PCB-RR

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Negociação com banqueiros começa sem avanços nas cláusulas sobre emprego


A primeira rodada de negociação da Campanha Salarial 2011, realizada nesta terça-feira, 30, começou com a negativa dos bancos em relação às cláusulas que buscam garantir o emprego no setor bancário. O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) têm nova reunião agendada para hoje, dia 31.

Segundo Idelmar Casagrande, representante do Espírito Santo e da Intersindical no Comando Nacional, a Fenaban negou as cláusulas sobre emprego, alegando que cada banco decide a hora de aumentar ou diminuir o quadro funcional. Também não aceitou debater a Convenção 158 da OIT, que impede as demissões imotivadas.

Apesar de os banqueiros negarem a alta rotatividade nos bancos, a Pesquisa de Emprego Bancário, elaborada pela Contraf/Dieese com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que no 1º semestre deste ano aconteceram 30.537 admissões e 18.559 desligamentos.

Correspondentes

A Fenaban também não quer discutir o tema correspondentes bancários. Os banqueiros alegam que o serviço terceirizado é uma opção para os clientes. “Nós rebatemos, dizendo que os clientes e usuários estão sendo impedidos de pagar conta e fazer outras operações nas agências, o que é um absurdo”, afirmou Idelmar Casagrande. Os representantes da Fenaban disseram desconhecer qualquer segregação nas agências, e ficaram de apurar com os bancos essa denúncia dos bancários.

Fonte:http://www.bancarios-es.org.br/

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Traição?


na Hora das Eleições eles prometem mundos e fundos e depois é isso que você vê na imprensa, até quando conviveremos com isso.

Francisco Cleverton

domingo, 21 de agosto de 2011

LUCROS AUMENTAM, MAS DEMISSÕES CONTINUAM

A última pesquisa sobre o emprego dos bancários realizada pelo DIEESE¹ constatou  um saldo de positivo de 6.851 empregos nos bancos ,  no primeiro trimestre de 2011. Mas a novidade não é tão boa quanto parece,  pois milhares de bancários foram demitidos neste período. O perfil dos demitidos  revela um lado perverso das práticas de RH dos Bancos: o saldo positivo de empregos está apenas nas faixas de menores salários e de menor idade. Ou seja, os Bancos que, de um modo geral,  continuam apresentando lucros recorde em 2011, estão economizando com a mão-de-obra ao demitirem funcionários com melhores salários, maior idade e mais tempo de “casa”.Esta política também é expressão do terrorismo constante que vigora nas agências,  em especial dos bancos privados,  pois permite que os gestores tenham o poder de ameaçar os bancários com a possibilidade de demissões caso não consigam atingir as metas.  A ameaça é concreta, como prova a pesquisa do DIEESE e as recentes demissões em massa no Santander e no Itaú em todo o Brasil. 
A tática de demitir os funcionários com mais tempo de banco, em geral com maior salário,  descartando os como sacos de lixo dá aos novos bancários a idéia de que devem se submeter incondicionalmente aos ditames dos capatazes de plantão e aos antigos a noção de que não valem nada, apesar de terem mais experiência, conhecimento; de terem  dedicado anos de trabalho árduo,  de sacrifício na vida pessoal e de terem contribuído com os lucros recorde dos seus patrões. A mensagem é clara: Ou se submete ou vai pra rua!!!
Se consideramos que nos últimos anos o setor financeiro vem apresentando lucros extraordinários em sequencia e a política de demissões está a pleno vapor, o que será dos bancários quando os balanços das instituições financeiras não forem tão bem?
Pois bem, diante desta situação de pressão constante sob a ameaça de demissões, descomissionamento etc, os bancários não podem esperar a coisa ficar pior e se encolher ainda mais.  Não podemos ficar sentados assistindo a essa verdadeira "roleta russa" esperando que a vítima seja o colega do lado. Somente o fortalecimento da organização dos bancários na base da categoria irá criar as condições para uma reação.  Precisamos combater a todo custo o individualismo dentro da categoria. Isolado somos presa fácil para os banqueiros.  Sabemos que hoje, a maioria da categoria desconfia  das organizações sindicais e não vê uma perspectiva clara de vitória nas lutas encaminhadas por estes órgãos. Porém esta desconfiança precisa ser combatida, pois o que está em jogo é o nosso salário, nossas condições de trabalho e a nossa saúde. É necessário que todos os bancários tomem para si o controle dos rumos da próxima campanha salarial,  participem em massa das assembléias  e percebam de que somente eles podem reverter esta situação de opressão asfixiante em que vivem.
Todos nas assembléias!!!
Vamos à luta bancários!!!
Estabilidade no emprego já!!!

sábado, 13 de agosto de 2011

Veja quem são os jovens que protestam na Inglaterra com o sociólogo Silvio Caccia Bava

Quando a Globo erra de entrevistado...


Os entrevistadores teimam em afirmar que os jovens que protestam em Londres e outras cidades da Inglatera são marginais, mas o entrevistado se recusa a embarcar e disseca o problema que tem raizes sociais na miséria, pobreza e violência policial. É bom ver isto. VHCaarmo.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O CIRCO ESTÁ MONTADO

O CIRCO ESTÁ MONTADO 
        Se dependesse da quantidade de “encontros” e “conferências”, a campanha salarial dos bancários poderia ser caracterizada como das mais bem organizadas e potentes. O problema é que esses eventos têm duas marcas destacadas: a primeira é a pouquíssima participação da base nos encontros e assembléias para eleger as delegações. A segunda é sua estrutura antidemocrática, já que a maior parte do tempo é dedicada a cerimônias e palestrantes, ficando  os delegados eleitos sem condições de debater efetivamente as questões de interesse da categoria. Um exemplo da fraca participação foi o encontro estadual do BB aqui no RJ,  que reuniu apenas 90 bancários numa base com mais de sete mil.
       Mas essa configuração tem uma razão de ser, afinal, o movimento sindical bancário faz alguns anos é dominado majoritariamente pela CUT. Esta central sindical por trás de um discurso pretensamente combativo, tem uma prática de colaboração com os banqueiros e o governo. O resultado dessa prática nós bancários conhecemos bem: enquanto nos últimos dez anos os lucros dos bancos (privados e estatais) dispararam, nossos salários e benefícios foram reduzidos, a jornada legal de seis horas não é respeitada, as demissões continuam, a pressão e o assédio fazem parte da nossa rotina. Isso explica, em parte, a baixa participação da base nos eventos preparatórios da campanha salarial, afinal, existe uma boa dose de descrédito com relação a esse tipo de direção sindical. Por outro lado, a ausência dos bancários também reflete uma perda da confiança em sua própria força enquanto trabalhadores organizados, muitos acabam buscando apenas saídas individuais para problemas que são coletivos. Mas este retrocesso na consciência de classe  deve ser superado, principalmente pela necessidade de enfrentarmos situações que só organização e mobilização da classe pode enfrentar com sucesso.
       Esse é o caso da nossa atual campanha salarial,  a 13ª Conferência Nacional do Bancários, seguindo as propostas da CONTRAF/CUT, aprovou uma pauta de reivindicações abaixo da expectativa da categoria em vários pontos, principalmente quanto a questão da garantia de emprego para os bancos privados e a reposição de perdas salariais dos bancos públicos, sem falar no escândalo da terceirização e da luta pela jornada legal de seis horas que foi jogada mais uma vez para segundo plano. Inversamente, a PLR é mais uma vez elevada a condição de reivindicação principal, apesar de ser um ganho variável que não se incorpora aos salários e benefícios, prejudicando os trabalhadores também nos casos de afastamento por doença e na hora da aposentadoria. Diante disso, temos que resolver se vamos assistir a famigerada CONTRAF/CUT  negociar mais um acordo insuficiente, ou se vamos participar enquanto classe consciente e organizada, definindo uma estratégia de campanha para garantir nossos direitos e conquistar as reivindicações prioritárias.
       Para nós, bancários da Unidade Classista-Intersindical, a conjuntura é favorável para recusarmos o papel de palhaços e desmontarmos de vez este circo. Em todo o mundo capitalista a crise aberta em 2008 vem  desmistificando várias ilusões, são milhões de trabalhadores que estão saindo à luta contra o aumento da exploração e do desemprego, reagem contra a velha política burguesa de jogar o prejuízo sobre as suas costas. Nos parece inevitável que os seus efeitos cheguem aqui no Brasil, pois nossa economia esta totalmente integrada de forma subalterna ao capitalismo internacional. Basta dizer que o maior peso em nossa pauta de exportações,  continua sendo o das   matérias primas, como nos tempos da colonização. Portanto, entendemos que é necessário e possível mudar os rumos dessa campanha salarial através da participação intensiva da categoria em todas as reuniões e assembléias, exigindo um plano de organização e mobilização que enfrente a intransigência dos banqueiros e do governo.  Para isso temos que começar elegendo nas assembléias comandos de mobilização e negociação democráticos e representativos, que garantam a implementação de todas as decisões ali aprovadas.

DEMISSÕES NO DP DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS

O Boletim “Olho Neles”, informativo da comissão de representantes dos funcionários do Sindicato dos Bancários, publicou recentemente matéria sobre a demissão, ocorrida em 26/05/2011, de dois empregados lotados no departamento  pessoal  do sindicato. O motivo seria o desvio de dinheiro da folha de pagamentos para a conta de um dos demitidos, apurado durante uma auditoria realizada ano passado.
Até aí nenhuma novidade, o estranho é que a diretoria do sindicato não tenha até hoje publicado  nada a respeito, omitindo da categoria um caso de tamanha gravidade ocorrido em sua administração. O resultado da tal “auditoria” ninguém sabe, ninguém viu. Outro fato que chama nossa atenção, é a atitude dos demitidos de não esboçarem qualquer tentativa de defesa, inclusive não comparecendo a reunião com a comissão de funcionários.
Os recursos do sindicato são da categoria bancária, qualquer irregularidade tem que ser devidamente apurada e seus resultados publicados, com direito de defesa para os envolvidos e punição para os culpados. Não se justifica nenhum tipo de sigilo neste caso, a não ser que tenha razão o boletim Olho Neles quando diz que: “Talvez o desvio de dinheiro em cima da folha de pagamento seja apenas uma gota d’água num mar de águas turvas”.