neves, ex-presidente da Valec Engenharia, sua mulher e dois filhos. A Valec é ligada ao Ministério dos Transportes e toca projetos gigantescos, como a Ferrovia Norte-Sul, do Maranhão a Goiás, e o trem-bala.


Ligado ao PR, “Juquinha”, como ele é conhecido, foi nomeado pelo presidente Lula e demitido por Dilma, na época da demissão do ex-ministro Alfredo Nascimento. Na operação, além das prisões, estão sendo apreendidas três mansões no condomínio Alphaville, em Goiânia, avaliadas em R$ 10 milhões. Mas isso é apenas parte do seu patrimônio. “Juquinha” também comprou algumas das maiores fazendas do estado de Goiás, um dos principais polos da pecuária no Brasil.


Sua prisão pode ter impacto, inclusive, na CPI do caso Cachoeira, pois, nesta quinta-feira está sendo votada a convocação de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Demitido na mesma leva que derrubou Alfredo Nascimento e “Juquinha”, Pagot disse que o PR arrecadou recursos para a campanha presidencial de 2010.


Superfaturamento

A Valec esteve envolvida em diversos episódios de superfaturamento, na construção de trechos ferroviários. No ano passado, o deputado Júlio Delgado (PSB/MG) questionou o Ministério dos Transportes sobre a construção de trechos com custo de R$ 16 milhões por quilômetro em Juiz de Fora, Minas Gerais.


Recentemente, “Juquinha” adquiriu fazendas avaliadas em mais de R$ 30 milhões, pagando em dinheiro vivo, que foram colocadas em nome da esposa Marivone e dos filhos.
De acordo com o procurador Hélio Telho, do Ministério Público Federal de Goiás, “pela primeira vez o patrimônio de um político que enriqueceu no exercício do cargo é objeto de investigação criminal”.


Além de Alfredo Nascimento, “Juquinha” tinha como um de seus principais padrinhos políticos o sempre presente Valdemar Costa Neto (PR-SP).

Lista de bens apreendidos aqui.


Fonte: Brasil247.com

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Os esquemas de corrupção do Banco do Nordeste podem ter desviado R$ 2 bilhões

Autor de denúncias que derrubaram a cúpula do Banco do Nordeste procura novamente o Ministério Público e afirma que o estrago aos cofres públicos foi bem maior do que o que denunciara antes.
LEOPOLDO MATEUS

As revelações trazidas por ÉPOCA no início de junho sobre desvios de mais R$ 100 milhões no Banco do Nordeste provocaram uma limpeza em sua cúpula. No primeiro dia útil, o então chefe de gabinete da presidência do banco, Robério do Vale, foi exonerado. A reportagem revelara que três das empresas que lesaram o banco, com notas ficais falsas, segundo dados de auditoria interna, eram de seus cunhados. Oito dias depois, o banco confirmou um esquema na cidade de Limoeiro do Norte, envolvendo recursos do Pronaf, exposto no mesmo texto de ÉPOCA. No dia seguinte, deixaram seus postos o diretor de Gestão do Desenvolvimento, Alencar Sydrião Junior, responsável pelos recursos do programa, e Isidro de Siqueira, diretor de Controle e Risco. No mesmo dia, com sua saída dada como certa no Ministério da Fazenda, o presidente do BNB, Jurandir Santiago, entregou o cargo.


O autor das denúncias que levaram o Ministério Público, a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o próprio banco a investigar os desvios diz que ainda não havia revelado tudo o que sabe. O ex-gerente de negócios Fred Elias de Souza, transferido para o Serviço de Atendimento ao Consumidor do banco, decidiu procurar novamente o promotor Ricardo Rocha, na última terça-feira. Fez novas denúncias. No depoimento, Souza diz que, ao final das investigações, os órgãos de fiscalização chegarão a um total de R$ 2 bilhões em operações fraudulentas.


Apenas no Maranhão, Souza “acredita que o rombo passe de R$ 1bilhão”. Na Superintendência da Bahia, segundo Souza, existe um esquema de desvios envolvendo a família Meira. Ele afirmou ao promotor que o escritório Meira Projetos e Consultoria, de José Nilo Meira, irmão do superintendente Nilo Meira, fez projetos com indícios de fraudes, para empresas que buscavam financiamentos no banco, aprovados “com conhecimento do diretor de Negócios do BNB, que é da Bahia, o diretor (Paulo) Ferraro”. Paulo Ferraro, que desde a semana passada ocupa ao mesmo tempo os cargos de diretor de Negócios e presidente do banco, também é acusado em outro trecho do depoimento. “Uma empresa foi mencionada no relatório da CGU de 2010, que revelou indícios de fraude nas garantias ofertadas numa operação de quase R$ 500 milhões, cujos imóveis dados como garantia só cobriam R$ 300 milhões. Tudo foi feito com a conivência do diretor Ferraro”, afirma Fred de Souza.


 O dono da empresa Meira Projetos, José Nilo Meira, rebate as acusações. Diz ter sido funcionário do banco por 21 anos. Afirma que faz projetos desde 2001, quando seu irmão ainda não era superintendente. “O senhor Fred Elias está agindo com leviandade ao mencionar o meu nome e da minha empresa. Vou mover uma ação de danos morais contra esse cidadão”, afirma. O presidente Paulo Ferraro e o superintendente da Bahia, Nilo Meira, preferiram não se manifestar. Em nota, a direção do Banco do Nordeste disse que todas as denúncias que chegam são apuradas e que tomará providências, caso alguma suspeita seja confirmada. O promotor Rocha afirma que as novas acusações merecem ser investigadas. “As denúncias do Fred, muitas já comprovadas, estão desmontando um esquema criminoso que feria de morte o BNB.” Se há mais fumaça, pode haver mais fogo.
 
 
 Fonte: Revista Época

domingo, 1 de julho de 2012

Cara de Pau Sem Limites

É verdade, quem pensava que a manipulação e a mentira já tinham alcançado seu ponto máximo nas páginas do jornal do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, deve ter ficado surpreso com a matéria publicada na sua edição de n° 4557 de 26/06/2012, nela, simplesmente a manchete diz que o “Sindicato consegue frear demissões e retornar auxílio-educação no Itaú”.

Depois do Itaú colocar no olho da rua mais de sete mil trabalhadores nos últimos doze meses, o jornal bancário afirma que conseguiu “frear as demissões” , porque um diretor do banco fez essa promessa num telefonema ao diretor da Contraf-CUT. 

Primeiro temos que reconhecer a “credibilidade” do Itaú, depois de demitir a rodo é provável que não seja mais necessário colocar tanta gente na rua. Segundo, vamos reconhecer também a “inocência” dos diretores do nosso Sindicato, prontamente acreditaram na promessa daqueles que não tem o mínimo respeito pelos trabalhadores e suas entidades representativas.

A realidade é que após a assinatura do último acordo coletivo se abriu uma temporada de demissões no Itaú e também em outros bancos privados. Durante todo esse tempo o sindicato não chamou uma única assembleia para discutir o assunto e deflagrar uma campanha para valer contra as demissões e de solidariedade aos bancários demitidos. 
 
Longe de nos tranquilizar com a promessa do diretor do Itaú, nós bancários precisamos é intensificar nossa organização e participação na campanha salarial deste ano, única forma de arrancarmos uma cláusula de garantia do emprego, caso contrário, os banqueiros vão continuar se utilizando da rotatividade para reduzir salários e aumentar seus lucros exorbitantes.

Unidade Classista