PCB-RR

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Petroleiros dizem: neste 1º de Maio somos todos trabalhadores do Comperj

O Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro é a segunda maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Brasil, incluindo duas refinarias. As empresas encarregadas da construção estão recebendo mais de R$ 15 bilhões, repassados pela Petrobrás. Trabalham atualmente no Comperj cerca de 16 mil operários. Trabalhadores estão em greve há mais de 20 dias.
Mas assim como os consórcios, a direção da Petrobrás, que projetou a obra, está tratando os trabalhadores como bandidos.


Trabalhadores estão em greve há mais de 20 dias
Os operários estão parados desde 9 de abril. Apesar do alto lucro das empresas, os trabalhadores têm sido tratados sem nenhum respeito. A comida é servida estragada. Os trabalhadores de outras regiões do país não têm direito a folga para visitar as famílias, como manda a legislação.


O FGTS não está sendo depositado há mais de seis meses. Apesar de estarem na data-base, os consórcios (empresas) estão ignorando as reivindicações dos trabalhadores e não apresentam nenhuma proposta. As empresas não pagam hora extra nem têm banco de horas.


Obra pode dobrar de valor!
Apesar de maltratarem os trabalhadores e desrespeitarem seus direitos, as empresas podem faturar o dobro do que estava inicialmente previsto: a obra pode custar aos cofres públicos R$ 31 bilhões!


O Sindipetro-RJ apresentou denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) para apurar a origem e o destino de todo esse dinheiro. Também vai entrar com denúncia junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). Dentre as empresas que atuam no canteiro de obras estão a Delta e a Locanty, acusadas de superfaturamento. A sociedade está indignada com o mau uso do dinheiro público e com o desrespeito aos trabalhadores!


Os trabalhadores do Comperj precisam da nossa solidariedade! A greve é justa e tem que continuar até a conquista das reivindicações. Parados há mais 20 dias, os trabalhadores em greve estão sem salário, enquanto os supervisores continuam recebendo.


* Informação do Sindipetro-RJ


Ato pela Memória, Verdade e Justiça

A gestão do capitalismo no governo da srª Dilma

por Maria Lucia Fattorelli [*]

Em meio a insistentes ataques da grande mídia à "corrupção" de autoridades dos três poderes institucionais, uma verdadeira corrupção institucional está ocorrendo no campo financeiro e patrimonial do país, destacando-se: privatização da previdência dos servidores públicos, privatização de jazidas de petróleo — inclusive do pré-sal –, privatização dos aeroportos mais movimentados do país, privatização de rodovias, privatização de hospitais universitários, privatização de florestas, privatização da saúde, educação, segurança…


E muitos outros serviços essenciais, que recebem cada vez menor quantidade de recursos haja vista a luta de 20 anos pela implantação do piso salarial dos trabalhadores da Educação, a recente greve dos policiais na Bahia, ausência de reajuste salarial para os servidores em geral, entre vários outras necessidades não atendidas, evidenciada recentemente na tragédia dos moradores do Pinheirinho em São Paulo, enquanto o volume destinado ao pagamento de Juros e Amortizações da Dívida Pública continua crescendo cada vez mais.


Qual a justificativa para a entrega de áreas estratégicas ao setor privado? Por que criar um mega fundo de pensão para os servidores públicos do país quando os fundos de pensão estão quebrando no mundo todo, levando milhões de pessoas ao desespero? Por que leiloar jazidas de petróleo se a Petrobrás possui tecnologia de ponta? Por que abrir mão da segurança nacional ao entregar os aeroportos mais movimentados para empresas privadas e até estrangeiras? Por que privatizar os hospitais universitários se esses são a garantia de formação acadêmica de qualidade? Por que privatizar florestas em um mundo que clama por respeito ambiental? Por que deixar que serviços básicos, sejam automaticamente privatizados, a partir do momento em que se corta recursos destas áreas? O que há de comum em todas essas privatizações e em todas essas questões?


O ponto central está no fato de que o beneficiário de todas essas medidas é um ente estranho aos interesses do povo brasileiro e da Nação. Os únicos beneficiários têm sido o setor financeiro privado e as grandes transnacionais.


Então, por que o governo tem se empenhado tanto em aprovar todas essas medidas contrárias aos interesses nacionais? E o que diz a grande mídia a respeito dessas medidas indesejáveis? Não divulga a posição dos afetados e prejudicados por todas essas medidas, mas promove uma completa "desinformação" ao apresentar argumentos falaciosos e convincentes propagandas de que o Brasil vai muito bem e que a economia está sob controle.


Ora, se estamos tão bem assim, qual a razão para rifar o patrimônio público? Por que esse violento round de privatizações partindo justamente de quem venceu as eleições acusando a privataria? Na realidade, o país está sucateado. Vejam as estradas rodoviárias assassinas e a ausência de ferrovias; a desindustrialização; o esgotamento de nossas riquezas; as pessoas sem atendimento hospitalar, com cirurgias adiadas até a morte; os profissionais de ensino desrespeitados e obrigados a assumir vários postos de trabalho para sustentar suas famílias; o crescimento da violência e do uso de drogas.


É inegável o fato de que o PIB brasileiro cresceu e já somos a 6ª potencia mundial, mas o último relatório da ONU mostra que ocupamos a vergonhosa 84ª posição em relação ao atendimento aos direitos humanos, de acordo com o IDH [1] , o que é inadmissível considerando as nossas imensas riquezas.


Algo está muito errado. Não há congruência entre nossas riquezas e nossa realidade social. Não há coerência entre o discurso ostentoso e a liquidação do patrimônio nacional. Dizem que temos reservas internacionais bilionárias, mas não divulgam o custo dessas reservas para o país, o dano às contas públicas e ao crescimento acelerado da dívida pública brasileira que paga os juros mais elevados do mundo.


Dizem que temos batido recordes com exportações, mas não divulgam que lá de fora, valorizam os preços das chamadas "commodities" e o que fazemos: aceleramos a exploração dos nossos recursos naturais e os exportamos às toneladas. Mas quem ganha já não é o país, pois as minas, as siderúrgicas e o agrobusiness já foram privatizados há muito tempo.


Outra grande falácia é de que o Brasil está tão bem que a crise financeira que abalou as economias dos países mais ricos do Norte – Estados Unidos e Europa – pouco afetou o país. A grande mídia não divulga, mas a raiz da atual crise "da Dívida" que abala as economias do Norte está na crise do setor financeiro.


A crise estourou em 2008 quando as principais instituições financeiras do planeta entraram em risco de quebra. Tal crise dos bancos decorreu do excesso de emissão de diversos produtos financeiros sem lastro – principalmente os derivativos – possibilitada pela desregulamentação e autonomia do setor financeiro bancário. Embora tivessem agido com tremenda irresponsabilidade na emissão e especulação de incalculáveis volumes de papéis sem lastro, tais bancos foram "salvos" pelos países do Norte à custa do aumento da dívida pública, que agora está sendo paga por severos planos de ajuste fiscal contra os trabalhadores e crescente sacrifício de direitos sociais.


Apesar da monumental ajuda das Nações aos bancos, o sistema financeiro internacional ainda se encontra abarrotado de derivativos e outros papéis sem lastro – tratados pela grande mídia como "ativos tóxicos". Grande parte desses papéis foi transferida para "Bad Banks" [2] em várias partes do mundo, à espera de serem trocados por "ativos reais", principalmente em processos de privatizações.


Assim funcionam as privatizações: são uma forma de reciclar o acúmulo de papéis e transferir as riquezas públicas para o setor financeiro privado. Relativamente à privatização da Previdência dos Servidores Públicos, o Projeto de Lei PL-1992 cria o FUNPRESP que, se aprovado, deverá ser um dos maiores fundos de pensão do mundo.


Na prática, esse projeto se insere em tendência mundial ditada pelo Banco Mundial, de reduzir a participação estatal a um benefício mínimo, como alerta Osvaldo Coggiola, em seu artigo "A Falência Mundial dos Fundos de Pensão": "Com este esquema, o que se quer é reduzir a aposentadoria estatal de modo a diminuir o gasto em aposentadorias e aumentar os pagamentos da dívida do Estado."


A dívida brasileira já supera os R$ 3 milhões de milhões. A grande mídia não divulga esse número, mas o mesmo está respaldado em dados oficiais [3] . Os fundos de pensão absorvem grandes quantidades de papéis, pois funcionam trocando o dinheiro dos trabalhadores por papéis que circulam no mercado financeiro. Os tais "ativos tóxicos" estão provocando sérios danos aos fundos de pensão, como adverte Osvaldo Coggiola: "… duas Argentinas e meia faliram nos Estados Unidos como produto da crise do capital, levando consigo os fundos de pensões lastreados em suas ações. Na Europa, a situação não é melhor. A OCDE advertiu sobre o grave risco da queda nas Bolsas sobre os fundos privados de pensão, cuja viabilidade está ligada à evolução dos mercados de renda variável: "Existe o risco de que as pessoas que investiram nesses fundos recebam pouco ou nada depois de se aposentar".


O art. 11 do PL-1992 não permite ilusões quanto ao risco para os servidores federais brasileiros, pois assinala que a responsabilidade do Estado será restrita ao pagamento e à transferência de contribuições ao FUNPRESP. Em outras palavras, se algo funcionar errado com o FUNPRESP; se este adquirir papéis podres ou enfrentar qualquer revés, não haverá responsabilidade para a União, suas autarquias ou fundações. Previdência é sinônimo de segurança. Como colocar a previdência em aplicações de risco? Qual o sentido dessa medida anti-social?


 O gráfico ao lado revela porque a Previdência Social tem sido alvo de ferrenhos ataques por parte do setor financeiro nacional e internacional: o objetivo evidente, como também alertou Osvaldo Coggiola, é apropriar-se dos recursos que ainda são destinados à Seguridade Social para destiná-los aos encargos da dívida pública.


As diversas auditorias cidadãs em andamento no Brasil e no exterior, bem como a auditoria oficial equatoriana (2007/2008) e a CPI da Dívida no Brasil (2009-2010) têm demonstrado que o único beneficiário do processo de endividamento público tem sido o setor financeiro.
No Brasil, o gráfico a seguir denuncia o privilégio da dívida, pois a dívida absorve quase a metade dos recursos do orçamento federal, o que explica o fabuloso lucro auferido pelos bancos aqui instalados, enquanto faltam recursos para as necessidades sociais básicas, tornando nosso país um dos mais injustos do mundo.


É urgente unir as lutas contra a privatização do que ainda resta de patrimônio público no Brasil, pois é para pagar a dívida pública e preservar este modelo de "Estado Mínimo" para o Social – e "Estado Máximo" para o Capital – que as riquezas nacionais continuam sendo privatizadas.

[1] IDH = Indice de Desenvolvimento Humano
[2] Bad banks = instituições paralelas, criadas para absorver grandes quantidades de "ativos tóxicos" que alcançaram volumes tão elevados que passaram a comprometer o funcionamento do sistema financeiro mundial. Até mesmo o G-20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo) chegou a pautar, na última reunião ocorrida em Cannes, a preocupante questão do Sistema Bancário Paralelo.
[3] Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida.
[*] Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida
O original encontra-se em adrianonascimento.webnode.com.br/...
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

terça-feira, 24 de abril de 2012

Antigas reivindicações provocam a terceira greve em Belo Monte

Grevistas vão formar comissão para retomar negociações com o consórcio responsável pela obra, que já descartou o atendimento às exigências e prometeu recorrer à Justiça contra o movimento.

Os trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em construção no rio Xingu, em Altamira (PA) entraram em greve hoje (23) pela terceira vez desde novembro por não verem atendidas suas reivindicações pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pela obra.

Desde a primeira paralisação, em novembro de 2011, e a segunda, de 26 de março a 1º de abril, os trabalhadores pedem descanso de nove dias a cada três meses trabalhados – atualmente são seis meses. Este é o único intervalo disponível para que os operários, chegados de outros estados, possam visitar as famílias. Eles também pedem o aumento do vale-alimentação de R$ 95 para R$ 300.

Os trabalhadores também criticam o desvio de função, afirmando que há casos de pessoas contratadas para uma função e colocadas em outras. Eles também denunciam o mau estado de conservação dos veículos que os levam da cidade para os canteiros de obras.
As distâncias para os trabalhadores chegarem aos canteiros variam de 43 a 85 quilômetros, entre 35 minutos e 1 hora e meia de viagem. Para Francenildo Teixeira Farias, demitido no último dia 12 pelo consórcio, os ônibus não são apropriados e os assentos são ruins. "Os trabalhadores já chegam cansados na obra."

Farias disse que os trabalhadores não aceitam as demissões decorrentes da segunda paralisação. "Estamos exigindo o retorno de todos os demitidos por terem se envolvido na greve do mês passado. Calculamos que foram dispensados de 100 a 150 trabalhadores", disse.

Segundo os grevistas, haverá amanhã (24) uma assembleia para organizar uma nova comissão para encaminhar as negociações. "Esperamos que a empresa atenda aos trabalhadores e resolva essa situação imediatamente", disse.

Em nota enviada à Agência Brasil, o Consórcio Construtor de Belo Monte informou que vai recorrer à Justiça alegando que as reivindicações foram apresentadas fora da data-base da categoria, em outubro. “A paralisação surgiu do não atendimento pelo CCBM de reivindicações realizadas fora da data-base da categoria, e em plena vigência de acordo coletivo de trabalho válido até outubro de 2012”, destaca a nota.

Por: Vanessa Ramos, da Rede Brasil Atual


Ampliação do horário de atendimento na CEF: bancários devem cumprir as seis horas

Começou nesta segunda-feira, 23, e vai até o dia 11 de maio o período de atendimento diferenciado estabelecido pela Caixa Econômica Federal nas agências em todo o país, que prevê a abertura das unidades uma hora mais cedo. O Sindicato alerta que a jornada bancária é de seis horas diárias, de segunda a sexta-feira. Desse modo, se os trabalhadores iniciarem seu expediente uma hora mais cedo devem cumprir apenas a carga horária estabelecida pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e reafirmada no Acordo Coletivo.


Conforme a CLT, a jornada bancária pode ser ampliada em mais duas horas, em caráter extraordinário. Neste caso, é direito do trabalhador o recebimento das horas extras. A ampliação da jornada para além das 8 horas de trabalho é ilegal e deve ser comunicada imediatamente ao Sindicato, para que este possa tomar as devidas previdências.


“Os funcionários já estão sobrecarregados, e a CEF deveria contratar mais empregados antes de lançar programas desse tipo, o que significaria mais empregos e menos prejuízos à saúde dos trabalhadores”, afirma Rita Lima, diretora do Sindicato.

Trabalho aos sábados


A Caixa também anunciou que no dia 12 de maio, sábado, “as principais agências” vão funcionar para o atendimento ao público – não foram divulgadas quais serão as unidades. A iniciativa da empresa contraria o artigo 224 da CLT, que determina que a jornada bancária seja de segunda a sexta-feira. É importante ressaltar ainda que o trabalho nos finais de semana só é permitido em caráter excepcional, com motivo que o justifique. Para isso, é preciso solicitar autorização prévia justificada ao Ministério do Trabalho, em acordo com o movimento sindical, o que não aconteceu.


“O Sindicato já entrou em contato com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, que está tentando uma negociação com o banco para impedir que isso aconteça. Caso a CEF não suspenda o atendimento aos sábados, tomaremos as medidas necessárias para que isso não aconteça”, afirma a Rita Lima.
Fique atento ao que diz a CLT e o Acordo Coletivo de Trabalho


CLT

Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.
§ 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário, um intervalo de 15 (quinze) minutos para alimentação.


Art. 225 - A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente prorrogada até 8 (oito) horas diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais, observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho.


Acordo Coletivo

Cláusula 16ª - Jornada de Trabalho
A duração da jornada de trabalho dos empregados da CAIXA será de 6 (seis) horas diárias contínuas, de segunda a sexta-feira, perfazendo 30 (trinta) horas semanais, conforme o Art. 224 e ressalvados seus parágrafos da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
§ 1º - Ficará assegurado ao empregado, diariamente, um intervalo de 15 (quinze) minutos para repouso e alimentação, que estará incluso na jornada de trabalho normal, não podendo ser acrescido à jornada sob nenhuma hipótese.

Fonte:http://www.bancarios-es.org.br/

Encontro de Lutadores reúne mais de 500 militantes no RJ

Mais de 500 militantes de movimentos sindicais, sociais e políticos participaram, nos dias 20, 21 e 22 de Abril, do Encontro de Lutadores contra as repressões do Estado - Lutar é um Direito, no Rio de Janeiro, organizado pela INTERSINDICAL. A diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região participou ativamente das discussões todos os dias.


Foram três dias com palestras e debates que tiveram início com o deputado estadual do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL) no tema “Grandes obras e criminalização da pobreza” e continuaram com “Não à criminalização. Pelo direito de organização dos trabalhadores da Segurança pública”, que foram debatidos com policiais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e com o cabo dos bombeiros do RJ, Benevenuto Daciolo, que liderou a greve em fevereiro deste ano, onde o governador Sérgio Cabral mandou prender e expulsou alguns dos bombeiros em greve por melhores salários e condições de trabalho.


Os policiais também ressaltaram que falta humanização no sistema de segurança pública aplicado no Brasil. Para completar foram debatidos a “Criminalização das lutas, resistência social e a estrutura sindical brasileira” e no último dia (22) “A Cúpula dos Povos e a destruição ambiental”.


Lutar é um direito!



Estão em curso inúmeros processos para impedir os trabalhadores, a juventude e os povos de lutarem por seus direitos. Na Europa, África, Estados Unidos ou Oriente Médio, o capital e seus governos intensificam a repressão aos que lutam por direitos sociais, emprego, educação, igualdade e liberdade.

No Brasil, a população que vive nas periferias e favelas sofre a repressão violenta e cotidiana de um Estado que criminaliza e assassina principalmente a juventude negra e pobre. Com as grandes obras do PAC e da copa do mundo, a remoção de populações em diversas cidades já tem se dado com brutal repressão.


Assassinatos de trabalhadores sem terra, extermínio de lideranças ambientalistas, repressão aos que lutam por moradia, como aconteceu no Pinheirinho e outras ocupações, buscam impedir a luta pela garantia dos direitos sociais básicos já conquistados.


Demissão de trabalhadores durante a greve na prefeitura de Fortaleza: demissão de dirigentes sindicais do Químicos de SJC, como perseguição aos metroviários do Distrito Federal; demissão de Joaquim da AmBev; julgamentos de ilegalidade de greves; processo contra Aldo Santos de São Bernardo; expulsão dos bombeiros e PMs do Rio de Janeiro e de outras cidades; tentativa de intimidação ao mandato da deputada estadual do RJ, Janira Rocha (PSOL).


O direito de greve é atacado nas diversas categorias, do setor público e privado. E se dá de várias formas.



Seja no congresso nacional ou com demissões, interditos proibitórios e imposição de pesadas multas aos sindicatos, demonstrando uma escalada da criminalização neste período, mas sabemos que ela é parte da formação social brasileira.

Desde janeiro de 2012, por qualquer manifestação frente às agências do banco Itaú na Baixada Santista, o sindicato dos Bancários tem de pagar R$ 100 mil por dia e por agência.
Enquanto isso, o governo usa o dinheiro público para pagar bilhões aos bancos, grandes beneficiados pela política econômica.


Apesar da criminalização, os trabalhadores estão lutando. Diversas categorias foram à greve por suas reivindicações, indicando que não aceitam pagar a conta da crise.


Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Medida argentina provoca calafrios em grandes empresas brasileiras.

A presidente Cristina Kirchner anunciou proposta de expropriação da YPF. Das ações, 51% serão expropriadas - o governo federal ficará com 26,06% e as regiões produtoras com 24,99%.

Por isso, a Espanha pedirá à União Europeia (UE) que abra uma queixa formal contra a Argentina na OMC pela decisão argentina. O confronto será incluído na reunião dos ministros de Relações Exteriores da UE da próxima segunda-feira. Segundo o diário madrilhenho El País, o governo espanhol finaliza dará prioridade a fornecedores europeus na compra de biodiesel, em retaliação a Argentina.

O embate é inda maior após o vice-primeiro-ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, ter declarado que o país não vai pagar uma indenização de US$ 10 bilhões como quer a empresa pela reestatização.


O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, está no México e já se articula com a parcela mais à direita dos chefes de Estado do continente para pedir o apoio na ação que os espanhóis moverão contra a decisão argentina na OMC. Ele já tem reunião agendada com o presidente do México, Felipe Calderón, e sinalizou viagem para a Colômbia nos próximos dias, para conversar com o presidente Juan Manuel Santos.


A medida argentina provoca ainda calafrios em grandes empresas brasileiras, que em sua expansão sub-imperilaista no continente estão presentes no país vizinho em setores como petróleo e gás, mineração, alimentos e sistema financeiro. Estima-se em US$ 14 bilhões o estoque dos investimentos diretos brasileiros na Argentina. A lista dos principais investidores inclui Petrobras, Marcopolo, Rondon (ônibus e caminhões), Banco do Brasil, Itaú, JBS e Marfrig.


Dessa forma, não seria de se estranhar que por debaixo dos panos o governo brasileiro participasse da articulação espanhola contra a Argentina, que tomou uma medida correta - ao invés do que fazemos no Brasil quando entregamos nossas reservas de petróleo ao capital internacional.


Fonte: pcb.org.br

quinta-feira, 5 de abril de 2012

ELEIÇÕES REFLETEM A DESCONFIANÇA E APATIA DOS BANCÁRIOS EM RELAÇÃO AO MOVIMENTO SINDICAL

As eleições no Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, que acontecem de 10 a 13 de abril, vão renovar o mandato da diretoria até 2015. Independente do resultado desse pleito, podemos dizer que seguramente são as eleições mais apáticas dos últimos tempos em nosso Sindicato. Isto se deve a uma série de fatores, a maioria deles resultantes da desconfiança e do afastamento da categoria bancária do movimento sindical.

As últimas campanhas salariais foram conduzidas pela atual diretoria de forma a manter os bancários bem longe dos debates e da construção da luta, começando pelos encontros preparatórios, onde o que temos visto é uma cada vez menor participação dos bancários. Depois de aprovada a pauta nacional, nenhuma política de organização e preparação é compartilhada com a base, não se organizam reuniões setoriais ou por região, nem mesmo os delegados sindicais são ouvidos. Tudo se resume a uma assembléia de aprovação da pauta e depois uma segunda assembléia para decidir pela aceitação ou rejeição do acordo.

O resultado dessa política é que, enquanto os bancos lucraram como nunca, os últimos acordos ficaram bem abaixo das nossas necessidades. Pontos essenciais como a garantia no emprego e a jornada de trabalho ficaram de fora, nos deixando fragilizados diante da sede de lucros dos banqueiros. As milhares de demissões ocorridas no Itaú, HSBC e Santander logo após a assinatura do último acordo coletivo, assim como, o desrespeito à jornada legal de seis horas, são exemplos claros de que nossas últimas greves não foram fortes o suficiente para pressionar os patrões e o governo.

A virada desse jogo a favor do nosso time, só poderá acontecer se a categoria bancária resolver entrar em campo, ou seja, tomar em suas próprias mãos os destinos das suas lutas e do nosso sindicato. Não arrancaremos vitórias terceirizando as campanhas, não é possível reverter demissões com “caravanas de diretores nas agências”, não conseguiremos um acordo salarial digno com “greves de faz de conta”, sustentadas por piqueteiros contratados. Essa é a dura realidade, que muitos, da atual diretoria e também da chapa de oposição, querem mascarar.

Nós, bancários da Unidade Classista, estamos convencidos de que os próximos anos vão exigir dos trabalhadores muito mais em termos de organização, unidade e luta. Para manter nossos direitos e conquistar vitórias não há outro caminho. O governo Dilma e o PT são parceiros diletos dos banqueiros e dos grandes empresários, portanto, em tempos de crise capitalista mundial vão fazer como nos EUA e na Europa, espremer ainda mais os trabalhadores para manter os lucros da burguesia em alta.

Não temos qualquer ilusão diante dessas eleições bancárias. Sem a participação efetiva dos bancários, sem o fortalecimento das lutas da categoria, sem a retomada do sindicato das mãos do sindicalismo atrelado ao governo e aos patrões, patrocinado pela CUT, não haverá mudanças. As duas chapas formadas para a disputa eleitoral não indicam qualquer alteração nesse quadro. Setores descontentes no interior da atual diretoria não se dispuseram a romper com a maioria controlada pela CUT, por apego aos seus cargos ficaram na “chapa 1”, um triste repeteco do sindicalismo chapa branca, que faz de tudo para afastar os bancários da luta e da vida sindical. Já a chapa da oposição, “chapa 2”, apesar de contar com alguns ativistas de valor, não teve uma política para construir a unidade das forças descontentes com os rumos do Sindicato, terminando por apresentar uma chapa exclusiva da CONLUTAS, com o intuito de apenas marcar posição.

Nestas eleições vamos, portanto, nos abster de apoiar ou votar em qualquer dessas duas chapas. Nossa decisão é continuar atuando de forma organizada em todos os fóruns e lutas dos bancários, buscando despertar o conjunto da categoria para a necessidade da sua participação efetiva. Defendemos a mais ampla unidade dos bancários e demais trabalhadores em defesa dos nossos direitos e das nossas justas reivindicações.

Rio de Janeiro, 05/04/2012.
Unidade Classista-Bancários-RJ/Construindo a Intersindical


quarta-feira, 4 de abril de 2012

O CACHOEIRA É CACHOEIRINHA.

 
Laerte Braga

A corrupção no Brasil é conseqüência do sistema político e econômico. A expressão “desprivatizar o Estado” foi usada, pelo menos eu a ouvi pela primeira vez, na campanha de 1989. E da boca de Roberto Freire, hoje um dos principais aliados da privataria tucana. Foi em resposta a uma pergunta numa palestra sobre os propósitos anunciados por Collor de Mello, ambos eram candidatos a presidente, de privatizar setores essenciais da economia.
Collor chamava isso de “modernizar o Estado”. Como não deu certo chamaram FHC.
Quem?
Os principais acionistas do Estado brasileiro. Banqueiros, grandes corporações nacionais e internacionais e latifúndio.

Quando a REDE GLOBO através do FANTÁSTICO denunciou uma série de contratos fraudulentos de terceirização de serviços públicos e colocou-se como paladina da moral e dos bons costumes, estava, na prática, denunciando bagrinhos que despencavam nessas várias cachoeiras da corrupção.

Se quisesse mesmo denunciar corrupção de alto coturno teria pego empresas como a QUEIROZ GALVÃO, a NORBERTO ODEBRECHT, a ANDRADE GUTIERREZ, os grandes bancos que operam no País, as companhias que foram agraciadas com os serviços de telefonia e energia no governo de FHC e todo o entorno da PETROBRAS que FHC conseguiu colocar em mãos de companhias estrangeiras, descaracterizando a empresa brasileira.

Ou toda a malha de máfias que opera os serviços públicos privatizados ou terceirizados e ainda os que executam obras públicas sob contrato.
Não o fez e nem o fará, existe concorrência entre essas máfias e a GLOBO é parte delas.
O mesmo vale para VEJA, hoje caracterizada como revista de uma banda do crime organizado.

Carlinhos Cachoeira é uma queda de pequeno porte diante das grandes quadrilhas financeiras e empresariais e Demóstenes Torres um anão perto de FHC, José Serra, Pedro Malan, Geraldo Alckimin, Aécio Neves, Daniel Dantas, Nagi Nahas, etc. Um fio d’água nesse processo.

Capitalismo e corrupção são inseparáveis. Um é parte intrínseca do outro.
Quando o então delegado Protógenes Queiroz chegou perto da cúpula dessas máfias, a prisão de Daniel Dantas, a reação foi imediata e fulminante. Gilmar Mendes, à época presidente do Supremo Tribunal Federal – STF – concedeu dois habeas corpus em menos de duas horas, a Operação Satiagraha foi desqualificada e Protógenes jogado no inferno da execração pública por supostas irregularidades na investigação. Ele, o juiz e o procurador que participaram da Operação.

Para tirar o foco da repercussão negativa dos habeas corpus, num espaço ínfimo de tempo arranjaram uma gravação de conversa entre o senador Demóstenes Torres e o ministro Gilmar Mendes, virou capa de VEJA e a acusação estrondosa – o gabinete de Gilmar Mendes estava sendo alvo de escutas ilegais por parte da ABIN. Lula não comprou a briga, como de fato não comprou nenhuma briga grande em seu governo, contornou os momentos difíceis – afinal é um clube de amigos e inimigos cordiais – e afastou o diretor da ABIN.
Mataram o assunto, esvaziaram a Satiagraha, recolocaram a “reputação” de Gilmar Mendes no seu lugar (um lugar complicado), mas essencial dentro do clube.

A maior parte, esmagadora, de deputados e senadores faz suas campanhas com doações de bancos, empresas e latifundiários. É uma forma de ver o problema dos financiamentos de campanhas eleitorais. No duro mesmo a esmagadora maioria dos deputados, senadores, governadores, prefeitos, deputados estaduais, etc, etc, é resultado de ajustes entre os principais acionistas do Estado. Compram, é simples.

Demóstenes Torres é um dos que integram o grupo de faz tudo. Fac totum. Opera para bancos, para empreiteiras, como opera para Carlinhos Cachoeira.

Desde as grandes quedas d’água como a QUEIROZ GALVÃO, os bancos, etc, como as pequenas, aquelas denunciadas pela GLOBO no FANTÁSTICO.

Há uma regra básica nas máfias. Se alguém cai as “famílias” cuidam das famílias do que caiu, mas esse vai para o brejo sozinho, pois se abrir a boca acorda no fundo de uma cachoeira preso a um bloco de concreto.

Demóstenes sabe disso. Não vai colocar em risco uma aposentadoria tranqüila. O argumento de seu advogado, segundo o qual as escutas eram ilegais, pois como senador tem foro privilegiado são ridículas. Carlinhos Cachoeira era o alvo das investigações, Demóstenes foi um peixe pego em meio a queda do fio d’água. No momento da denúncia basta ao procurador denunciá-lo ao STF e pronto. Não há como excluir essas escutas, essas gravações.

Qualquer governo que se disponha a governar segundo as regras do jogo acaba dentro dessa armadilha. Bancada evangélica, bancada ruralista, quadrilhas específicas que atuam no Congresso Nacional ao lado de figuras como Demóstenes, Stephan Nercessian, Roberto Freire, ACM Neto e por conta disso acaba desfigurado em seus propósitos como aconteceu com o governo Lula e acontece com o governo Dilma.

Refém de figuras como Michel Temer por exemplo.
Sob constante ameaça de escândalos fabricados pela mídia de mercado.
Verdadeiros ou não.
Um exemplo? A GLOBO sabe que o sogro de Sérgio Cabral é o “dono” do negócio de transportes coletivos em boa parte dos municípios do estado do Rio, quer colocar as mãos no bonde de Santa Teresa e transformá-lo em privilégio para turistas, mas não denuncia.

O que há é guerra de quadrilhas, ou ajuste da placas tectônicas das máfias que operam e controlam o Estado como instituição em suas três dimensões (nacional, estaduais e municipais), situação que se repete historicamente desde a primeira quadrilha de banqueiros, ou grandes empresários, ou latifundiários, na história da humanidade.

Num dado momento alguém vai para o sacrifício. É preciso mostrar ao povo que “estão atentos” na vigilância da coisa pública.

Não é nem o caso da Polícia Federal nessa situação de Carlinhos Cachoeira. No duro mesmo entra de gaiato nessa conversa toda. No tempo de FHC nem se movia diante de verdadeiras monstruosidades no processo de privatizações.

Carlinhos Cachoeira, bandido sim, vai pagar o pato até um determinado ponto. Demóstenes Torres idem ibidem e o rio volta a correr normalmente até o momento em que vira a grande cachoeira de banqueiros, empreiteiros, latifundiários, as grandes corporações multinacionais que controlam o Brasil, o de sempre.

A questão é de modelo político e sistema econômico. O capitalismo não leva a lugar nenhum diferente disso que estamos vendo. A ênfase que a mídia de mercado coloca nas denúncias faz parte do espetáculo, do show para manter inerte e ludibriada a esmagadora maioria dos brasileiros.

Eike Batista, outro exemplo. Vira modelo de empreendedor, de gerador de progresso, etc, mas salva o seu, afunda suas empresas com o dinheiro do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – e vende tudo para um fundo de Abu Dhabi.

E o Brasil e os brasileiros vamos para as cucuias.

Ao lado as privatizações do governo FHC, um dos maiores crimes que se cometeu contra o País foi o acordo de livre comércio entre o Brasil e Israel, no governo Lula. Grupos econômicos sionistas começaram a comprar o País de forma voraz e o que chamam de potência emergente, aquela que surge no cenário como protagonista, é apenas potência de ocasião, ou seja, no tempo certo, a critério dos donos, vira entreposto.

Estão infiltrados em setores chaves do Estado.
Por trás do fio d’água Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres, o governador Marcondes Perrillo de Goiás (que retirou de circulação a revista CARTA CAPITAL em seu estado por revelar suas ligações com Cachoeira), existe uma corja muito maior.

Está aboletada no Estado, controla o mundo institucional e nenhuma eleição vai resolver esse tipo de problema.

A luta é nas ruas até porque nem somos mais o ponto nevrálgico da América Latina como dizia Nixon e sempre imaginaram os norte-americanos. Somos agora parte da Grande Colômbia.

E isso tudo com governo petista. Imagine se fosse tucano.



Laerte Braga é Jornalista

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Fundação Dinarco Reis lança seu site


Já está na grande rede o website da Fundação Dinarco Reis (FDR), que pode ser acessado nesse endereço www.pcb.org.br/fdr. Projeto desenvolvido nos últimos meses, o lançamento do novo canal de comunicação é mais uma das iniciativas em comemoração aos 90 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Cabe ressaltar que a página ainda receberá novas seções e que terá atualização permanente.
De acordo com o secretário-geral do PCB, Ivan Pinheiro, o site da FDr “deve reforçar, entre a militância do Partido, seus amigos e simpatizantes, a busca pela formação política e o resgate da memória dos comunistas brasileiros”.

Para o secretário de Formação Política do PCB, Ricardo Costa, coordenador do site, “trata-se de um esforço militante para que tenhamos conhecimento de nossa história, o conhecimento da produção teórica marxista e um canal privilegiado de debate sobre temas históricos e atuais”.

Já Dinarco Reis Filho, presidente da FDR, afirmou que “a ideia de colocar esse canal no ar era antiga. Contamos com a colaboração, as sugestões e críticas daqueles comunistas que queiram contribuir com o fortalecimento e o reconhecimento da Fundação entre os intelectuais e lutadores”.

Ente os destaques da “inauguração” estão os documentos do Movimento Nacional em Defesa do PCB, que deu início ao processo de reconstrução revolucionária do Partido a partir do confronto com os liquidacionistas que criaram o PPS, além da íntegra da Tribuna de Debates para o V Congresso do PCB, realizado em 1960. Ambos os materiais estão disponíveis para download.

Fonte:pcb.org.br